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Andrew Murray Oração Vida cristã

A porta fechada – a sós com Deus

“Quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto” (Mateus 6.6).

Fomos criados para ter comunhão com Deus. Deus nos fez a Sua própria imagem e semelhança para que fôssemos ajustados à comunhão, fôssemos capazes de entendê-Lo e de apreciá-Lo, de entrar em Sua vontade e de nos deleitarmos em Sua glória. Porque Deus é onipresente e Aquele que a tudo vê, Ele poderia viver no gozo de uma inquebrável comunhão em meio a toda obra que tivesse para fazer. Dessa comunhão, o pecado nos roubou.

Nada além dessa comunhão pode satisfazer tanto o nosso como o coração de Deus. Foi isto que Cristo veio restaurar: Ele veio devolver a Deus Suas criaturas perdidas e nos devolver a tudo para o que fomos criados. A comunicação com Deus é a consumação da bem-aventurança tanto na terra como no céu. Isso ocorre quando a promessa, tão freqüentemente dada, se torna uma experiência completa: “Estarei contigo, jamais te deixarei nem te abandonarei”, e quando podemos dizer: “O Pai está sempre comigo”.

Essa comunicação com Deus foi estabelecida para ser nossa o dia todo, quaisquer que sejam as circunstâncias que nos rodeiem. Porém, usufruir dela depende da realidade da comunicação em nosso aposento, a sós. O poder para manter uma comunhão íntima e satisfatória com Deus o dia todo dependerá totalmente da intensidade com a qual buscamos guardá-la na hora de nossa oração secreta. O essencial é a comunhão com Deus.

Nosso Senhor ensina que este deve ser o segredo íntimo da oração secreta: fechar a porta e orar a nosso Pai, que está em secreto. A primeira e principal coisa é perceber que ali em secreto você tem a presença e a atenção do Pai. Saiba que Ele vê e ouve você. Mais importante que todos os seus pedidos, mesmo que urgentes, mais importante do que toda a sua sinceridade e seu esforço para orar corretamente é a certeza viva, como a tem uma criança, de que seu Pai o vê, que agora você O encontrou e que, com os olhos Dele em você e os seus Nele, você agora desfruta de uma verdadeira comunicação íntima com Ele.

Cristão, em seu aposento secreto você “corre o risco” de colocar a oração e o estudo bíblico no lugar da viva comunhão com Deus, o vivo intercâmbio de dar a Ele seu amor, seu coração e sua vida, e receber o amor, a vida e o Espírito Dele. Suas necessidades e suas declarações, seu desejo de orar humilde e sinceramente com fé talvez o ocupem tanto que a luz do semblante de Deus e a alegria do amor Dele não podem entrar em você. Seu estudo bíblico pode ser tão interessante para você que mesmo a Palavra de Deus se torna um substituto para o próprio Deus, se torne o maior impedimento para a comunhão, porque mantém a alma ocupada em lugar de guiá-la a Deus. E saímos para o trabalho diário sem o poder de uma permanente comunhão, porque no momento devocional matutino a bênção não foi adquirida.

Que diferença faria na vida de muitos se todas as coisas na vida fossem subordinadas a isto: “Quero ao longo do dia andar com Deus; meu horário da manhã é a hora em que meu Pai entra em um compromisso definitivo comigo e eu com Ele para que assim seja. Que poder será concedido pela consciência de que Deus assumiu a responsabilidade por mim e que Ele está indo comigo; vou fazer Sua vontade o dia todo em Seu poder; estou pronto para tudo o que possa vir”. Que nobreza haveria na vida se a oração secreta não fosse somente um pedir por uma nova sensação de conforto, luz ou poder, mas a entrega da vida somente por um dia no certo e seguro cuidado de um Deus poderoso e fiel. A separação dos outros, em solidão com Deus, é, com certeza, a única forma para viver em comunhão com outros no poder da bênção de Deus.

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Charles Spurgeon Citações Gotas de orvalho

Gotas de Orvalho (138) – Charles Haddon Spurgeon

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha.

O trabalho mais simples para Jesus tem mais valor do que a dignidade de um imperador.

A convicção da ignorância é a porta de entrada do templo da sabedoria.

O refinador nunca fica muito longe da boca da fornalha quando seu ouro está no fogo.

Os pequenos barcos ficam na costa. Se Deus fez de você um grande barco, cheio de preciosas mercadorias, saiba que terá de enfrentar grandes ondas e tempestades.

Sejam puros de coração, de lábios e de vida. Nunca cedam a uma imaginação má, nem falem sobre coisas impuras. […] Uma olhadela lasciva, uma palavra de duplo sentido ou um ato questionável deve ser evitado com tenacidade. Toda e qualquer coisa que beire a libertinagem deve ser rejeitada.

Há algumas virtudes suas que jamais seriam descobertas se não fossem as provações pelas quais você passa.

Que espécie de homem deve ser um ministro de Deus? Deve trovejar na pregação e brilhar nas conversas. Deve ser flamejante na oração, resplandecente na vida e fervoroso no espírito.

Devemos começar a orar antes de nos ajoelhar e não devemos cessar quando nos levantamos.

Não pode haver união alguma no trono se não houver primeiro união na cruz.

Os cristãos devem ter uma vida tão abundante de modo que na pobreza sejam ricos, na doença tenham saúde espiritual, no desprezo estejam cheios de triunfo e na morte, cheios de glória.

Nossa ansiedade não esvazia o sofrimento do amanhã, mas apenas esvazia a força do hoje.

O amor que o povo de Deus tem pela oração revela seu desejo pelas coisas celestes.

Se pensamos que podemos fazer qualquer coisa por nós mesmos, tudo o que receberemos de Deus será a oportunidade de tentar.


Charles Haddon Spurgeon, mais comumente conhecido por C. H. Spurgeon, nasceu em 19 de junho de 1834. Converteu-se ao Senhor em 6 de janeiro de 1850. Com dezesseis anos, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte, tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854, Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela da rua New Park, Londres, que mais tarde viria a se chamar Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio.

Em janeiro de 1850, tendo como objetivo ir a uma reunião matutina em uma igreja congregacional em Colchester, para buscar paz em sua perturbada alma, se deteve numa capela de metodistas primitivos em Artilley Stree, mais em conseqüência da forte nevasca que por vontade própria. Nessa capela, o jovem juntou-se à pequena congregação quando, sem pregador para ministrar a Palavra, um simples membro da igreja subiu ao púlpito, mesmo sem grande habilidade de orador, e repetiu nervosa e constantemente o texto de Isaías 45.22a: “Olhai para Mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra”. Depois de certo tempo, apelou aos presentes que olhassem para Jesus Cristo. Spurgeon olhou para Jesus com fé e arrependimento, crendo Nele como seu Salvador e Substituto, e foi salvo.

A Capela Batista da rua New Park, em Southwak, fora uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma congregação de 232 pessoas. “No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência de suas orações. Às vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas”, lembrou Spurgeon alguns anos depois.

Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Nesse meio tempo, teve sua saúde grandemente debilitada. Ele desenvolveu, por volta dos 25 anos, gota e reumatismo, e tinha grandes ataques de depressão, principalmente depois de 1857, quando um culto realizado em Surrey Garden foi organizado para cerca de 10.000 pessoas, e, devido a um tumulto provocado por um falso alarme de incêndio, seis pessoas morreram. Quanto mais a idade avançava, mais essas enfermidades o debilitavam. Ele teve uma melhora da gota, mas, mesmo dessa forma, nunca teve pleno vigor novamente. Sua mulher também tinha graves problemas de saúde, e isso agravava mais ainda a situação. Por diversas vezes, Spurgeon teve de se ausentar do púlpito por recomendação médica. Chegou a passar um período de férias em 1864 (quando viajou até a Itália), e depois, muitas vezes, sempre no fim do ano, se hospedava em Menton, sul da França, pelo clima mais quente que o da Inglaterra, e também por recomendação médica. Depois de 1887, foram cada vez mais constantes essas viagens, chegando a passar meses em retiro.

Morreu em 31 de janeiro de 1892, quando, depois de alguns dias de melhora, houve uma grande deterioração de sua saúde, levando ao óbito nessa data, aos 57 anos. O corpo de Spurgeon foi trasladado da França para a Inglaterra. Na ocasião de seu funeral – 11 de fevereiro de 1892 –, muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres, e seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22a: “Olhai para Mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra”. Spurgeon está sepultado no cemitério de Norwood, com um placa que diz: Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento de seu Senhor e Salvador, JESUS CRISTO.

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Oração R. C. Sproul vontade de Deus

Aceitar “Não” como vontade de Deus


Ficamos abismados de que, mesmo à luz de registros bíblicos muito claros, ainda há quem tenha a audácia de sugerir que é errado para aqueles que sofrem no corpo ou na alma expressar suas orações por libertação em termos de: “Se for da Tua vontade”. Dizem que, quando a aflição chega, Deus sempre deseja a cura. Que Ele não tem nada a ver com sofri­mento, e que tudo o que devemos fazer é reivindicar, pela fé, a respos­ta que buscamos. Somos exortados a exigir o “Sim” de Deus antes que Ele o pronuncie.

Fora com tais distorções da fé bíblica! Elas são concebi­das na mente do Tentador, que deseja nos induzir a transfor­mar fé em mágica. Nem todo o amontoado de discurso pie­doso pode transformar essa falsidade em doutrina verdadeira.

Às vezes, Deus diz não. Às vezes, Ele nos chama para sofrer e morrer, mesmo quando desejaríamos exigir o con­trário.

Nunca outro homem orou mais veementemente que Cristo no Getsêmani. Quem acusará Cristo de não ter ora­do com fé? Ele colocou Seu pedido diante do Pai suando sangue: “Passa de Mim este cálice” (Lc 22.42).

A oração de Jesus foi direta e sem ambigüidades. Ele gritou por alívio. Ele pediu que o cálice terrivelmente amar­go fosse removido. Cada centímetro de Sua humanidade se encolhia diante do cálice. Ele implorou ao Pai que O libertasse de Seu dever. Mas Deus disse “não”. O caminho do sofrimento era o plano de Deus. Era a vontade de Deus. Era Sua vontade pura e inalterada. A cruz não era uma idéia de Satanás. A paixão de Cristo não foi resultado de contingên­cias humanas. Não foi uma maquinação acidental de Caifás, Herodes ou Pilatos. O cálice foi preparado, entregue e administrado pelo Deus Onipotente.

Jesus colocou uma condicional em Sua oração: “Pai, se queres…”. Jesus não “apresentou e reivindicou”. Ele conhecia Seu Pai muito bem para saber que essa poderia não ser a vonta­de Dele. A história não termina com as palavras: “E o Pai se arrependeu do mal que havia planejado, afastou o cálice, e Jesus viveu feliz para sempre”.

Essas palavras se aproximam da blasfêmia. O evange­lho não é um conto de fadas. O Pai não entraria em acordos sobre o cálice. Jesus foi chamado para tomá-lo até a última gota. E Ele o aceitou. “Todavia, não se faça a Minha vonta­de, mas a Tua”.

Esse “todavia” é a suprema oração da fé. A oração da fé não é uma ordem que colocamos diante de Deus. Não é a presunção de um pedido atendido. A autêntica oração da fé é aquela que se assemelha à oração de Jesus. É sempre apre­sentada num espírito de submissão. Em todas as nossas ora­ções devemos permitir que Deus seja Deus. Ninguém diz ao Pai o que Ele deve fazer, ninguém, nem mesmo o Filho. Orações devem sempre ser pedidos feitos com humildade e submissão à vontade do Pai.

A oração da fé é a oração da confiança. A própria es­sência da fé é confiança. Confiamos que Deus sabe o que é melhor. O espírito de confiança inclui o espírito de disposi­ção para fazer o que o Pai deseja que façamos. Este tipo de confiança foi personificado em Jesus no Getsêmani.

Embora o texto não seja explícito, é claro que Jesus deixou o jardim com a resposta de Deus para Seu pedido. Não há nenhuma blasfêmia ou amargura; Sua comida e Sua bebida eram fazer a vontade do Pai (Jo 4.34). Uma vez que o Pai disse “não”, o assunto estava resolvido. Jesus se preparou para a cruz. Não fugiu de Jerusalém, mas entrou na cidade com o semblante determinado.

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Escatologia Rennis Feihc

As vestes bordadas do Espírito

Em Romanos 13 existe uma linda parábola na qual o apóstolo, descrevendo o fim do período da noite e a breve chegada do amanhecer, incita a todos que despertem do sono, lancem fora as obras da noite – a veste que pertence à noite –, e se vistam para o dia com a armadura da luz, a qual, ele explica, é o revestir-se do Senhor Jesus.

Se estamos aguardando a vinda do Senhor, não queremos ser encontrados dormindo ou despreparados para Sua presença, conforme aconteceu com a noiva que ouviu a voz do Amado à porta, mas não estava preparada, pois havia despido sua túnica (Ct 5.3). Queremos antes ser como a Noiva em Apocalipse: “Regozijemos e exultemos e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro e já Sua noiva se preparou. E foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos santos” (19.7,8)

Existe uma diferença evidente entre as vestes de linho fino e as vestes que tipificam o próprio Senhor. Lemos que o linho fino representa as obras justas dos santos, as obras que os crentes, pelo poder do Espírito Santo, são capacitados a realizar para a glória do Senhor, não para a deles próprios. É-nos dito: “Dai-lhe glória”, porque “Sua noiva já se preparou”.

Essas vestes podem ser chamadas de vestes bordadas pelo Espírito, mas elas devem vir de Deus do mesmo modo como as que chamamos de vestes dadas por Deus. Os atos mencionados devem ser realizados no poder do Espírito Santo, e não como simples resultado da energia carnal. Tendo sido salvos e feitos idôneos para a presença de Deus, nossa vida deve trazer glória a Deus. As obras justas realizadas em nossa própria força, antes e depois de crermos, são apenas trapos de imundícia; mas as obras justas realizadas na dependência do poder do Espírito Santo são como o linho fino.

As vestes dadas por Deus e as tecidas pelo Espírito ilustram de modo notável a dupla satisfação do crente. Em Hebreus 10 lemos: “Temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre” (v. 10). As palavras “temos sido santificados” referem-se a nossa posição em Cristo, a santificação aperfeiçoada que é nossa diretamente por estarmos unidos a Ele: “O qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação e redenção” (1Co 1.30). Nada podemos acrescentar a ela: está consumada, aperfeiçoada. Mas em Hebreus 10.14 é dito que “com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados”, referindo-se a uma santificação progressiva. Nossa experiência é nos manter em harmonia com nossa posição e diariamente nos tornar mais semelhantes a Cristo. Somos santificados pelo poder do Espírito Santo, e esta é uma santificação progressiva. As vestes dadas por Deus representam a santificação atual, perfeita em Cristo; as vestes bordadas pelo Espírito indicam a santificação progressiva.

A noiva no Salmo 45.14 deve ser levada ao Rei vestindo roupas bordadas; não em roupas feitas na máquina, mas com vestes feitas ponto por ponto na vida. Para isso, diligência e habilidade dadas por Deus são necessárias. “A sonolência cobrirá de trapos o homem” (Pv 23.21); porém, a mulher sábia de Provérbios 31.22 é apresentada fazendo “para si cobertas […] de linho fino e de púrpura é o seu vestido”. Devemos ser, portanto, diligentes no serviço do Senhor, a fim de sermos como as pessoas mencionadas em 1Crônicas 4.21, os da casa de Asbéia que fabricavam linho fino. Asbéia significa “súplica ardente” e, desse modo, representa um pequeno grupo que pertencia à casa de oração, cuja vida era gasta na fabricação de linho fino.

As roupas feitas pelo Espírito não podem ser iniciadas antes que os trapos de imundícia, isto é, as roupas feitas pelo homem, sejam postas de lado e as vestes dadas por Deus sejam aceitas, ou seja, o Senhor Jesus, nossa justiça!

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (137)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Como John Owen observou, alguns dos mais horrendos pecados cometidos por alguns dos mais santos na história foram praticados não em período de adversidade, mas de prosperidade. Pior que isso: aqueles pecados foram cometidos depois de anos de fidelidade em meio a adversidades, sofrimentos e perseguições num grau que não podemos começar a relatar. Homens como Davi, Noé e Ezequias pecaram mais gravemente em períodos de prosperidade.

(C. J. Mahaney)

Todos os dias podemos ver algumas coisas novas em Cristo. O rio de Seu amor não tem margem nem fundo.

(Samuel Rutherford)

Cristo levou nossa natureza para o Céu para nos representar, e deixou-nos na Terra com Sua natureza para representá-Lo.

(John Newton)

Cristo é nosso melhor amigo e logo será o nosso único amigo. Peço a Deus, com todo o meu coração, que eu me fatigue de tudo, exceto da conversa e da comunhão com Ele.

(John Owen)

A revelação de Cristo merece os mais solenes pensamentos, as melhores de nossas meditações e nossa maior diligência nelas. Que melhor preparo pode haver [para nosso futuro gozo da glória de Cristo] do que a contemplação prévia e constante dessa glória, na revelação feita no evangelho?

(John Owen)

A maior intimidade do cristão com Deus ocorre quando os pensamentos do Senhor substituem os nossos e, então, moldamos nosso comportamento de acordo com a mente de Cristo.

(John MacArthur)

Muito mais que as torturantes dores
torturava-O a divina sede que tinha,
desejando e anelando a alma dos homens;
Amado Senhor, e uma delas era a minha.

(Autor desconhecido)

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Igreja R. E. Walterson

O nome da igreja

Um dia, conversando com um desconhecido no interior do estado de São Paulo, tive oportunidade de dizer-lhe que sou cristão. Imediatamente, ele me fez uma pergunta que tenho ouvido inúmeras vezes: “Qual é o nome da sua igreja?”

Na confusão denominacional em que se encontra a cristandade atual, não podemos estranhar essa indagação, mas não devemos esquecer que já houve um tempo em que ninguém faria tal pergunta. Naqueles dias, agora tão distantes, não seria necessário perguntar, pois não havia denominações. “Todos os que criam estavam juntos” (At 2.44).

Lendo o Novo Testamento, percebemos que aquela união tão linda e tão agradável a Deus continuou por algum tempo. Veja, por exemplo, o que aconteceu em Corinto.

Quando chegou a Corinto para anunciar o evangelho, Paulo encontrou duas classes de pessoas: judeus e gentios. Tanto uma como a outra desprezou sua mensagem, mas por razões diferentes. Os judeus queriam ver sinais, uma demonstração de poder; os gentios queriam ouvir sabedoria, uma demonstração de inteligência; mas Paulo insistiu em pregar a Cristo crucificado, escândalo para o judeu e loucura para o gentio (1Co 1.22-24), e muitos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados (At 18.8).

Quando Paulo saiu de Corinto, portanto, não havia apenas dois grupos de coríntios, mas três. Escrevendo sua primeira carta àqueles irmãos, ele disse que não deveriam causar escândalo “nem aos judeus, nem aos gregos nem à igreja de Deus” (10.32). Mas observe bem: não havia necessidade de denominar aquela igreja, pois os cristãos estavam juntos; não havia divisões.

Nessa altura, porém, algo ominoso, preocupante, estava acontecendo naquela igreja. Uns diziam: “Eu sou de Paulo”, e outros: “Eu sou de Apolo”. Foram os primeiros sinais de denominacionalismo. Leia os capítulos 1 a 3 e veja como o Espírito Santo se entristeceu com isso. Veja como a epístola condena tal atitude dos coríntios.

É triste ver que aquela semente, lançada em Corinto, germinou, e hoje temos o fruto maduro e abundante. O denominacionalismo agora é tão antigo, tão enraizado e tão generalizado, que a maioria dos cristãos o aceita como se fosse normal. Muitos até o consideram necessário para acomodar os gostos diferentes do povo de Deus!

Nesta época denominacionalista, a pergunta do começo do artigo não surpreende. O fato, porém, de não causar surpresa hoje não deve obscurecer a lamentável realidade que Deus se entristece muito com isso. Veja quão diferente é o modelo que Ele deixou para Seu povo.

A primeira ocorrência da palavra “igreja” depois da descida do Espírito Santo é em Atos 2.47: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos”. Pouco tempo depois, Deus fala do grande temor em toda a igreja (5.11) por causa de Ananias e Safira. Nestes versículos, nenhum nome foi dado para identificar a igreja. E não era necessário, pois todos os que criam estavam juntos. Não havia outra igreja. Era tão simples e tão lindo.

Mas o evangelho avançava, e outras regiões foram alcançadas. Muitas outras igrejas foram plantadas. Mesmo assim, não há sugestão alguma de nome para identificar essas igrejas. Deus simplesmente as chama pelo nome da cidade. Lemos da igreja que estava em Jerusalém (8.1), da igreja que estava em Antioquia (13.1) e da igreja que estava em Éfeso (Ap 2.1), etc. O modelo é claro: em qualquer cidade onde havia conversões, aquelas pessoas salvas começavam a se reunir ali localidade como igreja. Não havia necessidade de denominá-la, pois não havia divisões. Eram simplesmente cristãos, reunidos ao nome do Senhor Jesus. O mal do denominacionalismo ainda não havia levantado a cabeça.

Mesmo quando muitas igrejas foram plantadas numa região, ainda não vemos um nome denominacional. Lemos das igrejas da Galácia (1Co 16.1), das igrejas da Macedônia (2Co 8.1) e das igrejas da Judéia (Gl 1.22), etc. Continuavam sendo apenas igrejas, sem qualquer denominação.

Essa maneira de referir-se às igrejas de uma região nos ensina uma lição importante. Aquelas igrejas eram autônomas. Não vemos uma federação de igrejas naquelas regiões. Não foi organizada A Igreja da Galácia ou A Igreja da Macedônia. Aquelas igrejas não se filiavam a organização alguma. Era por essa razão que não precisavam de denominação. Eram apenas igrejas locais e autônomas.

Vemos essa verdade com ainda maior clareza ao observar outra maneira de descrever as igrejas. Lemos da igreja dos laodicenses (Cl 4.16) e da igreja dos tessalonicenses (1Ts 1.1; 2Ts 1.1). A igreja que estava em Laodicéia (Ap 3.18) era a igreja dos laodicenses (Cl 4.16). Aquela igreja não fazia parte de um movimento nacional ou internacional, mas era uma igreja estritamente local, composta unicamente de laodicenses. Da mesma forma, a igreja em Tessalônica era a igreja dos tessalonicenses – local e autônoma.

Considere mais algumas expressões que Deus usa para descrever estas igrejas. [Não são nomes denominacionais, mas designações que destacam certas características da igreja. (N.R.)]

Igreja de Deus (1Co 10.32)

Cada igreja local pertence a Deus. A igreja dos laodicenses era composta de laodicenses, mas pertencia a Deus. Esse fato nos faz lembrar que nós não temos o direito de modificar a igreja ou tentar adaptá-la ao nosso gosto. Ela não é nossa. Destaca também a reverência que deve caracterizar todas as reuniões da igreja. Que sejamos fiéis, submissos e reverentes.

Igrejas de Cristo (Rm 16.16)

A igreja existe para Cristo, não para nós. Ele é o Cabeça; a igreja é o corpo. Cada igreja local é reunida a Seu nome, e deve adorá-Lo na presença de Deus e anunciá-Lo ao mundo. Veja 1Coríntios 11.23-26 e 1Pedro 2.5,9.

Igrejas dos gentios (Rm 16.4)

Nesta expressão Deus nos faz lembrar do que éramos: gentios, sem Cristo, sem esperança e sem Deus no mundo. Agora fazemos parte da igreja de Deus e de Cristo. Isso é graça! Isso é a maravilhosa graça!

Igrejas dos santos (1Co 14.33)

Essa expressão não mostra o que éramos, mas, sim, o que somos. Se “as igrejas dos gentios” destaca a graça soberana de Deus, “as igrejas dos santos” destaca a responsabilidade individual de cada membro da igreja. Deus, por Sua graça, nos santificou (Hb 10.10); devemos ser santos, como Ele é santo (1Pd 1.15).

Conclusão

Que nosso coração aprecie a beleza do modelo que Deus deixou para a igreja local. Sua simplicidade será desprezada pela carne e pelo mundo; o inimigo há de continuar atacando-a de todas as formas, mas Deus garante Sua graça. Se estamos dispostos a guardar Sua Palavra e não negar Seu nome, ninguém poderá fechar a porta (Ap 3.8).

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (136)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

É impossível a um só tempo fazer das coisas terrenas e das coisas celestiais o principal assunto de nossos pensamentos.

(A. W. Pink)

A graça não torna a contribuição algo opcional.

(Charles C. Ryrie)

O que nos torna ricos neste mundo não é o que tomamos, mas sim o que damos.

(Henry W. Beecher)

Quando os homens começam a se queixar mais de seus pecados do que de suas aflições, começa a surgir alguma esperança para eles.

(Matthew Henry)

Cristo não é doce enquanto o pecado não se faz amargo para nós.

(John Flavel)

A voz da consciência jamais foi silenciada sem prejuízo.

(Anna Jameson)

Uma boa consciência é a inseparável auxiliar da fé.

(João Calvino)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (135)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Veja a sua vida. Existe algo que você ama mais que Cristo? Existe algo que você queira mais que Cristo? Existe alguém que você queira servir mais do que a Cristo? Alguém que você queira honrar mais do que a Cristo? Alguém que você queira proclamar mais do que a Cristo? Se existe, você perdeu seu primeiro amor.

(John MacArthur)

Muitas pessoas não pensam em viver com mais santidade até que não possam viver mais.

(William Secker)

Preocupação é pecado contra o cuidado amoroso do Pai.

(E. Stanley Jones)

Como é fácil a piedade de papel e pena! Não direi que ela não custa nada, mas, para exercer a bondade, é muito mais barato colocar a cabeça do que o coração. Posso escrever uma centena de meditações mais depressa do que subjugar o menor dos pecados de minha alma.

(Thomas Fuller)

Dedique-se ao estudo da santidade de vida. Sua utilidade depende disso. Seus sermões duram não mais do que uma ou duas horas; sua vida prega a semana inteira.

(E. M. Bounds)

Não teremos nenhum poder de Deus a não ser que sejamos convencidos de que não temos nenhum poder em nós mesmos.

(John Owen)

Se o diabo não puder usar os fracassos para derrubar você, ele usará o sucesso.

(J. Blanchard)

Podemos saber quando estamos sendo influenciados pelo mundo. É quando nos encontramos nem quentes nem frios, apenas acomodados.

(Malcolm Watts)

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Encorajamento Ministério S. R. Davison

Arquipo

“Também dizei a Arquipo: Atenta para o ministério que recebestes do Senhor, para o cumprires” (Cl 4.17).

Terminando sua carta à igreja em Colossos, Paulo chamou a atenção de um daqueles irmãos de uma maneira que também chama nossa atenção. Quem era Arquipo? Qual era seu ministério? Por que Paulo achou necessária essa exortação pessoal numa carta pública? Embora tenhamos poucas informações nas Escrituras sobre Arquipo, podemos descobrir algumas coisas sobre ele que também são importantes para nossos dias.

Comparando essa carta com a carta a Filemom, ficamos convencidos de que Arquipo é o mesmo citado em Filemom 2, que era parente de Filemom e Afia, e ajudava muito na igreja em Colossos, que se reunia na casa de Filemom.

Paulo o chamou de “companheiro de lutas”, indicando que, em seu ministério, Arquipo enfrentava dificuldade e oposição do mesmo tipo que Paulo enfrentava no ministério a favor daquela igreja. Em Colossenses 2, Paulo revela que essa “luta” era principalmente contra os falsos ensinadores que estavam procurando infiltrar-se naquela igreja. Esses confiavam em seus “raciocínios” e “filosofias” sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo (vv. 4,8). Ensinavam a necessidade de não comer certas comidas e de guardar o sábado (v. 16). Baseavam seus ensinos nas “visões” que receberam (v. 18). Tudo isso nos mostra que o ministério de Arquipo era também lutar contra estas “doutrinas dos homens”, ensinando o valor da pessoa e da obra do Senhor Jesus Cristo, em quem “habita corporalmente toda plenitude da Divindade” (Cl 2.9).

Nós temos a mesma luta hoje, com tantas seitas falsas propagando idéias baseadas em sabedoria humana, na lei, em visões, etc. Um pouco de meditação aqui revelará que os erros ensinados hoje são idênticos à situação em Colossos, quando Paulo e Arquipo lutavam pelo Evangelho verdadeiro. Não podemos nos calar sobre este grande perigo satânico que procura infiltrar, misturar e destruir o testemunho verdadeiro do Senhor Jesus Cristo com seu fermento ecumênico. A maneira mais usada por Satanás hoje não é a perseguição violenta, mas a imitação e a mistura com as denominações, até a igreja local perder completamente sua função divina como “santuário de Deus” e se tornar parte de uma organização humana com seu evangelho social que somente produz muito joio e pouco trigo. Não devemos ser enganados pelo crescimento rápido dessas seitas — “eles procedem do mundo; por esta razão falam da parte do mundo, e o mundo os ouve” (1Jo 4.5).

Notamos também que Arquipo recebeu este ministério “do Senhor”. Não foi um ministério escolhido por ele, nem dado por anjos ou por homens. Paulo nem precisava explicar para Arquipo qual era o ministério dele; ele bem o sabia, e a igreja em Colossos também sabia como era importante aquele ministério em dias de muitos falsos ensinos.

Como Arquipo, todos os filhos de Deus receberam um ministério do Senhor. “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu” (1Pd 4.10). Não podemos escolher nosso serviço ao Senhor; é Ele quem escolhe para nós. Se procurarmos fazer algo que Ele não escolheu, haverá confusão e não bênção; mas, quando todos os membros do Corpo sabem, e fazem, seu trabalho, haverá paz e bênção e crescimento na igreja.

Por que esta exortação pessoal numa carta pública? Sem dúvida, foi uma surpresa para Arquipo ouvir seu nome mencionado por Paulo dessa maneira. Parece que não havia motivo visível para essa mudança na atitude do apóstolo, e claramente Arquipo não estava sob disciplina, ou Paulo não podia encorajá-lo assim sem primeiro saber de seu arrependimento e restauração à comunhão da igreja.

Contudo, alguma coisa tinha acontecido para o desanimar no ministério. Provavelmente, ele estava cansado e pensava em “parar um pouco” ou que já tinha cumprido seu trabalho. Paulo não podia esconder sua preocupação por dois motivos: a igreja precisava muito do ministério de Arquipo, e também Arquipo estava perdendo o galardão que o Senhor queria lhe dar mais tarde. “Se perseveramos, também com Ele reinaremos; se O negarmos, Ele por Sua vez nos negará” (2Tim 2.12).

Parece-nos que há muitos “Arquipos” nas igrejas que conhecemos, e para falar a verdade, quem entre nós não sente a tentação de “parar um pouco” na luta? Temos de lembrar que o único motivo justo para parar é quando chegarmos ao “fim” (Hb 6.11), quando o Senhor nos chamar para o descanso, ou por Sua vinda ou pela morte. João Batista “completou sua carreira” (At 13.25), mas somente quando desceu sobre seu pescoço a espada de Herodes. Paulo completou sua carreira, mas somente quando o tempo de sua partida tinha chegado (2Tm 4.6).

Não existe aposentadoria no serviço de Deus! Quando alguém falou sobre aposentadoria a um estimado e ativo servo de Deus, agora com Ele, mas naquele tempo com mais de noventa anos, ele respondeu que Satanás tinha trabalhado muito mais do que ele e nem pensava em parar, mas de fato trabalha mais agora do que nunca!

Gostaríamos de saber mais sobre o resultado desta exortação de Paulo. Sem dúvida, foi forte o remédio! Arquipo já está com Cristo, passou o tempo de servir. Será que podemos duvidar do valor da exortação que recebeu? Cremos que ele será sempre grato pelo “remédio” que recebeu naquele dia, mesmo que tenha sido uma injeção bastante dolorida na hora!

Esta exortação foi colocada na Escritura, não somente para Arquipo, mas também para cada um de nós. Seria muito triste, depois de ter corrido bem, parar agora, tão perto do fim da corrida, e perder o prêmio. Que Deus encoraje a cada um de nós a cumprir o ministério que Ele nos deu, pois, embora a luta seja grande, o fim está perto e a vinda do Senhor está próxima.

Agora desejo com Cristo viver,
com Ele a carreira acabar;
pois sei que, no meio das perturbações,
com Jesus sempre em paz posso estar.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (134)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Para muitos, Jesus é uma figura fascinante só até o momento em que é preciso renunciar algo para segui-Lo.

(Augustus Nicodemos)

A causa principal do esfriamento espiritual são os pecados acariciados no sótão do coração.

(John Owen)

Se estamos de joelhos é porque sabemos muito bem que não somos nós que controlamos o mundo.

(J. I. Packer)

Deus preza a santidade na criatura, e a santidade é, em essência, prezar a Deus.

(Jonathan Edwards)

Encha a mente da criança com as Escrituras. Deixe que a Palavra habite nela ricamente. Dê-lhe a Bíblia, a Bíblia inteira, mesmo enquanto ela for muito nova.

(J. C. Ryle)

Embora o cristianismo traga uma coroa no final da carreira, traz também uma cruz para o caminho.

(J. C. Ryle)

O medo surge quando acreditamos que tudo depende de nós.

(Elisabeth Elliot)

As riquezas terrenas estão cheias de pobreza.

(Agostinho)

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Escatologia Estudo bíblico G. H. Lang

O amigo do noivo

“Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que Lhe assiste e O ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está cumprido. É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.29,30).

João tirou essa doce figura das passagens do Antigo Testamento que descrevem Jeová como o marido, e os homens simples, perdoados e santificados como a esposa: “Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra” (Is 54.5). Nesta união tão íntima e santa, Jesus era uma parte. Portanto, a aplicação da figura a Ele significa que João sabia ser Jesus o Jeová do Antigo Testamento. João se regozijara grandemente com a voz do noivo e, neste sentimento, cumpriu a parte do “amigo do Noivo”, isto é, aquele que, segundo o costume oriental, procurava a noiva e a trazia ao noivo.

Assim fez o servo de Abraão, que buscou e encontrou Rebeca; com fidelidade zelosa ele encheu o coração dela de pensamentos sobre Isaque, não pensamentos sobre si mesmo. E, com cuidado vigilante, ele a protegeu na longa jornada, até apresentá-la a Isaque. Este servo não é uma figura do Espírito Santo, mas, antes, de pessoas como João, que sempre direcionam os homens para Jesus, atraindo-lhes as afeições para Ele, de modo que muitos como André, ouvindo João, seguem a Jesus.

Paulo aplica a si mesmo essa figura precisa de um servo de Deus, dizendo: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Ele os havia levado a se apaixonarem por Cristo, e estava “zeloso (deles) com zelo de Deus […] mas”, disse ele, “temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (v. 2).

Satanás deseja ardentemente que nosso coração se volte para qualquer outro objeto que não seja nosso Amado celestial. Não importa quem ou o que seja tal objeto. O amigo do Noivo tem preocupação ainda maior em manter os corações comprometidos com Cristo. Este é nosso bem-aventurado e verdadeiro trabalho: levar os outros a amarem a Cristo e mantê-los satisfeitos com Ele. O meio para isto, Paulo o indica nas palavras: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus” (2Co 4.5).

“Eu sou servo de Abraão” (Gn 24.34).

“É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (133)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Deus sempre revelará Sua vontade a alguém que esteja disposto a cumpri-la.

(Hilys Jasper)

Faça desta regra simples o guia de sua vida: não ter vontades, a não ser a vontade de Deus.

(François Fénelon)

Não existe momento mais perigoso em nossa vida do que aquele que segue uma grande vitória.

(Stephen Olford)

Sejamos tão vigilantes depois da vitória quanto antes da batalha.

(Andrew Bonar)

É melhor crescer em virtudes do que em dons.

(Thomas Watson)

A santidade começa no lar, e a santificação, na pia cheia de louça.

(W. F. Batt)

Um teste severo para a essência da natureza do homem é como ele é visto pelos membros da própria família.

(Maldwyn Edwards)

O lar é um teste importante para o caráter. O que você é em casa será em qualquer outro lugar, quer o demonstre, quer não.

(Thomas Dewitt Talmadge)

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