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Charles Spurgeon Vida cristã

Não morda a vara! (C. H. Spurgeon)

Assim como as crianças agradecem ao alfaiate, e pensam que devem suas roupas novas a ele e não à generosidade dos pais, assim nós, muitas vezes, olhamos para o instrumento usado para nos abençoar e lhe agradecemos em vez de agradecer a Deus.
As causas secundárias não devem nunca ser colocadas antes da Causa Primária. Amigos e ajudadores são todos servos de nosso Pai, mas é Ele quem deve receber todos os louvores.
Acontece um mal semelhante quando se trata do assunto de provações e tribulações. Temos a propensão de nos irarmos com o instrumento da nossa aflição, em vez de ver a mão de Deus em tudo, e mansamente nos dobrarmos diante dela.
Isso foi um grande auxílio para Davi quando teve de lidar com Simei, que o insultava, quando o rei viu que Deus tinha indicado essa provocação para castigá-lo. Ele não permitiu que seus capitães impulsivos decepassem a cabeça daquele que insultava, mas disse mansamente: “Deixai-o; que me insulte, pois o SENHOR lhe ordenou que o fizesse”.
Quando um cachorro é agredido, ele morde a vara! Se ele fosse sábio, perceberia que a vara se move apenas à medida que a mão a direciona. Assim também, quando nós percebermos Deus em nossas tribulações, teremos condições de ficar quietos, suportando a disciplina com paciência.
Que não ajamos como crianças tolas, mas percebamos de onde nos vêm todas as coisas e procedamos de acordo. Que o Espírito de sabedoria nos leve à compreensão.

“É o SENHOR; faça o que bem lhe aprouver” (1Sm 3.18).

“Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21).

“Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2.10).

“No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele” (Ec 7.14).


(Traduzido por Helio Kirchheim. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Bíblia

A reforma pela Palavra de Deus

A reforma não foi uma inovação da igreja, mas uma volta às Escrituras.

Uma reflexão sobre 2 Reis 22:1-23:3

Deus separou para si um povo, Israel, a quem se revelou e essa revelação foi registrada/escriturada, revelação essa que damos o nome de especial, pois sem ela continuaríamos perdidos tateando ao nosso redor procurando encontrá-Lo, mas perdidos e corrompidos por conta de nossos pecados. Por meio de seu servo Moisés, Deus trouxe ao povo de Israel o livro da Lei, conhecido pelos judeus como a Torá, que compõe os cinco primeiros livros da Bíblia. Lá Deus deixou mandamentos e instruções sobre como viver bem e em harmonia com a vontade de Deus, revelando o Deus Criador e Sustentador de todas as coisas, o único Deus verdadeiro.

A ordem ao povo era dedicar-se a fé monoteísta revelada no Pentateuco, amar e servir a Deus de todo coração e alma, aplicando-se por guardar todos os mandamentos da Lei (Deuteronômio capítulo 6). Basicamente, o povo tinha que escolher entre a vida ou a morte, a benção ou a maldição que estava diante deles e dependia da obediência, fruto da Aliança com Deus (Dt 28 e 30).

Davi, conhecido com o rei segundo o coração de Deus, advertiu seu filho Salomão, que para a sucessão do trono ele deveria guardar todos os preceitos e mandamento de Deus, segundo a Lei de Moisés (1 Reis 2:3).

A situação de Josias era complicada, pois aos oito anos de idade ela herdara o trono debaixo de uma catástrofe. O reino de Judá (o remanescente de Israel) havia se afastado do Senhor durante os 57 anos de infeliz liderança de seu avô (Manassés) e pai (Amom). Além de abandonar ao Senhor, a nação estava imersa na idolatria, inclusive seu avô havia sacrificado seu filho como oferta aos deuses, além de outras práticas detestáveis a Deus como consultar os mortos, feitiçaria, homicídios e promoção da injustiça, provocando assim a ira de Deus e promovendo a corrupção moral de toda uma nação.

Porém o jovem Josias distinguiu-se dos seus antepassados por fazer aquilo que eles haviam abandonado, pois aos 16 anos de idade começou a buscar Deus (2 Cr 34:3, Buscar-me-eis e me achareis quando me buscares de todo coração Jr 29:13). A devoção de Josias a Deus se convertia em ações práticas, como o abandono da idolatria, o retorno as Escrituras e a renovação da Aliança entre Israel e o Senhor.

O retorno as Escrituras foi o grande responsável pelo avivamento espiritual da nação de Israel, sobre a liderança de seu rei Josias, muito parecido com a Reforma Protestante.

A Reforma Protestante, do século dezesseis, teve início no dia 31 de outubro de 1517, quando o monge agostiniano, Martinho Lutero, fixou nas portas da igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra as indulgências, rompendo assim, com os desmandos do papado e com os desvios doutrinários da igreja.

Os reformadores buscavam uma volta da Igreja aos ensinos bíblicos, ao modelo de vida da igreja primitiva, descentralizado o poder das mãos de uma liderança eclesiástica corrupta e distante dos leigos, para uma experiência de fé pessoal e comunitária acessível a todos. Porém as ideias dos reformadores não foram bem aceitas pela Igreja Romana, excomungando e condenando o ensino daqueles que protestavam.

A reforma não foi uma inovação da igreja, mas uma volta às Escrituras. Seu propósito foi fazer uma correção de rota e seguir pelas mesmas pegadas trilhadas pelos apóstolos. A reforma colocou a igreja de volta nos trilhos da Verdade.

A verdade de que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática e devemos rejeitar decisivamente todas as doutrinas que não estiveram amparadas pelas Escrituras.
A verdade de que a salvação é pela fé e não pelas obras. Não somos salvos pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz.
A verdade de que somos salvos pela graça de Deus e não pelos méritos humanos.
A verdade de que Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, o único Salvador da igreja e o único Senhor do universo.
A verdade de que a Deus pertence o poder, honra e a glória, agora e pelos séculos eternos.

Podemos fazer três aplicações simples que nos ajudarão a desenvolver na fé, de maneira segura e correta.

  • Não existe vida cristã sadia sem o conhecimento das Escrituras, por isso devemos nos aplicar a leitura e estudo da mesma como uma prática devocional diária.
  • Todo conhecimento sobre a fé cristã que contrariar ou ultrapassar (ir além) o ensino das Escrituras deve ser rejeitado.
  • Toda resistência à obediência às Escrituras deve ser combatida com oração e submissão do ‘eu’ a Deus.

Fonte: (http://pedpau.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html)

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Salvação Sociedade

Segurança em um mundo instável

Em 13 de novembro último assistimos pelos meios de comunicação ao pior ataque terrorista a atingir a França desde a 2a. Guerra Mundial, segundo a Folha de São Paulo, com um saldo de 129 mortos e apenas dez meses depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo.

Diariamente notícias sobre toda sorte de violência inundam os telejornais, propagando uma onda de temor e insegurança. Será que existe um lugar onde se pode encontrar segurança e estabilidade diante do que aconteça no mundo ou em nós mesmos? Podemos olhar para o futuro com esperança, sem levar em consideração as circunstâncias da vida?

Leia este artigo e veja onde encontrar segurança nestes últimos dias:

http://www.suaescolha.com/experiencia/seguranca/

Nestes dias de incertezas, que o Senhor traga esperança a seu coração.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (28)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Torne sua vida uma constante comunhão com Deus. O aroma dEle não permanece por muito tempo em uma pessoa que não se demora em Sua presença.

(John Piper)

Naquilo que é essencial, unidade; naquilo que é duvidoso, liberdade; e em todas as coisas, caridade.

(Agostinho)

Precisamos suplicar de forma específica que Ele graciosamente unja nossos olhos – não apenas para conseguirmos ver coisas maravilhosas na Sua lei – mas também para que nos conceda pronto discernimento para percebermos como a passagem à nossa frente se aplica a nós mesmos – quais são as lições específicas que devemos aprender dela. Quanto mais cultivarmos este hábito, mais provável que Deus vai abrir-nos Sua palavra.

(A. W. Pink)

Nós nunca, nunca estamos em tanto perigo de sermos orgulhosos como quando pensamos que somos humildes.

(C.H.Spurgeon)

Qualquer homem é um tolo, apesar de sua inteligência ou o que você tem feito nesta vida, se não levar em conta o Deus do Universo. É simples assim.

(James Dobson)

Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem.

(D.L. Moody)

O começo da ansiedade é o fim da fé; e o começo da verdadeira fé é o fim da ansiedade.

(George Müller)

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Dinheiro John Wesley Vida cristã

O que Wesley praticou e pregou sobre o dinheiro? (Charles Edward White)

John Wesley pregou muitas vezes sobre o uso do dinheiro. Possuindo provavelmente o maior salário já recebido na Inglaterra, ele teve oportunidades de colocar suas idéias em prática. O que ele disse a respeito do dinheiro? E o que fez com o próprio dinheiro?

John Wesley experimentou uma pobreza opressiva quando criança. Seu pai, Samuel Wesley, era pastor anglicano numa das paróquias que pagavam os menores salários do país. Ele tinha nove filhos para sustentar e raramente ficava sem dívidas. Uma vez John viu seu pai sendo levado para a prisão dos devedores. Portanto, quando seguiu seu pai no ministério, não tinha ilusão alguma acerca das recompensas financeiras.
É provável que tenha sido uma surpresa para John Wesley que, embora Deus o houvesse chamado para mesma vocação de seu pai, não o havia chamado para ser tão pobre quanto ele. Em vez de ser pastor numa paróquia, John sentiu a direção de Deus para ensinar na Universidade de Oxford. Lá, ele foi escolhido para ser membro do conselho do Lincoln College. Sua posição lhe garantia pelo menos trinta libras por ano, mais do que o suficiente para um rapaz solteiro viver. John parecia desfrutar de sua relativa prosperidade. Gastou seu dinheiro em jogos de cartas, tabaco e conhaque.
Enquanto estava em Oxford, um incidente transformou sua perspectiva acerca do dinheiro. Ele havia acabado de comprar alguns quadros para colocar em seu quarto, quando uma das camareiras chegou à sua porta. Era um dia frio de inverno, e ele notou que ela não tinha nada para se proteger, exceto uma capa de linho. Ele enfiou a mão no bolso para dar-lhe algum dinheiro para comprar um casaco, mas percebeu que havia sobrado bem pouco. Imediatamente, ficou perplexo com o pensamento de que Deus não havia se agradado pela forma como havia gasto seu dinheiro. Ele perguntou a si mesmo: O mestre me dirá “Muito bem servo bom e fiel”? Tu adornaste as paredes com o dinheiro que poderia ter protegido essa pobre criatura do frio! Ó justiça! Ó misericórdia! Esses quadros não são o sangue dessa pobre empregada?

O que Wesley fez?

Talvez, como resultado desse incidente, em 1731, Wesley começou a limitar seus gastos para que pudesse ter mais dinheiro para dar aos pobres. Ele registrou que, em determinado ano, sua renda fora de 30 libras, suas despesas, 28, assim, tivera duas libras para dar. No ano seguinte, sua renda dobrou, mas ele continuou administrando seus gastos para viver com 28, desse modo, restaram-lhe 32 libras para dar aos pobres. No terceiro ano, sua renda saltou para 90 libras. Em vez de deixar suas despesas crescerem juntamente com sua renda, ele as manteve em 28 e doou 62 libras. No quarto ano, recebeu 120 libras. Do mesmo modo que antes, suas despesas se mantiveram em 28 libras e, assim, suas doações subiram para 92.
Wesley sentia que o crente não deveria simplesmente dar o dízimo, mas dar toda sua renda excedente, uma vez que já tivesse suprido a família e os credores. Ele cria que com o crescimento da renda, o que deveria aumentar não era o padrão de vida, mas sim o padrão de doações.
Essa prática começou em Oxford e continuou por toda a sua vida. Mesmo quando sua renda ultrapassou mil libras esterlinas, ele viveu de modo simples, doando rapidamente seu dinheiro excedente. Houve um ano em que seu salário superou 1400 libras. Ele viveu com 30 e doou aproximadamente 1400. Por não ter uma família para cuidar, não precisava poupar. Ele tinha medo de acumular tesouros na terra, portanto, seu dinheiro ia para as obras de caridade assim que chegava às suas mãos. Ele registrou que nunca permaneceu com 100 libras.
Wesley limitava suas despesas, não adquirindo coisas que eram tidas como essenciais para um homem de sua posição. Em 1776, os fiscais de impostos inspecionaram suas restituições e lhe escreveram a seguinte sentença: “Não temos dúvidas de que o senhor possui algumas baixelas de prata para cada item que o senhor não declarou até agora”. Eles queriam dizer que um homem proeminente como ele, certamente possuía alguns pratos de prata em sua casa, e o acusavam de sonegação. Wesley lhes respondeu: “Tenho duas colheres de prata em Londres e duas em Bristol. Essa é toda a prata que possuo no momento e não comprarei mais prata alguma, visto que muitos ao meu redor almejam por pão”.
A outra forma pela qual Wesley limitava seus gastos era identificando-se com os pobres. Ele pregava que os crentes deveriam se considerar como membros dos pobres, a quem Deus havia dado dinheiro para ajudá-los. Portanto, ele vivia e comia com os pobres. Sob a liderança de Wesley, a igreja Metodista de Londres estabeleceu dois abrigos para viúvas na cidade. Elas eram sustentadas pelas ofertas recolhidas nos encontros e nas celebrações da Ceia do Senhor. Em 1748, nove viúvas, uma mulher cega e duas crianças viviam ali. Juntamente com elas, vivia John Wesley e outro pregador metodista que se encontrava na cidade naquela ocasião. Wesley se alegrava em comer da mesma comida que elas, à mesma mesa, antevendo o banquete celestial que todos os crentes compartilharão.
Durante quatro anos, a dieta de Wesley consistia principalmente em batatas, em partes para melhorar sua saúde, mas também para economizar dinheiro. Ele dizia: “Aquilo que eu guardo para comprar carne pode alimentar alguém que não possui comida alguma”. Em 1744, Wesley escreveu: “Quando eu morrer, se eu deixar dez libras para trás… você e toda a humanidade poderão testemunhar contra mim, dizendo que tenho vivido e morrido como um ladrão e salteador”. Quando ele morreu em 1791, o único dinheiro que estava em sua posse eram algumas moedas, encontradas em seus bolsos e em sua gaveta de roupas.
O que havia acontecido ao restante do dinheiro que ele ganhara em toda a sua vida, uma quantia estimada em trinta mil libras?[i] Ele o havia doado. Como Wesley havia dito: “Não poderei evitar deixar meus livros para trás quando Deus me chamar, porém minhas próprias mãos executarão a doação de todas as demais coisas”.

O que Wesley Pregou?

O ensino de Wesley sobre o dinheiro oferece diretrizes simples e práticas para qualquer cristão.

A primeira regra de Wesley acerca do dinheiro era “Ganhe o máximo que puder”. Apesar de seu potencial para o mau uso, o dinheiro em si é algo bom. O bem que ele pode fazer é infinito: “Nas mãos dos filhos de Deus, ele é comida para os famintos, água para os sedentos, roupas para os que estão descobertos. Ele dá ao viajante e ao estrangeiro um lugar onde pousar a cabeça. Por meio dele, podemos manter a viúva, no lugar de seu marido, e aos órfãos, no lugar de seu pai. Podemos ser uma defesa para os oprimidos, levar saúde aos doentes e alívio aos que têm dor. Ele pode ser como olhos para o cego, como pés para o coxo e como o socorro para livrar alguém dos portões da morte”!
Wesley acrescenta que ao ganhar o máximo que podem, os crentes devem ser cuidadosos para não prejudicar sua própria alma, mente e corpo ou a alma, mente e corpo de quem quer seja. Desse modo, ele proibiu o ganho de dinheiro em empresas que poluem o meio ambiente ou causam danos aos trabalhadores.

A segunda regra de Wesley para o uso correto do dinheiro era “Poupe o máximo que puder”. Ele insistiu para que seus ouvintes não gastassem dinheiro somente para satisfazer a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Ele clamava contra comidas caras, roupas luxuosas e móveis elegantes. “Cortem todas essas despesas! Desprezem as iguarias e a variedade, e estejam contentes com o que a simples natureza requer”.
Wesley tinha duas razões para dizer aos crentes para comprarem somente o necessário. Uma era óbvia: para que não desperdiçassem dinheiro. A segunda era para que seus desejos não aumentassem. O antigo pregador destacou sabiamente que, quando as pessoas gastam dinheiro em coisas que, de fato, não precisam, elas começam a desejar mais coisas das quais não precisam. Em vez de satisfazerem aos seus desejos, elas apenas os fazem aumentar: “Quem dependeria de qualquer coisa para satisfazer esses desejos, se considerasse que satisfazê-los é o mesmo que fazê-los crescer? Nada é mais verdadeiro do que isto: A experiência diária demonstra que quanto mais os satisfazemos, mais eles aumentam”.
Wesley advertiu principalmente sobre a questão de comprarmos muitas coisas para os filhos. Pessoas que raramente gastam dinheiro consigo mesmas podem ser bem mais indulgentes com seus filhos. Ao ensinar o princípio de que gratificar um desejo desnecessariamente tende a intensificá-lo, ele perguntou a esses pais bem-intencionados: “Por que você compraria para eles mais orgulho ou cobiça, mais vaidade, tolice e desejos prejudiciais? …Por que você teria um gasto extra apenas para trazer-lhes mais tentações e ciladas, e para transpassá-los com mais tristezas”.

A terceira regra de John Wesley era “Doe o máximo que puder”. A oferta de uma pessoa deve começar com o dízimo. Ele disse àqueles que não dizimavam: “Não há dúvidas de que vocês têm colocado o seu coração no seu ouro”. E advertia: “Isso ‘consumirá sua carne como o fogo’”! Entretanto, a oferta de uma pessoa não deve se limitar ao dízimo. Todo o dinheiro dos crentes pertence a Deus, não apenas a décima parte. Os crentes devem usar 100% de sua renda da forma como Deus direcionar.

E como Deus direciona os crentes a usarem sua renda? Wesley listou quatro prioridades bíblicas:

1. Providencie o que é necessário para você e sua família (1 Tm 5.8). O crente deve estar certo de que sua família possui suas necessidades e comodidades supridas, ou seja, “quantidade suficiente de uma comida modesta e saudável para comer, e roupas adequadas para vestir”. O crente também deve garantir que a família tenha o suficiente para viver caso haja imprevistos em relação ao seu ganha-pão.
2. “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Tm 6.8). Wesley acrescentou que a palavra traduzida para “vestir” é literalmente “cobrir”, o que inclui tanto moradia como roupas. “Conclui-se claramente que tudo o que tivermos além dessas coisas, no sentido empregado pelos apóstolos, é riqueza – tudo quanto estiver além das necessidades, ou no máximo, além das comodidades da vida. Qualquer um que tenha comida suficiente para comer, roupas para vestir, um lugar onde repousar a cabeça, e mais alguma outra coisa, é rico”.
3. Providencie o necessário para “fazer o bem perante todos os homens” (Rm 12.17) e não fique devendo nada a ninguém (Rm 13.8). Wesley disse que a reivindicação pelo dinheiro do crente que se seguia à família era a reivindicação dos credores. Ele acrescentou que aqueles que dirigiam o próprio negócio deveriam ter ferramentas adequadas, estoque ou o capital necessário para manter seu negócio.
4. “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Após o crente ter provido o necessário para a família, credores e para o próprio negócio, sua próxima obrigação é utilizar todo o dinheiro que sobrou para suprir as necessidades dos outros.

Ao dar esses quatro princípios bíblicos, Wesley reconheceu que algumas situações não são assim tão claras. A forma como os crentes devem usar o dinheiro de Deus nem sempre é óbvia. Por essa razão, ele ofereceu quatro perguntas para ajudar seus ouvintes a decidirem como gastar seu dinheiro:

1. Ao gastar o dinheiro, estou agindo como se o possuísse ou como se fosse o curador de Deus?
2. O que as Escrituras exigem de mim ao gastar o dinheiro dessa maneira?
3. Posso oferecer essa compra como um sacrifício a Deus?
4. Deus me recompensará por esse gasto na ressurreição dos justos?

Finalmente, para um crente que ainda estivesse perplexo, John Wesley sugeriu a seguinte oração antes de realizar uma compra:

“Senhor, tu vês que estou para gastar esta quantia naquela comida, naquela roupa ou naquele móvel. Tu sabes que estou agindo com sinceridade nessa questão; como um mordomo de teus bens; gastando uma porção dele desta maneira, em conformidade com o desígnio que tu tens ao confiá-los a mim. Sabes que faço isso em obediência à tua Palavra, conforme tu ordenas e porque tu o ordenas. Peço-te que isso seja um sacrifício santo e aceitável a Ti, por meio de Jesus Cristo! Dá-me testemunho em mim mesmo de que, por meio desse esforço de amor, serei recompensado quando Tu recompensares a cada homem segundo as suas obras”.

Ele estava confiante que qualquer crente de consciência limpa que fizesse essa oração usaria o seu dinheiro com sabedoria.

[i] Essa quantia equivaleria a aproximadamente 30 milhões de dólares hoje.

Traduzido por: Waléria Coicev
Copyright© Charles Edward White
©Editora Fiel
Traduzido do original em inglês: What Welsley practiced and preached about Money?
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (27)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Qualquer pecado é mais ou menos hediondo, dependendo da honra e majestade daquele a quem tínhamos ofendido. Uma vez que Deus é infinito em honra, infinito em majestade e infinito em santidade, o pecado mais leve é de conseqüência infinita. O menor pecado é nada menos do que traição cósmica quando percebemos contra quem pecamos.

(Jonathan Edwards)

Quem ama a vinda do Senhor não é aquele que afirma que ela ainda está distante nem aquele que diz que está próxima. É aquele que, esteja ele distante ou próxima, aguarda-a com fé sincera, esperança firme e amor fervoroso.

(Agostinho)

Medite, não nos confortos que você quer, mas nas misericórdias que você tem. Olhe antes para a finalidade de Deus ao afligir, do que para a medida e grau em que você é afligido.

(Christopher Love)

Em cada texto da Escritura existe um caminho para Cristo.

(Charles Haddon Spurgeon)

Por um lado costumamos considerar a emoção como sendo da alma, e em conseqüência rapidamente catalogamos como sendo da alma aos que se emocionam ou se entusiasmam com facilidade. Por outro lado esquecemos que ser racional não faz absolutamente ninguém espiritual. Este entendimento errôneo de espiritualizar uma vida racional deve ser evitado, da mesma maneira que também terá que evitar o julgamento errôneo de confundir uma vida predominantemente emocional com espiritualidade.
E outra coisa mais: não devemos jamais reduzir a função de nossa alma a uma inatividade mortal. Antes, possivelmente, nunca tínhamos contemplado nosso sentimento e nossa emoção como sendo da alma com um pouco de interesse e vivemos de acordo com esse fato.
Entretanto, mais adiante percebemos nosso engano e então suprimimos estas emoções por completo. Uma atitude semelhante pode parecer-nos muito boa mas não nos fará mais espirituais. Se meu leitor entender erroneamente este ponto — e pouco importa se pouco ou muito —, sei que sua vida «se secará». Por que? Porque seu espírito, sem nenhuma oportunidade de expressar-se, ficará aprisionado por uma emoção amortecida. E depois disto há outro perigo: que ao suprimir em excesso sua emoção, o crente terminará convertendo-se em um homem racional, não espiritual, e desta maneira continuará sendo da alma, embora de uma forma diferente. Entretanto, a emoção da alma, se expressa o sentimento do espírito, é muito valiosa, e, por sua vez, o pensamento da alma, se revela o pensamento do espírito, pode ser muito instrutivo.

(Watchman Nee)

Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem.

(D. L. Moody)

Um dos maiores perigos da vida espiritual é viver em função de suas próprias atividades. Em outras palavras, a atividade não está em seu devido lugar como algo que você faz, mas tornar-se algo que o leva a manter-se em movimento.

(Martyn Lloyd-Jones)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (26)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Cultive o hábito de falar com Deus em voz alta. Talvez não sempre, porque nossos desejos são freqüentemente muito sagrados ou profundos para serem colocados em palavras. Mas é bom adquirir o hábito de falar com Deus como a um amigo presente ao sentar-se em casa ou andando pelo caminho. Busque o hábito de conversar sobre coisas com Deus: cartas, seus planos, suas esperanças, seus erros, suas lágrimas e pecados. As coisas parecem muito diferentes quando trazidas à calma luz de Sua presença.

(Frederick Brotherton Meyer)

Qualquer homem pode cantar durante o dia. É fácil cantar quando podemos ler as notas à luz do dia; mas é um cantor habilidoso o que pode cantar quando não há um raio de luz pelo qual se lê. Canções na noite vêm somente de Deus; elas não estão no poder do homem.

(Charles Haddon Spurgeon)

Nós imploramos a misericórdia de Deus, não para que Ele nos deixe em paz em nossos vícios, mas para que nos liberte deles.

(Blaise Pascal)

Deus está à mão quando você aproximar-se dEle em oração. Oh, confortante verdade! Um Deus de perto para ouvir a respiração suave de oração, para ouvir cada confissão de pecado, cada grito de necessidade, para qualquer expressão de tristeza, para cada gemido de consternação, para cada apelo por conselho, força e apoio. Levanta-te, ó minha alma! Dê-se à oração; porque Deus está à mão para ouvir e responder.

(Octavius Winslow)

Eu nasci somente para Deus. Cristo está mais próximo de mim do que pai, ou mãe ou irmã – uma relação próxima, um Amigo mais afeiçoado; e eu me regozijo em segui-Lo e amá-Lo. Bendito Jesus! Tu és tudo o que quero: um precursor para mim em tudo que eu irei passar como cristão, ministro ou missionário.

(Henry Martyn)

Algumas vezes penso que a própria essência de toda a posição cristã e o segredo de uma vida espiritual de êxito estão em reconhecer apenas duas coisas: preciso ter confiança completa e absoluta em Deus e nenhuma confiança em mim mesmo.

(Martyn Lloyd-Jones)

Não há nada que nos faça amar tanto uma pessoa quanto orar por ela.

(William Law)

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T. Austin-Sparks Vida cristã

Mortos e enterrados! (T. Austin-Sparks)


Talvez o maior problema da maior parte dos filhos de Deus seja manter a linha de separação entre aquilo que são neles mesmos e aquilo que Cristo é neles.

A grande frente de ataque do inimigo é trazer o que somos continuamente à tona e nos ocupar com isso, obscurecendo assim a Cristo. O grande objetivo do Espírito Santo em Sua oposição a Satanás é trazer Cristo à vista e ocupar-nos com Ele para obscurecer a nós mesmos. É aí que se levanta a grande dificuldade para a maioria dos filhos do Senhor. Existe sempre essa investida para nos manter ocupados com nós mesmos e com aquilo que somos, a fim de nos manter longe de estarmos ocupados com Cristo e com o que Ele é; de forma a abrir uma brecha, um abismo, uma separação e ter-se a linha limítrofe removida para que então haja confusão. Deus começa com o Primogênito. Isso implica algo completamente diferente daquilo que somos, e é importante ver o que Deus diz e como Deus vê aqueles que são apresentados como estando em Cristo e em quem Cristo está […].

Quando Cristo está em nós, Deus nos vê por intermédio de Cristo. Oh, que reconheçamos isto: que, quando Cristo está em nós, há a corporificação do pensamento de Deus, e Ele é capaz de dizer isso de nós. Seu lidar conosco relaciona-se a Cristo que agora está em nós pelo Espírito Santo, e em Quem estamos. O fato do Primogênito estar invariavelmente ligado à morte e à ressurreição é a maneira de Deus dizer que aquilo que somos em nós mesmos por natureza está enterrado, de Seu ponto de vista, e é Seu Filho somente que propicia o lugar onde estamos como o Ressurreto, o Único que vive diante Dele. Tudo mais está morto e enterrado à vista de Deus, e Deus espera que tomemos essa atitude. Lembremos que estamos mortos e enterrados.


(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Sem categoria T. Austin-Sparks Vida cristã

O chamamento celestial (T. Austin-Sparks)


É-nos dito que no passado Deus falou “de várias maneiras”, não apenas em diferentes partes, mas de diferentes maneiras. Levaria muito tempo voltarmos ao Antigo Testamento para ver todas as maneiras pelas quais Deus falou. Ele falou por milhares de maneiras diferentes: às vezes por palavras e às vezes por atos. As formas eram de fato “diversas”. Contudo, a declaração aqui é que, no fim, Ele fala de um único modo, um modo todo-inclusivo, que é em Seu Filho. O Filho de Deus é Sua maneira final e inclusiva de falar. Por um lado, ninguém vai obter qualquer coisa de Deus fora de Jesus Cristo. Deus irá absolutamente se recusar a falar de outra forma que não em Seu Filho. Se quisermos saber o que Deus quer nos dizer, devemos vir a Seu Filho. De outro lado, em Jesus Cristo temos tudo o que Deus sempre quis dizer […].

Sim, temos mais do falar de Deus em Seu Filho do que podemos ainda entender. Não temos nada fora de Jesus Cristo, e não precisamos de nada além Dele. Podemos ler tudo que já foi escrito sobre a doutrina cristã, e ainda assim sermos o mesmo homem ou a mesma mulher. Os caminhos de Deus são muito práticos, e Ele nos ensina pela experiência. Essa experiência é às vezes muito difícil e é chamada aqui de “treinamento de filhos”. Que o Senhor Jesus impressione nosso coração novamente com essas coisas! Deus ainda fala em Seu Filho, e Seu falar visa obter companheiros para Seu Filho. Os companheiros de Cristo nesse chamamento celestial irão entrar numa difícil escola e terão de aprender muitas lições duras, mas, ao aprenderem-nas, virão a entender quão grande é sua herança no Senhor Jesus.


(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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T. Austin-Sparks Vida cristã

A fidelidade de Deus e nossa falsidade (T. Austin-Sparks)


Todo sistema religioso que apenas trata com o exterior e encobre a vida interior por mero rito e ritual é falso, não é verdadeiro. A obra de Deus é reconstituir a natureza humana. E isso, é claro, envolve duas coisas. De um lado, envolve uma destruição. E, se sabemos algo sobre o tratamento de Deus com as vidas que vêm a Suas mãos, sabemos que sem dúvida é assim mesmo: uma destruição progressiva, um chegar à raiz das coisas,  e desiludir-nos. Se tivermos quaisquer ilusões sobre nós mesmos, todas elas se irão quando Deus tiver terminado conosco. Se somos governados por qualquer tipo de falsa idéia a respeito de nós mesmos, de nossa posição ou de nosso trabalho, quando Deus terminar Sua obra em nós, tudo aquilo terá desaparecido. Ele irá nos esgotar até que vejamos a nós mesmos rendidos, como algo sujo, e a toda nossa justiça, como trapos de imundícia. Ele irá destruir-nos, e Ele o fará.

Porém existe outro lado, é claro, sempre há, pois Deus não é apenas negativo o tempo todo; há um edificar no lugar onde tudo o que é falso, tudo o que não é absolutamente transparente e verdadeiro, reto e claro é odioso para nós. Mais e mais nosso homem interior se revolta contra nossa própria falsidade. A repulsa volta a nós novamente com a convicção de que exageramos ao falar algo; toda falsa declaração nos abate duramente, e sabemos que não falamos a verdade. É algo tremendo estar nas mãos do Espírito Santo, até que, como Deus, odiemos tudo o que é falso. “Odeio”, disse Davi, “toda falsa vereda”. Detenhamo-nos aqui. Sejamos amantes da verdade. Ela irá nos perseguir em todos os lugares; até em nosso próprio relacionamento com nós mesmos, não nos enganaremos mais. Diante de Deus sabemos exatamente o que Ele pensa a nosso respeito, sabemos onde estamos na luz […] Quanto mais perto chegamos do Senhor, mais meticuloso o Espírito Santo se torna em relação à verdade; mais próximos são Seus tratos conosco. É muito verdadeira, portanto, a “perfeita santidade no temor do Senhor” – perfeita. Quanto mais perto chegamos do fim, mais severos serão os tratamentos do Senhor com qualquer coisa falsa em nossa vida. É uma questão de tempo, mas Deus é fiel – muito fiel; Ele não deixa as coisas passarem. Queremos que Ele seja fiel? Bem, não é confortável dizer “Sim”, mas é bom que Ele seja fiel com cada inconsistência, cada contradição e com toda a falsidade no nosso interior.


(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Citações Gotas de orvalho John Owen John Stott Martin Lloyd-Jones Oração

Gotas de orvalho (25)

Uma gota de orvalho dos céus para cada dia da semana

Eu preferiria ensinar um homem a orar do que dez homens a pregar.

(Charles Spurgeon)

Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração.

(John Bunyan)

Não há nada que diga a verdade a nosso respeito como cristãos tanto quanto nossa vida de oração.

(Martyn Lloyd-Jones)

Não é a singularidade do “cristianismo” como um sistema que nós defendemos, mas a singularidade de Cristo. […] Então, porque em nenhuma outra pessoa, senão em Jesus de Nazaré, Deus primeiro se fez tornou humano (em Seu nascimento), em seguida carregou nossos pecados (em Sua morte), depois venceu a morte (em Sua ressurreição) e, então, habitou em Seu povo (por Seu Espírito), Ele é singularmente capaz de salvar pecadores. Ninguém mais tem Suas qualificações.

(John R. W. Stott)

É bem conhecido que Cristo constantemente usou a expressão “seguidor”. Ele nunca pediu por admiradores, adoradores ou adeptos. Não, ele chama discípulos. Não são adeptos de um ensinamento, mas seguidores de uma vida que Cristo está procurando.

(Soren Kierkegaard)

Perseverança em crer não exclui todas as tentações. Quando dizemos que uma árvore está firmemente arraigada, não dizemos que o vento nunca sopra sobre ela.

(John Owen)

Quando aflições nos prendem, nós murmuramos e resmungamos e lutamos até que vejamos que é Deus que nos golpeia.

(Thomas Brooks)

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T. Austin-Sparks Vida cristã

Cristo como vida para o corpo (T. Austin-Sparks)

“Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também no nosso corpo” (2Co 4.10).

Existem valores no Cristo ressurreto para nosso corpo agora. Sua vida ressurreta pode energizar esse corpo agora; não para, no presente, transformá-lo à semelhança de Seu corpo glorioso, mas para estimulá-lo ao serviço. Há vida ressurreta para os corpos mortais agora, porém ela deve ser possuída, escolhida e evocada deliberadamente. É inútil para mim quando estou doente e fraco sentar e dizer: “Ó Senhor, levanta-me e faça-me sentir-me bem!” O Senhor nunca age assim.

Uma coisa aprendi: que em tempos de desesperada fraqueza e abatimento físico, de completa inabilidade, qualquer tipo de visitação do Senhor sempre é precedida por Ele fazendo-me apegar-me a Ele. O Senhor nunca vem e me faz sentir subitamente pleno, cheio de vida e de disposição. Conheço bem o momento quando o Senhor, não em voz audível, mas, quando muito, com uma sugestão, um lembrete, diz: “Usufrua da Vida; tire partido de Mim como sua Vida!” Não houve palavras faladas, mas uma sugestão que produziu um efeito: chegou o tempo de repudiar o atual estado e lançar mão de Cristo como Vida! É como uma renovação para mais um tempo de serviço. O Senhor não nos toma como um robô; antes nos leva a cooperar com Ele mesmo no princípio de Sua Vida ressurreta. Encontramos todas as riquezas do Cristo ressurreto por meio de nossa deliberada e definitiva possessão de Sua vida sublime. Ou seja, ao repudiar Adão, quer seja no corpo, na alma ou no espírito, e ao permanecer em Cristo em qualquer que seja a necessidade. Ela é espiritual? Mental? Sentimental? Diz respeito à vontade? Ao corpo? O essencial é permanecer continuamente em Cristo nas situações […] Todo reino da experiência de Cristo e sua abrangência dependem dessa Vida ressurreta em nós e de nosso desfrute dela, permanecendo nela. O Senhor nos mostre mais o que isso significa.


(Traduzido por Tathyane Faoth. Revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução, revisão e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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