Se aquilo que eu disser não for para a glória de Deus, e, sim, para minha própria glória, seria melhor calar-me. Se eu der um estudo bíblico para minha própria glória, não tenho a bênção de Deus sobre ele. Devo preferir Sua glória acima de todas as outras coisas.
(John MacArthur Jr.)
Deus prefere adoradores a trabalhadores. De fato, os únicos trabalhadores aceitáveis são aqueles que aprenderam a esquecida arte da adoração.
(A. W. Tozer)
Consagrar-se a Deus não é trabalhar para Deus, mas ser trabalhado por Deus. Aqueles que não permitem que Deus trabalhe neles nunca podem trabalhar para Deus.
(Watchman Nee)
Humildade não é algo que apresentamos para Deus ou que Ele concede; é simplesmente o senso do completo nada-ser que vem quando vemos como Deus verdadeiramente é tudo, e no qual damos caminho a Deus para ser tudo.
(Andrew Murray)
Se você acredita que Deus tem de abençoá-lo e ajudá-lo porque você deu duro para obedecer a Ele e para ser uma boa pessoa, então, talvez Jesus possa lhe ajudar, talvez Ele possa ser um exemplo, até mesmo uma inspiração, mas Ele não é seu Salvador. Você está sendo seu próprio Salvador. […] Se você busca controlar Deus por meio de sua obediência, então, toda sua moralidade não passa de uma maneira de usar Deus para fazer com que Ele lhe dê aquilo que você realmente deseja.
(Thimoty Keller)
Quem não se alegra quando seu adversário dá um passo em falso, passo que ele considera vantajoso para a própria causa? Só um homem de amor consegue evitar isso. Só ele lamenta o pecado e a estupidez do inimigo. Ele não tem prazer em ouvir ou repetir essas coisas. Pelo contrário, deseja que isso seja esquecido para sempre. O amor não se alegra com a injustiça.
(John Wesley)
Uma igreja deve ser agradável aos interessados, mas a igreja tem de reconhecer que existe um único interessado. Seu nome é Deus! E, se vocês querem ser agradáveis a alguém, se querem acomodar-se a alguém, acomodem-se a Ele e a Sua glória, ainda que sejam rejeitados pelos demais. Não somos chamados a construir impérios. Somos chamados a glorificar a Deus. E, se vocês querem que a igreja seja algo diferente de um povo peculiar (Tt 2.14; 1Pd 2.9), estão querendo algo que Deus não quer.
Podemos orar com ira no coração, mas esse tipo de oração torna-se pecado. Todos estão sujeitos diariamente a serem feridos naquelas áreas em que são mais sensíveis. Porém, ter uma atitude de vingança ou desafeto para com a pessoa que causou tal ferida congela a capacidade de orar. O espírito de perdão é como o espírito do evangelho, e esse espírito precisa reinar no coração antes que a verdadeira oração possa proceder dos lábios.
(E. M. Bounds)
O valor de uma oração não é determinado por sua extensão.
(Robert Murray M’Cheyne)
Da soberba vem apenas contenda. É o orgulho que move os homens a contenderem com Deus. Uma alma humilde repousará tranqüila aos pés de Deus e se contentará com as necessidades básicas. O homem humilde aprecia bem um jantar de legumes, enquanto um boi cevado é apenas um prato grosseiro ao estômago do homem orgulhoso. Um coração humilde não considera alguém inferior ou pior do que a si mesmo. Um coração humilde olha para as pequenas misericórdias como grandes misericórdias, e para as grandes aflições como pequenas aflições, e para as pequenas aflições como se não fossem aflições, e, portanto, fica mudo e silencioso sob todas elas. Mantenha-se humilde e você ficará em silêncio diante do Senhor.
(Thomas Brooks)
Às vezes, as verdades mais claras são os argumentos mais fortes em favor dos deveres mais difíceis.
(Matthew Henry)
Se buscarmos o conhecimento teológico por si mesmo, isso inevitavelmente nos fará mal. Ele nos tornará orgulhosos e vaidosos.
(J. I. Packer)
Não conheço outro prazer tão rico, tão puro, tão santificador em suas influências ou ainda tão constante em seus benefícios como aquele que resulta da verdadeira e espiritual adoração a Deus.
(Richard Watson)
Certamente a essência da sabedoria está em, antes de começarmos a agir ou de tentar agradar a Deus, descobrir o que Deus tem a dizer sobre o assunto.
Se Jesus Cristo não é forte o suficiente para motivá-lo a viver biblicamente, você, absolutamente, não O conhece.
(Paul Washer)
Um cristianismo barato, sem cruz, vai provar ser, no final, um cristianismo inútil, sem coroa.
(J. C. Ryle)
Como redimidos pelo Senhor Jesus Cristo, somos purificados. Como somos purificados, confessamos nossos pecados. E, como confessamos, conquistamos a vitória. Não importa quão profunda seja sua culpa, nem quão freqüentes as suas falhas; venha a Deus em confissão contrita e permita que Ele faça a obra Dele em sua vida.
(John MacArthur Jr.)
Ponha fogo no seu sermão ou ponha seu sermão no fogo.
(John Wesley)
Enquanto os homens não tiverem fé em Cristo, suas melhores obras nada mais são do que gloriosos pecados.
(Thomas Brooks)
Quando pouco se exercita a graça e a corrupção prevalece juntamente com o medo, não tente tirar isto de seu coração de qualquer outra maneira além de reviver o amor a Deus. Assim, o medo será efetivamente expulso, como a escuridão desaparece de um quarto quando os deliciosos raios de sol entram nele.
(Jonathan Edwards)
Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio.
Talvez em algum momento da vida você tenha enfrentado uma situação tão difícil que é quase impossível descrever em palavras todo o sofrimento que lhe causou.
Convido você a refletir sobre a vida de Fanny Crosby, que ficou cega de maneira irremediável com seis semanas de vida devido a um erro médico. Apesar disso, ela aprendeu a conhecer o Senhor em meio às dificuldades, e tornou-se uma grande poeta, compondo quase nove mil hinos, dentre os quais muitos cantados até hoje em todo o mundo.
Veja o que ela testemunhou sobre sua condição:
Parece ter sido intenção da providência de Deus que eu fosse cega toda a minha vida, e eu lhe agradeço essa dispensação. Se uma perfeita visão terrestre me fosse oferecida amanhã, eu não iria aceitá-la. Pode ser que não tivesse hinos cantados para o louvor de Deus, se eu ficasse distraída pelas belas e interessantes coisas em torno de mim. […] Quando eu chegar ao céu, o primeiro rosto que alegrará meus olhos será o de meu Salvador.
Em meio às limitações, compreendeu o quanto Cristo lhe era suficiente, e sua confiança Nele é fartamente expressa em suas canções. Recorde algumas de suas composições e seja encorajado a seguir ao Senhor, ainda que não compreenda agora o caminho por onde Ele o levar.
Minha possessão eterna,
És o meu maior amor;
Bem maior que o bem da vida,
És, meu Deus, meu Salvador.
Junto a Ti, junto a Ti,
Junto a Ti, junto a Ti,
Quero andar contigo sempre
Na jornada minha aqui.
Meu Senhor, sou Teu, Tua voz ouvi
A chamar-me com amor!
E contigo sempre desejo estar,
Ó bendito Salvador!
Mais perto da Tua cruz
Quero estar, ó Salvador!
Mais perto da Tua cruz
Eu desejo estar, Senhor.
Quero estar ao pé da cruz,
Que tão rica fonte
Corre franca, salutar,
De Sião no Monte.
Sim, na cruz, sim, na cruz,
Sempre me glorio!
E, por fim, descansarei,
Salvo, além do rio.
Que segurança! Sou de Jesus!
Por Ele agora vivo na luz!
De Deus herdeiro a mim me tornou
Pelo Seu sangue, que me salvou.
Canta, minh´alma! Canta ao Senhor
As maravilhas do Seu amor!
Canta, minh´alma! Canta a Jesus!
Por Ele vives hoje na luz.
A Deus demos glória por Seu grande amor,
O Filho bendito por nós todos deu;
E graça concede ao mais vil pecador,
Abrindo-lhe a porta de entrada no céu.
Exultai! Exultai! Vinde todos louvar
A Jesus, Salvador, a Jesus, Redentor!
A Deus demos glória, porquanto do céu
Seu Filho bendito por nós todos deu!
Desperta já, meu coração
E louva ao Salvador,
Cantando em hinos triunfais
Que Deus é o Deus de amor.
Imenso amor! Amor sem par!
Preenche os vastos céus,
Alcança a terra e a todos nós,
Insigne amor de Deus!
Desperta já, meu coração,
E louva ao grande Salvador;
Cantando em hinos triunfais
Que Deus é o Deus de amor.
Conta-me a história de Cristo,
Grava-a no meu coração!
Conta-me a história inaudita
De graça, paz e perdão.
Conta como Ele, encarnando,
Veio no mundo morar;
Aos pecadores indignos,
De Deus o amor revelar.
Aos pecadores indignos,
De Deus o amor revelar.
Fanny Crosby nasceu no condado de Putnam, estado de Nova York, em 24 de março de 1820. Seus pais, fazendeiros pobres, eram puritanos dedicados. Em novembro daquele ano, seu pai, John Crosby, morreu. Por necessidade, sua mãe, Mercy, foi trabalhar numa fazenda vizinha, deixando Fanny aos bons cuidados da avó, Eunice. Para outra pessoa, ser cega poderia ser o fim, mas não para Fanny. Sua avó decidiu ser seus olhos. Dedicando-se de corpo e alma ao bem da neta, ensinou-a muitas coisas que fariam dela uma menina independente e alegre. Com 15 anos, Fanny entrou no Instituto Para Cegos, em Nova York, com excelente aproveitamento. Continuou no seu hábito de escrever poesia, muitas vezes solicitada a suprir a letra para músicas que lhe eram entregues. Além de tocar violão, que aprendera quando criança, tornou-se cantora concertista, pianista talentosa e proficiente e aprendeu órgão e harpa. Ao se formar, tornou-se professora da instituição. Em 1858, Fanny casou-se com o professor de música e cantor de concerto Alexandre Van Alstyne. Nessa época, ela havia deixado o ensino para acompanhá-lo tocando piano e harpa em apresentações públicas. Compôs diversas canções populares nesse período. Na mesma ocasião, a vida trouxe-lhe uma das maiores aflições que uma pessoa pode enfrentar: a perda de um filho. A criança, sua única filha, morrera ainda pequena.
Fanny chegou a usar 204 pseudônimos. Nunca fez questão de remuneração adequada. Morava em lares muito simples, vivia modestamente e dava muito do que recebia aos outros. Não se gabava por sua fama. Conheceu mais de um presidente de seu país. Foi a primeira mulher a falar diante do Senado dos Estados Unidos. Pregava nos púlpitos de grandes igrejas e fez conferências em muitos lugares. A sua própria maneira, tornou-se uma das evangelistas mais proficientes da época.
Fanny morreu aos 94 anos em Bridgeport, estado de Connecticut, em 12 de fevereiro de 1915. Encontra-se sepultada no Mountain Grove Cemetery and Mausoleum, Bridgeport, Condado de Fairfield, Connecticut, nos Estados Unidos. A pedra de sua sepultura é simples, como pedira; tinha simplesmente as palavras Aunt Fanny – She Did What She Could (Tia Fanny – Ela fez o que pôde). Em 1955, um grande monumento foi erigido sobre o túmulo, homenageando esta serva de Deus e incluindo a primeira estrofe de “Que segurança! Sou de Jesus!” Para Fanny Crosby,
os hinos mais duradouros nascem nos silêncios da alma, e nada deve se intrometer entre eles até tomarem a forma da linguagem. Algumas das mais doces melodias do coração jamais verão a luz da página impressa. Muitas vezes, as canções sem palavras têm significado mais profundo do que as combinações mais sofisticadas de palavras e música.
Assim como o pastor usa o cajado para apartar as ovelhas dos bodes, a oração secreta é o cajado que separa os filhos de Deus dos filhos do Diabo, pois aqueles que entram em seu aposento e fecham a porta fazem-no como filhos e para orar a seu Pai. Certamente os que assim não fazem, e isso não lhes aflige, são bastardos e não filhos (Hb 12.8). A oração particular é o teste de nossa sinceridade, o indicador de nossa espiritualidade, o principal meio de crescimento na graça. A oração particular é a única coisa, acima de todas as demais, que Satanás busca impedir, pois ele bem sabe que, se puder ser bem-sucedido nesse ponto, o cristão falhará em todos os outros.
(John Bunyan)
Conhecimento teológico e viver piedoso andam de mãos dadas. Uma verdade desconhecida não pode santificar a alma.
(B. B. Warfield)
O trono de Deus não é apenas um trono de majestade, mas um trono de graça.
(João Calvino)
Em nada, a não ser no céu, vale a pena colocar nosso coração.
(Richard Baxter)
Ainda que não creiamos, isto é, ainda que o mundo inteiro não creia, o Evangelho de Deus não deve ser alterado para que se adapte aos caprichos e às fantasias do homem.
(Charles H. Spurgeon)
Obedecer a Deus não é a morte da felicidade. É a morte de tudo que o impede de ter felicidade plena e duradoura.
(John Piper)
Satanás dedica 168 horas por semana tentando enganá-lo. Você acha que pode manter uma mente renovada com um olhar de dez minutos no Livro de Deus uma vez por dia?
Há poucas advertências na Escritura mais solenes que esta. O Senhor Jesus Cristo nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32).
A esposa de Ló professava a verdadeira religião: seu marido era um “homem íntegro” (2Pd 2.8). Ela deixou Sodoma com ele no dia da destruição da cidade; ela olhou para trás, em direção à cidade, em desobediência a ordem expressa de Deus; ela morreu imediatamente, transformando-se em uma estátua de sal. E o Senhor Jesus Cristo a utiliza como exemplo para Sua igreja; Ele diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando consideramos a pessoa que Jesus menciona. Ele não nos convida a lembrar de Abraão, ou de Isaque, ou de Jacó, ou de Sara, ou de Ana, ou de Rute. Não! Ele escolhe alguém cuja alma estava perdida para sempre. Ele clama a nós: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando nós consideramos sobre o tema de Jesus. Ele está falando de Sua segunda vinda, quando virá julgar o mundo; Ele está descrevendo o estado terrível de despreparo no qual muitos serão achados. Os últimos dias estão em Sua mente, quando Ele nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando nós pensamos na Pessoa que a faz. O Senhor Jesus é amoroso, misericordioso e compassivo; Ele é Aquele que “não esmagará a cana quebrada nem apagará a torcida que fumega” (Is 42.3). Ele lamentou a incredulidade de Jerusalém e orou pelos homens que O crucificaram; contudo, Ele julga proveitoso nos dar esta advertência solene e nos fazer lembrar das almas perdidas. Ele nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando pensamos nas pessoas para as quais Ele, primeiramente, dirigiu essas palavras. O Senhor Jesus estava falando a Seus discípulos; Ele não estava falando para os escribas e fariseus que O odiavam, mas a Pedro, Tiago e João, e muitos outros que O amaram; mesmo para esses, Ele julga proveitoso uma palavra de precaução. Ele lhes diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando nós consideramos a maneira como Ele falou. Ele não diz somente: “Cuidado! Não sejam como a mulher de Ló!” Ele usa uma palavra diferente; Ele diz: “Lembrai-vos”. Ele fala como se nós corrêssemos o perigo de esquecer o assunto; Ele incita nossa memória preguiçosa; Ele nos ordena a manter o caso em nossa mente. Ele clama: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
Agora, consideremos os privilégios religiosos que a esposa de Ló desfrutou.
Nos dias de Abraão e Ló, a verdadeira religião salvadora era escassa na terra; não havia ainda a Bíblia, pastores, igrejas, credos ou mesmo missionários. O conhecimento de Deus estava limitado a algumas famílias agraciadas; a maior parte dos habitantes do mundo estava vivendo em escuridão, ignorância, superstição e pecado. Talvez não houvesse um em cem que contasse com tal bom exemplo, ou com tal convivência espiritual, tal clareza de conhecimento e advertências tão claras como a esposa de Ló. Comparada com os milhões de criaturas de seu tempo, a esposa de Ló era uma mulher agraciada.
Ela teve um homem religioso como marido; ela teve Abraão, o pai da fé, como tio por meio do matrimônio. A fé, o conhecimento e as orações desses dois homens íntegros não eram desconhecidos por ela. É impossível que ela tenha morado em tendas com eles durante tanto tempo, sem saber de Quem eles eram e a Quem eles serviam. Religião para eles não era nenhum negócio formal; era o princípio governante de sua vida e a razão de suas ações. Tudo isso a esposa de Ló deve ter visto e conhecido. Esse não era um privilégio pequeno.
Quando Abraão recebeu as promessas, a esposa de Ló provavelmente estava lá. Quando ele construiu sua tenda entre Ai e Betel, é provável que ela estivesse presente; quando os anjos vieram a Sodoma e advertiram seu marido para fugir, ela os viu; quando eles os levaram pela mão e os conduziram para fora da cidade, ela era um daqueles que eles ajudaram a escapar. Mais uma vez, eu digo, esses não foram privilégios pequenos.
Contudo, quais foram os resultados positivos de todos esses privilégios no coração da esposa de Ló? Nenhum. Nada. Apesar de todas as oportunidades e dos meios de graça, de todas as advertências especiais e mensagens do céu, ela viveu e morreu sem a graça de Deus, sem Deus, impenitente e descrente. Os olhos de seu entendimento nunca foram abertos; sua consciência nunca foi realmente despertada ou estimulada; sua vontade nunca foi verdadeiramente trazida a um estado de obediência a Deus; suas afeições nunca foram fixadas nas coisas lá do alto. A forma de religião que ela teve foi mantida por conveniência e não por um verdadeiro sentir; era uma capa usada para agradar a seu marido, e não por qualquer senso de seu valor. Ela fez como outros a seu redor na casa de Ló: ela se conformou aos costumes do marido; ela não fez nenhuma oposição à religião dele; ela se permitiu ser conduzida passivamente por ele; mas em todo tempo o seu coração estava em pecado diante de Deus. O mundo estava em seu coração, e seu coração estava no mundo. Neste estado ela viveu, e nesse estado ela morreu.
Em tudo isso há muito a ser aprendido. Eu vejo uma lição aqui que é da maior importância em nossos dias. Você vive em tempos em que há muitas pessoas vivendo como a esposa de Ló. Ouça, pois, a lição que o caso dela nos ensina.
Aprenda que a mera possessão de privilégios religiosos não salvará a alma de ninguém. Você pode ter vantagens espirituais de todo tipo; você pode viver e gozar das mais ricas oportunidades e meios de graça; você pode desfrutar da melhor pregação e das instruções mais verdadeiras; você pode morar no meio da luz, conhecimento, santidade e boa companhia. Tudo isso é possível; contudo, você pode ainda permanecer não convertido, e estar perdido para sempre.
Eu ouso dizer que essa doutrina parece dura a alguns leitores. Eu conheço a idéia de que eles não querem nada mais do que privilégios religiosos para decidirem ser cristãos. Eles não são o que devem ser no momento, eles concordam; mas a posição deles é tão difícil, eles argumentam, e suas dificuldades são tantas. Dê-lhes um cônjuge crente, ou amizades cristãs, ou um patrão crente; dê a eles a pregação do Evangelho, os privilégios, e então eles caminharão com Deus.
Tudo engano! Uma completa ilusão! Para ter a alma salva, é requerido muito mais do que privilégios. Joabe era o capitão de Davi; Geazi era o criado de Eliseu; Demas era companheiro de Paulo; Judas Iscariotes era discípulo de Cristo, e Ló teve uma esposa mundana e incrédula. Todos eles morreram em seus pecados. Eles baixaram à cova apesar do conhecimento, das advertências e das oportunidades; e todos eles nos ensinam que os homens necessitam não só de privilégios. Eles precisam da graça do Espírito Santo.
Vamos valorizar nossos privilégios religiosos, mas não vamos descansar completamente neles. Vamos desejar ter o benefício deles em nossas atividades, mas não vamos colocá-los no lugar de Cristo. Vamos usá-los com gratidão, se Deus no-los der, mas nos preocupemos em que eles produzam algum fruto em nosso coração e em nossa vida. Se não produzem o bem, eles seguramente causarão dano; eles cauterizarão a consciência, eles aumentarão a responsabilidade, eles agravarão a condenação. O mesmo fogo que derrete a cera endurece o barro; o mesmo sol que faz a árvore vivente crescer seca a árvore morta e a prepara para queimar. Nada endurece mais o coração do homem do que uma familiaridade estéril com as coisas sagradas. Mais uma vez eu digo: não são somente os privilégios que fazem cristãs as pessoas, mas a graça do Espírito Santo. Sem isso, nenhum homem jamais será salvo.
Eu peço aos que lêem esta mensagem hoje, que considerem bem o que eu estou dizendo. Você vai para a Igreja do sr. A ou B; você o considera um pregador excelente; você se deleita com seus sermões; você não pode ouvir nenhum outro com o mesmo conforto; você aprendeu muitas coisas desde que começou a participar de seu ministério; você considera um privilégio ser um de seus ouvintes. Tudo isso é muito bom. É um privilégio. Eu seria grato se ministros como o seu fossem multiplicados. Mas, afinal de contas, o que você recebeu no coração? Você já recebeu o Espírito Santo? Se não, você não é melhor que a esposa de Ló.
Eu peço para os filhos de pais crentes que gravem bem o que eu estou dizendo. Ser filho de pais crentes é o mais elevado dos privilégios, pois torna-se o alvo de muitas orações. Realmente é uma bênção aprender o Evangelho na infância, e ouvir falar de pecado, de Jesus, e do Espírito Santo, e santidade, e céu desde o primeiro momento de que podemos lembrar. Mas, cuidado para que vocês não permaneçam estéreis e infrutíferos no meio de todos esses privilégios; tomem a precaução de que seu coração não permaneça duro, impenitente e mundano, sem se quebrantar às muitas vantagens que vocês desfrutam. Vocês não poderão entrar no reino de Deus pelo crédito de seus pais. Vocês próprios têm de comer o Pão da Vida e ter o testemunho do Espírito no coração. Vocês têm de ter arrependimento próprio, fé própria e sua própria santificação. Se não, vocês não serão melhor que a esposa de Ló.
Eu peço a Deus que todos os cristãos professos desses dias apliquem essas coisas ao próprio coração. Que nós nunca esqueçamos que os privilégios sozinhos não podem nos salvar. Luz e conhecimento, pregações fiéis, meios abundantes de graça e a companhia de pessoas santas são todos grandes bênçãos e vantagens. Feliz aquele que os tem! Mas, no final de tudo, há uma coisa sem a qual privilégios são inúteis: a graça do Espírito Santo. A esposa de Ló teve muitos privilégios, mas não teve a graça de Deus no coração.
Se refletirmos quão acentuada é a tendência da mente humana para esquecer a Deus, quão grande é a inclinação dos homens para com toda espécie de erro e quão pronunciado é o gosto deles para forjar, a cada instante, novas fantasiosas religiões, poderemos perceber como foi necessária a autenticação escrita da doutrina celeste, para que ela não desaparecesse pelo esquecimento, nem se desfizesse pelo erro, nem fosse corrompida pela petulância dos homens. Deste modo, como está sobejamente demonstrado, Deus providenciou o auxilio de Sua Palavra para todos aqueles a quem quis instruir de maneira eficaz, pois sabia ser insuficiente a impressão de Sua imagem na estrutura do universo. Portanto, se desejamos com seriedade contemplar a Deus de forma genuína, precisamos trilhar a reta vereda indicada em Sua Palavra.
(John Owen)
Deus é grande, grande é Seu poder e infinita Sua sabedoria. Louvai-o, céu e terra, sol, lua e as estrelas com sua própria linguagem. “Meu Senhor e meu Criador! A magnificência de Tuas obras eu quero anunciar aos homens na medida em que minha inteligência limitada a possa compreender.”
(Johannes Kepler)
Poderia um marinheiro ficar parado ao ver o náufrago chorando? Poderia um médico ficar confortável e simplesmente deixar seus pacientes morrerem? Poderia um bombeiro ficar parado, deixando os homens queimarem e não dar uma ajuda? Você pode assentar-se tranquilamente em Sião com o mundo condenado a sua volta?
(Charles H. Spurgeon)
Fora de Jesus Cristo não sabemos o que é nem nossa vida, nem nossa morte, nem Deus, nem nós mesmos.
(Blaise Pascal)
Quem não acredita na existência de Deus é mais vil do que um demônio, pois nem no inferno existe ateísmo.
(Thomas Brooks)
Aquele que está sempre satisfeito, embora tenha tão pouco, é muito mais feliz do que aquele que está sempre a cobiçar mesmo tendo tanto.
(Matthew Henry)
Um sermão centrado em Cristo, sem uma mensagem de arrependimento, será recebido pelos incrédulos como um bom documentário sobre Jesus.
(Josh Buice)
Nenhuma afirmação tirada de seu contexto é uma garantia suficiente para ações que controlem claramente outras ordenanças. Quão excelente seria se toda a Igreja de Cristo tivesse aprendido que nenhuma lei da vida se baseia em um texto isolado. Todo falso professor que dividiu a Igreja teve um “está escrito” para pendurar em sua doutrina.
Diversos exemplos que servirão para incentivar ou avisar o cristão que deseja servir a seu Senhor
Nos versículos 1, 22 e 23 dessa pequena e preciosa carta de Paulo, ele faz menção de seis cooperadores que estavam com ele na prisão em Roma.
(É interessante observar quantas vezes encontramos grupos semelhantes de sete irmãos no Novo Testamento. Eis alguns exemplos:
• Em João 21.2, seis irmãos acompanham Pedro quando este diz: “Vou pescar”.
• Em Atos 6, sete irmãos são escolhidos para administrar o ministério cotidiano às viúvas.
• Em Atos 10, Pedro e mais seis irmãos vão à casa de Cornélio.
• Em Atos 20, Paulo e mais seis irmãos esperam sete dias para poder partir o pão com a igreja em Trôade.)
Vamos considerar as qualidades desses homens que se encontravam na companhia de Paulo, e por fim, o próprio Paulo.
1. Timóteo, servo recomendado. Timóteo é mencionado pela primeira vez em Atos 16.1-3. Lemos a respeito dele: “Do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio”. Como é importante que o servo de Deus tenha a confiança e a recomendação de irmãos que o conhecem.
Todo serviço cristão deve ser baseado na igreja local, e todo o servo de Deus deve sair para servir a Deus em plena comunhão e com o apoio de seus irmãos. Convém observar como Timóteo foi habilitado por Deus (1Tm 4.14; 2Tm 1.6) e enviado por Deus (1Tm 1.18). Todavia, a posse de alguns dons e a convicção do chamamento de Deus não dão ao obreiro o direito de trabalhar independentemente, sem ligação com sua igreja local. Pela recomendação a igreja se envolve no serviço do obreiro, e o próprio obreiro sente o benefício das constantes orações e do interesse da igreja.
2. Epafras, servo de intensa oração. Em Colossenses, carta escrita e enviada ao mesmo tempo que a carta a Filemom, lemos mais a respeito de Epafras (4.12,13). Ele era da igreja em Colossos: “Que é dos vossos, servo de Cristo”. Paulo destaca as orações deste servo, indicando:
a) o fervor delas: “Combatendo […] em orações”. A palavra traduzida como “combatendo” é semelhante, no original, à palavra que descreve a oração do Senhor Jesus no jardim de Getsêmani: “Posto em agonia, orava mais intensamente” (Lc 22.44). Epafras orava com todo o coração e com toda a sua força.
b) a persistência delas: “Combatendo sempre”.
c) a particularidade delas: “Por vós em oração”, isto é pelos cristãos em Colossos, e não somente por eles, mas também pelos irmãos em Laodicéia e em Hierápolis, como o v. 13 indica.
d) a objetividade delas: “Para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus” (v. 12).
3. Marcos, servo restaurado. João Marcos, sobrinho de Barnabé, acompanhou Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária, mas, quando chegaram a Perge, na Panfília, no sul da Ásia Menor, Marcos apartou-se deles, voltou para Jerusalém e não os acompanhou naquela obra (At 13.13; 15.38).
Outras referências no Novo Testamento, e especialmente as palavras de Paulo em Atos 15.38, dão a entender que, embora seu tio Barnabé o levasse consigo depois para a evangelização de Chipre, isso foi uma falha da parte de Marcos.
Porém, é muito agradável ver como Paulo se alegra com a restauração de Marcos ao serviço do Senhor. Em Colossenses 4.10, Paulo escreve com respeito a ele: “Vos saúda […] Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamento; se ele for ter convosco, recebei-o”. Isso indica que Marcos estava de novo com Paulo. Em 2Timóteo 4.11, chegando perto do fim de sua “carreira”, Paulo manda a Timóteo a seguinte mensagem: “Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério”.
Contudo, a mais impressionante evidência da restauração de Marcos é o fato que lhe foi concedido o privilégio de ser um dos quatro homens escolhidos para escrever, inspirados pelo Espírito Santo, os quatro livros que registram a vida, a morte e a ressurreição do Filho de Deus. Esse servo, que falhou e foi restaurado, foi escolhido para descrever o serviço incansável e devotado do Servo perfeito!
Deus não é só o Deus de salvação, mas também de restauração; e todas as Suas obras são perfeitas.
4. Aristarco, servo e companheiro. Em relação a Paulo, Aristarco é chamado de companheiro na viagem (At 19.29), companheiro de prisão (Cl 4.10) e cooperador (Fm 24). Todas essas expressões indicam que Paulo dava muito valor ao companheirismo desse irmão. Seu nome sugere que era de família nobre, mas veio a ser ainda mais ilustre, sendo, como Jabez, homem de oração (1Cr 4.9,10), e ainda mais nobre, como os homens de Beréia, que “de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras” (At 17.11).
Como é bom ter um homem assim como companheiro na obra do Senhor, mesmo nas privações das viagens e da prisão.
5. Demas, servo que desapontou. É evidente que, na ocasião do envio da carta a Filemom, Demas ainda era um “cooperador” apreciado do apóstolo Paulo. Mais tarde, porém, Paulo tinha de lamentar a respeito dele: “Demas me desamparou, amando o presente século” (2Tm 4.10).
É fácil ficar orgulhoso perante a apostasia de outros e pensar que nunca faríamos tal coisa. Contudo, convém reconhecer o fato de que sempre estamos em perigo de cair. É só começar a seguir um pouco mais “de longe” (como Pedro em Mt 26.58), e logo estamos de volta ao mundo (como Pedro no v. 69, “assentado fora”).
Prezado leitor cristão, nunca imagine que a carne, a velha natureza, tenha melhorado depois de sermos cristãos há alguns anos. O próprio Paulo, depois de vários anos no serviço ao Senhor, disse: “Em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18). Se nos aproximarmos do mundo, estaremos em grande perigo, pois é disso que a carne ainda gosta. Uma vez que estamos no mundo não somos mais úteis ao Senhor.
O nome Demas quer dizer “popular”. Talvez isso indique a causa de sua queda. A popularidade tem sido um laço para muitos.
6. Lucas, servo meticuloso. Paulo tinha consigo naquele tempo dois dos quatro homens que seriam usados por Deus para escrever os Evangelhos. Além de seu Evangelho, Lucas escreveria Atos também.
Na pequena introdução de seu Evangelho, Lucas faz menção do método que usou na preparação desse livro: “Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los [os fatos] a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me informado minuciosamente de tudo desde o princípio” (1.3). Essas palavras mostram como ele juntou os fatos, investigando tudo e verificando as fontes das informações (a palavra traduzida “princípio” pode indicar “origem” também, como na ARA). Depois ele colocou tudo em ordem, escrevendo com método. Tal é o homem que Deus usou para escrever o precioso terceiro Evangelho.
Que exemplo e inspiração para todos nós a fim de realizarmos com zelo a obra do Senhor.
7. Paulo, servo que refletia a Cristo. Deixamos por último o melhor dos sete, e aquele que é o modelo para todos! Muitos artigos seriam necessários para dizer tudo a respeito de Paulo. Porém, a pequena carta dele a Filemom revela o fato mais importante em sua vida e em seu serviço: Cristo estava nele, Cristo vivia nele, e para ele o viver era Cristo (Gl 2.20; Fp 1.21).
De modo muito lindo vemos nessa carta a manifestação do Espírito de Cristo no apóstolo Paulo. A carta foi mandada a Filemom pelas mãos de Onésimo. Esse era servo de Filemom, mas havia fugido, provavelmente levando consigo algumas coisas que roubara da casa de seu senhor. Encontrando-se com Paulo em Roma, arrependeu-se e creu no Senhor Jesus. Agora salvo e irmão amado (Fm 16), Onésimo volta a casa de Filemom, e, diz Paulo: “Se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo. E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, de minha própria mão escrevi; eu o pagarei” (vv. 17-19).
Que lindo reflexo do amor daquele que restituiu o que não furtou (Sl 69.4), pagando nossa dívida e levando sobre Si nossas iniqüidades (Is 53.6). Paulo era uma verdadeira epístola de Cristo (2Co 3.3), escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo. Que nós sejamos assim também, imitando a Paulo como ele era imitador de Cristo (1Co 11.1).
Diga-me quantas vezes você foi abrasado pelo pecado e se voltava para ele, e eu lhe direi por que Sansão permaneceu conversando com Dalila.
(Roger Ellsworth)
Desde o início Deus formou Sua igreja de tal maneira que a morte fosse o caminho para a vida e a cruz o caminho para a vitória.
(João Calvino)
Não só conhecemos Deus apenas por Jesus Cristo, mas ainda conhecemo-nos a nós mesmos apenas por Jesus Cristo. Só conhecemos a vida e a morte por Jesus Cristo. Fora de Jesus Cristo não sabemos o que é nossa vida, nem nossa morte, nem Deus, nem nós mesmos. Assim, sem a Escritura, que tem Jesus Cristo por objeto, nada conhecemos e só vemos obscuridade e confusão na própria natureza. É não somente impossível, mas também inútil, conhecer Deus sem Jesus Cristo.
(Blaise Pascal)
A oração é o derramar de modo sincero, consciente e amoroso o coração ou a alma diante de Deus, por meio de Cristo, no poder e na ajuda do Espírito Santo, buscando as coisas que Deus prometeu, ou que estão em conformidade com Sua Palavra, para o bem da igreja, com fiel submissão à Sua vontade.
(Jonh Bunyan)
A fé em Cristo envolve o amor a Sua Pessoa e a disposição de render-se a Sua autoridade.
(John MacArthur Jr)
Declaro, agora que estou morrendo, que não teria gasto minha vida doutro modo, ainda que recebesse em troca o mundo inteiro.
(David Brainerd)
Nada endurece mais o coração do homem do que uma familiaridade estéril com as coisas sagradas.
As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha.
O trabalho mais simples para Jesus tem mais valor do que a dignidade de um imperador.
A convicção da ignorância é a porta de entrada do templo da sabedoria.
O refinador nunca fica muito longe da boca da fornalha quando seu ouro está no fogo.
Os pequenos barcos ficam na costa. Se Deus fez de você um grande barco, cheio de preciosas mercadorias, saiba que terá de enfrentar grandes ondas e tempestades.
Sejam puros de coração, de lábios e de vida. Nunca cedam a uma imaginação má, nem falem sobre coisas impuras. […] Uma olhadela lasciva, uma palavra de duplo sentido ou um ato questionável deve ser evitado com tenacidade. Toda e qualquer coisa que beire a libertinagem deve ser rejeitada.
Há algumas virtudes suas que jamais seriam descobertas se não fossem as provações pelas quais você passa.
Que espécie de homem deve ser um ministro de Deus? Deve trovejar na pregação e brilhar nas conversas. Deve ser flamejante na oração, resplandecente na vida e fervoroso no espírito.
Devemos começar a orar antes de nos ajoelhar e não devemos cessar quando nos levantamos.
Não pode haver união alguma no trono se não houver primeiro união na cruz.
Os cristãos devem ter uma vida tão abundante de modo que na pobreza sejam ricos, na doença tenham saúde espiritual, no desprezo estejam cheios de triunfo e na morte, cheios de glória.
Nossa ansiedade não esvazia o sofrimento do amanhã, mas apenas esvazia a força do hoje.
O amor que o povo de Deus tem pela oração revela seu desejo pelas coisas celestes.
Se pensamos que podemos fazer qualquer coisa por nós mesmos, tudo o que receberemos de Deus será a oportunidade de tentar.
Charles Haddon Spurgeon, mais comumente conhecido por C. H. Spurgeon, nasceu em 19 de junho de 1834. Converteu-se ao Senhor em 6 de janeiro de 1850. Com dezesseis anos, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte, tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854, Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela da rua New Park, Londres, que mais tarde viria a se chamar Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio.
Em janeiro de 1850, tendo como objetivo ir a uma reunião matutina em uma igreja congregacional em Colchester, para buscar paz em sua perturbada alma, se deteve numa capela de metodistas primitivos em Artilley Stree, mais em conseqüência da forte nevasca que por vontade própria. Nessa capela, o jovem juntou-se à pequena congregação quando, sem pregador para ministrar a Palavra, um simples membro da igreja subiu ao púlpito, mesmo sem grande habilidade de orador, e repetiu nervosa e constantemente o texto de Isaías 45.22a: “Olhai para Mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra”. Depois de certo tempo, apelou aos presentes que olhassem para Jesus Cristo. Spurgeon olhou para Jesus com fé e arrependimento, crendo Nele como seu Salvador e Substituto, e foi salvo.
A Capela Batista da rua New Park, em Southwak, fora uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma congregação de 232 pessoas. “No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência de suas orações. Às vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas”, lembrou Spurgeon alguns anos depois.
Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Nesse meio tempo, teve sua saúde grandemente debilitada. Ele desenvolveu, por volta dos 25 anos, gota e reumatismo, e tinha grandes ataques de depressão, principalmente depois de 1857, quando um culto realizado em Surrey Garden foi organizado para cerca de 10.000 pessoas, e, devido a um tumulto provocado por um falso alarme de incêndio, seis pessoas morreram. Quanto mais a idade avançava, mais essas enfermidades o debilitavam. Ele teve uma melhora da gota, mas, mesmo dessa forma, nunca teve pleno vigor novamente. Sua mulher também tinha graves problemas de saúde, e isso agravava mais ainda a situação. Por diversas vezes, Spurgeon teve de se ausentar do púlpito por recomendação médica. Chegou a passar um período de férias em 1864 (quando viajou até a Itália), e depois, muitas vezes, sempre no fim do ano, se hospedava em Menton, sul da França, pelo clima mais quente que o da Inglaterra, e também por recomendação médica. Depois de 1887, foram cada vez mais constantes essas viagens, chegando a passar meses em retiro.
Morreu em 31 de janeiro de 1892, quando, depois de alguns dias de melhora, houve uma grande deterioração de sua saúde, levando ao óbito nessa data, aos 57 anos. O corpo de Spurgeon foi trasladado da França para a Inglaterra. Na ocasião de seu funeral – 11 de fevereiro de 1892 –, muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres, e seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22a: “Olhai para Mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra”. Spurgeon está sepultado no cemitério de Norwood, com um placa que diz: Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento de seu Senhor e Salvador, JESUS CRISTO.
Em Romanos 13 existe uma linda parábola na qual o apóstolo, descrevendo o fim do período da noite e a breve chegada do amanhecer, incita a todos que despertem do sono, lancem fora as obras da noite – a veste que pertence à noite –, e se vistam para o dia com a armadura da luz, a qual, ele explica, é o revestir-se do Senhor Jesus.
Se estamos aguardando a vinda do Senhor, não queremos ser encontrados dormindo ou despreparados para Sua presença, conforme aconteceu com a noiva que ouviu a voz do Amado à porta, mas não estava preparada, pois havia despido sua túnica (Ct 5.3). Queremos antes ser como a Noiva em Apocalipse: “Regozijemos e exultemos e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro e já Sua noiva se preparou. E foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos santos” (19.7,8)
Existe uma diferença evidente entre as vestes de linho fino e as vestes que tipificam o próprio Senhor. Lemos que o linho fino representa as obras justas dos santos, as obras que os crentes, pelo poder do Espírito Santo, são capacitados a realizar para a glória do Senhor, não para a deles próprios. É-nos dito: “Dai-lhe glória”, porque “Sua noiva já se preparou”.
Essas vestes podem ser chamadas de vestes bordadas pelo Espírito, mas elas devem vir de Deus do mesmo modo como as que chamamos de vestes dadas por Deus. Os atos mencionados devem ser realizados no poder do Espírito Santo, e não como simples resultado da energia carnal. Tendo sido salvos e feitos idôneos para a presença de Deus, nossa vida deve trazer glória a Deus. As obras justas realizadas em nossa própria força, antes e depois de crermos, são apenas trapos de imundícia; mas as obras justas realizadas na dependência do poder do Espírito Santo são como o linho fino.
As vestes dadas por Deus e as tecidas pelo Espírito ilustram de modo notável a dupla satisfação do crente. Em Hebreus 10 lemos: “Temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre” (v. 10). As palavras “temos sido santificados” referem-se a nossa posição em Cristo, a santificação aperfeiçoada que é nossa diretamente por estarmos unidos a Ele: “O qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação e redenção” (1Co 1.30). Nada podemos acrescentar a ela: está consumada, aperfeiçoada. Mas em Hebreus 10.14 é dito que “com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados”, referindo-se a uma santificação progressiva. Nossa experiência é nos manter em harmonia com nossa posição e diariamente nos tornar mais semelhantes a Cristo. Somos santificados pelo poder do Espírito Santo, e esta é uma santificação progressiva. As vestes dadas por Deus representam a santificação atual, perfeita em Cristo; as vestes bordadas pelo Espírito indicam a santificação progressiva.
A noiva no Salmo 45.14 deve ser levada ao Rei vestindo roupas bordadas; não em roupas feitas na máquina, mas com vestes feitas ponto por ponto na vida. Para isso, diligência e habilidade dadas por Deus são necessárias. “A sonolência cobrirá de trapos o homem” (Pv 23.21); porém, a mulher sábia de Provérbios 31.22 é apresentada fazendo “para si cobertas […] de linho fino e de púrpura é o seu vestido”. Devemos ser, portanto, diligentes no serviço do Senhor, a fim de sermos como as pessoas mencionadas em 1Crônicas 4.21, os da casa de Asbéia que fabricavam linho fino. Asbéia significa “súplica ardente” e, desse modo, representa um pequeno grupo que pertencia à casa de oração, cuja vida era gasta na fabricação de linho fino.
As roupas feitas pelo Espírito não podem ser iniciadas antes que os trapos de imundícia, isto é, as roupas feitas pelo homem, sejam postas de lado e as vestes dadas por Deus sejam aceitas, ou seja, o Senhor Jesus, nossa justiça!
Como John Owen observou, alguns dos mais horrendos pecados cometidos por alguns dos mais santos na história foram praticados não em período de adversidade, mas de prosperidade. Pior que isso: aqueles pecados foram cometidos depois de anos de fidelidade em meio a adversidades, sofrimentos e perseguições num grau que não podemos começar a relatar. Homens como Davi, Noé e Ezequias pecaram mais gravemente em períodos de prosperidade.
(C. J. Mahaney)
Todos os dias podemos ver algumas coisas novas em Cristo. O rio de Seu amor não tem margem nem fundo.
(Samuel Rutherford)
Cristo levou nossa natureza para o Céu para nos representar, e deixou-nos na Terra com Sua natureza para representá-Lo.
(John Newton)
Cristo é nosso melhor amigo e logo será o nosso único amigo. Peço a Deus, com todo o meu coração, que eu me fatigue de tudo, exceto da conversa e da comunhão com Ele.
(John Owen)
A revelação de Cristo merece os mais solenes pensamentos, as melhores de nossas meditações e nossa maior diligência nelas. Que melhor preparo pode haver [para nosso futuro gozo da glória de Cristo] do que a contemplação prévia e constante dessa glória, na revelação feita no evangelho?
(John Owen)
A maior intimidade do cristão com Deus ocorre quando os pensamentos do Senhor substituem os nossos e, então, moldamos nosso comportamento de acordo com a mente de Cristo.
(John MacArthur)
Muito mais que as torturantes dores
torturava-O a divina sede que tinha,
desejando e anelando a alma dos homens;
Amado Senhor, e uma delas era a minha.