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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (143)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Se Jesus Cristo não é forte o suficiente para motivá-lo a viver biblicamente, você, absolutamente, não O conhece.

(Paul Washer)

Um cristianismo barato, sem cruz, vai provar ser, no final, um cristianismo inútil, sem coroa.

(J. C. Ryle)

Como redimidos pelo Senhor Jesus Cristo, somos purificados. Como somos purificados, confessamos nossos pecados. E, como confessamos, conquistamos a vitória. Não importa quão profunda seja sua culpa, nem quão freqüentes as suas falhas; venha a Deus em confissão contrita e permita que Ele faça a obra Dele em sua vida.

(John MacArthur Jr.)

Ponha fogo no seu sermão ou ponha seu sermão no fogo.

(John Wesley)

Enquanto os homens não tiverem fé em Cristo, suas melhores obras nada mais são do que gloriosos pecados.

(Thomas Brooks)

Quando pouco se exercita a graça e a corrupção prevalece juntamente com o medo, não tente tirar isto de seu coração de qualquer outra maneira além de reviver o amor a Deus. Assim, o medo será efetivamente expulso, como a escuridão desaparece de um quarto quando os deliciosos raios de sol entram nele.

(Jonathan Edwards)

Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio.

(Agostinho)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de Orvalho (132)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Estou certo de que você entende que não basta estar meramente separado do mundo, pois podemos estar separados e muito orgulhosos disso.

(François Fénelon)

Deus não se torna maior se você O reverencia, mas você se torna maior se O serve.

(Agostinho)

Nunca assuma mais serviço cristão se você não for capaz de dar conta dele mediante a oração da fé.

(Alan Redpath)

Deus não precisa de seus talentos, sabedoria, santidade e força. Pelo contrário, você, em fraqueza, precisa desesperadamente do poder do Espírito Dele em seus trabalhos.

(Walter J. Chantry)

Você nunca experimenta os recursos de Deus enquanto não tenta o impossível.

(F. B. Meyer)

Deus tem uma obra a realizar neste mundo; fugir dessa obra por causa das dificuldades e obstáculos é rejeitar Sua autoridade.

(John Owen)

Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus porque se basearam na presença divina com eles.

(J. Hudson Taylor)

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Citações Fénelon Gotas de orvalho J. C. Ryle Leonard Ravenhill Octavius Winslow Oração Pecado Richard Sibbes Salvação Thomas Brooks

Gotas de orvalho (96)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Como Mediador de Seu povo, Jesus o guarda em perfeita segurança de dia e de noite. Ninguém, ninguém pode arrancar alguém de Seu povo de Suas mãos; Ele se responsabiliza pela completa salvação deles. Morrer pelos pecados deles e ressuscitar por causa de sua justificação, mas não prover-lhes a segurança enquanto jornadeiam num mundo de pecado e tentação – deixá-los por conta própria como presa desprotegida das corrupções do próprio coração, das maquinações de Satanás e do embaraço do poder do mundo – teria sido apenas uma salvação parcial de Seu povo. Sofrendo a oposição de um triplo inimigo – Satanás e o mundo, aliados a seu próprio coração imperfeitamente renovado e santificado, esse inimigo traidor que mora dentro do acampamento, sempre pronto a desencaminhar a alma diante dos inimigos –, como poderia um pobre e fraco filho de Deus resistir e lutar contra essa poderosa falange? Mas Cristo, que foi poderoso para salvar, também é poderoso para guardar. Nele foram feitas provisões para todas as provações, todas as circunstâncias complicadas e perigosas em que o crente possa se encontrar. A graça é suprida para sujeitar toda corrupção inata; uma armadura é providenciada para cada assalto do inimigo; sabedoria, força, consolação, compaixão, bondade: tudo, tudo de que um pobre pecador crente possivelmente possa precisar está ricamente armazenado em Jesus, o Cabeça da aliança de toda a plenitude de Deus para Seu povo.

(Otávio Winslow)

O arrependimento produzido pelo evangelho não é um ligeiro inclinar de cabeça. É uma obra no coração até que o pecado se torne mais odioso do que qualquer punição a ele.

(Richard Sibbes)

Cristo será responsivo a todos aqueles que Lhe foram dados, no último dia, e portanto não precisamos duvidar de que Ele certamente empregará todos os poderes de Sua divindade para assegurar e salvar todos pelos quais for responsável. A responsabilidade e o cuidado de Cristo pelos que Lhe foram dados se estendem até o dia da ressurreição, pois Ele não os perderá, mas reuni-los-á novamente e leva-los-á para a glória a fim de serem uma prova de Sua fidelidade; pois disse: “Nada perderei, mas ressuscitarei novamente no último dia”.

(Thomas Brooks)

Estou convencido de que o primeiro passo para se alcançar um padrão mais elevado de santidade está em reconhecer plenamente a tremenda pecaminosidade do pecado.

(J. C. Ryle)

Nunca pedi coisa alguma em oração sem um dia, afinal, recebê-la de alguma maneira, de alguma forma.

(Charles Muller)

A solução para este mundo tão insaciável por pecado é uma igreja insaciável por oração. Precisamos explorar novamente as “preciosas e mui grandes promessas” de Deus (2Pe 1.4). Naquele grande dia, o fogo do juízo haverá de provar o tipo, e não a quantidade, da obra que fizemos. Aquilo que nasceu em oração passará pela prova.

(Leonard Ravenhill)

Nosso orgulho sente desgosto por nossas falhas, e muitas vezes confundimos esse desgosto com o verdadeiro arrependimento.

(Fénelon)

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Estudo bíblico R. K. Campbell

Satanás e Seus Ardis

Introdução

Não se enganem, Satanás é um ser real. Ele também é um inimigo explícito de Deus, de Seus propósitos, de Suas atividades e de Seu povo. O nome Satanás significa “adversário”, e diabo significa “acusador”. Em Mateus 12:24 ele é chamado de “maioral dos demônios”.

Em Apocalipse 12:9-10 nosso adversário é rotulado de “o grande dragão”, “a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo”. Também é designado ali como “o acusador de nossos irmãos”, incriminando-os diante de Deus dia e noite. O nome “grande dragão” fala de seu poder político como o soberano do mundo e “príncipe da potestade do ar” (Efésios 2:2). “Antiga serpente” fala de sua poder espiritual como o sedutor de todo o mundo e o “deus deste século”, que “cegou o entendimento dos incrédulos” (2 Coríntios 4:4).

Satanás é a mesma antiga serpente que veio ao jardim do Éden e enganou a mulher, levando Eva e Adão à desobediência e conseqüentemente ao pecado contra Deus. Eva teve de dizer mais tarde: “A serpente me enganou” (Gênesis 3:13).

Sua origem e queda

Em Isaías 14:12-15 e Ezequiel 28:12-19 temos um marcante relato do lugar original que Satanás ocupou como “estrela da manhã, filho da alva”. Sua queda desta exaltada posição original — sendo ele talvez o maior ser angelical criado por Deus — é narrada nestas Escrituras.

Orgulho, obstinação, iniqüidade, rebelião e violência são os motivos dados de sua queda.

Sob a figura do “rei de Tiro”, Ezequiel declara que este grande ser criado era “o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura”. Ele permanecia no monte santo de Deus e se cobria de todas as pedras preciosas. Deus o havia colocado ali como o “querubim da guarda ungido”, e andava no meio das pedras afogueadas. Talvez fosse o guardião da santidade de Deus, provavelmente sobre o planeta Terra no seu estado original.

O relato inspirado diz: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti” (Ezequiel 28:12-15).

O profeta Isaías diz no capítulo 14: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!”. O título “estrela da manhã” pode ser traduzido como Lúcifer, e deriva de uma palavra hebraica que significa “brilhante ou aquele que resplandece”. O título “filho da alva” é uma expressão poética para “estrela da manhã”. Lúcifer, a brilhante estrela da manhã, é o primeiro nome dado a este grande ser angelical ao sair das mãos criadoras de Deus. Grande como era, ele não passava de uma criatura de Deus, responsável por obedecer a seu Criador.

Em Isaías 14:13-14 vemos cinco expressões imperativas que caracterizam a expressa rebeldia e obstinação de Satanás: “Subirei”, “exaltarei”, “assentarei”, “subirei” e “serei”. Nesta última ele diz: “serei semelhante ao Altíssimo”. Lúcifer não estava satisfeito com a posição de exaltação que recebera na criação de Deus. Ezequiel diz: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ezequiel 28:17). Ele intentou exaltar a si mesmo e a seu trono e buscou ser semelhante ao próprio Deus. Particularmente, ele talvez invejasse o lugar do Filho de Deus e desejasse ser tão exaltado como Ele. Sua ambição e propósitos eram ser adorado como Deus, e disso ele nunca desistiu. Essas cinco questões imperativas que Satanás proferiu em Isaías 14:13-14, manifestam a pungente essência do pecado: é a vontade da criatura oposta à vontade e determinação do Criador. Foi assim, por causa da obstinação de Lúcifer, que o pecado entrou no universo, antes mesmo da criação do homem.

Ademais, vemos em Ezequiel 28:16-18 que Lúcifer estava envolvido numa multidão de comércio. Ele encheu o céu de violência e pecou. Ali se lê: céu de violência e pecou. A Bíblia diz: “Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários”. Acreditamos que isto indica algum comércio profano de Lúcifer, algum tráfico, pelo qual outras criaturas angelicais foram seduzidas de sua fidelidade ao Criador, dedicando lealdade e devoção a Lúcifer.

Assim Lúcifer instigou violência e rebelião entre as hostes celestes antes da criação do homem, e aqueles que o acompanharam se tornaram seus anjos ou demônios. A sentença divina de expulsão de sua exaltada posição como o “querubim da guarda ungido” foi pronunciada, embora ainda não completamente executada. Isso acontecerá no futuro, segundo Apocalipse 12:7-17. Como deposto de seu lugar celestial no governo de Deus, ele passou a chamar-se Satanás, o adversário, e no Novo Testamento ele é chamado de diabo (Jó 1:6-12; Mateus 4:1-11).

Satanás e Jó

O livro de Jó (1:8-19; 2:1-8) nos dá uma antiga ilustração do ódio e malignidade de Satanás contra o povo de Deus. Deus disse acerca de Jó que ele era Seu servo e não havia ninguém na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal (1:8). Então lemos que Satanás respondeu ao Senhor e insinuou que Jó verdadeiramente não temia a Deus, e caso Ele (Deus) estendesse Sua mão e tocasse em tudo o que possuía, Jó blasfemaria contra Deus. Aqui Satanás revelou seu caráter acusador e maligno.

Quando Deus autoriza Satanás a tocar em tudo o que Jó possuía — menos em sua vida –, Satanás sai da presença de Deus e terríveis coisas começaram a acontecer aos filhos e às posses de Jó.

Foi Satanás quem incitou os sabeus e os caldeus a roubar os animais de carga de Jó e a matar os seus servos. Foi ele quem fez cair fogo do céu e queimar as suas ovelhas e os seus servos, como também levantar um grande vento e derrubar a casa sobre os sete filhos e as três filhas de Jó, matando a todos. Tudo isso deixa claro o grande poder de Satanás e sua terrível hostilidade contra os servos de Deus. Mas também revela que Satanás só pode ir até onde Deus permite.

Jó conservou sua integridade e não amaldiçoou nem acusou a Deus, mas, em vez disso, lançou-se em terra e O adorou após todas estas calamidades. Então Deus novamente aponta Jó a Satanás como aquele que permaneceu inabalável e fiel a Ele.

Satanás respondeu com nova acusação e investida contra Jó, afirmando que, se os ossos e a carne de Jó fossem tocados, ele blasfemaria contra Deus. Deus disse a Satanás que Jó estava em seu poder para fazer o que quisesse, com a restrição de poupar-lhe a vida. Está escrito que Satanás saiu “da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2:7).

O Senhor permitiu que Satanás tentasse severamente e causasse intenso sofrimento e angústia em Jó, e isto, no final das contas, serviu para o seu bem. O patriarca nunca amaldiçoou a Deus, e Satanás foi derrotado. No final Jó teve um maior conhecimento de Deus e de sua própria pecaminosidade, “e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42:10). “Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro.” Também lhe foram dados outros sete filhos e três filhas, e “em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas” (Jó 42:12 e 15).

As Parábolas de Mateus 13

No Novo Testamento temos a atividade de Satanás salientadas em algumas das parábolas que o Senhor dá no tocante ao reino dos céus em Mateus 13.

Na primeira parábola, a do semeador, o Senhor disse que parte das sementes “caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram” (v. 4). Explicando a parábola, o Salvador disse que “a semente é a palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos” (Lucas 8:11-12, também Mateus 13:19).

Vemos aqui a atividade de Satanás impedindo a Palavra de Deus de ser semeada no terreno apropriado, no coração dos homens, evitando que eles creiam no evangelho e sejam salvos. É fácil entender que a beira do caminho é um solo endurecido pelo tráfego do mundo, e que ali a semente da Palavra de Deus só fica na superfície. O diabo então pode facilmente arrebatar a semente ao ocupar-nos com outras coisas, fazendo com que a Palavra de Deus seja esquecida.

Na segunda parábola, a boa semente é lançada no campo e, “enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se” (v. 25). O joio é uma nociva erva daninha que parece com o trigo. Na explicação desta parábola, o Senhor disse: “O que semeia a boa semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que semeou é o diabo” (vv. 37-39). O Senhor apresenta nesta parábola a atividade de Satanás como um inimigo em malévola oposição à semeadura da boa semente da pura Palavra de Deus.

Satanás tem estado ocupado na semeadura de seus falsos e enganosos ensinos, que são representados pelo joio. A figura do joio está para a imitação, o engano e a corrupção. O diabo lança sementes de engano e imitação que envenenam e corrompem a mente e o coração da humanidade. Ele tem um evangelho imitado, moderno; um Cristo imitado, falso; uma igreja imitada, falsa. Dessa forma busca destruir o verdadeiro cristianismo, que é uma obra de Deus, introduzindo no lugar uma brilhante imitação da coisa real. Aqueles que aceitam os malignos ensinamentos de Satanás tornam-se espiritualmente ligados a ele, vindo a ser “filhos do maligno”, como disse o Senhor. O caráter destes é moldado segundo suas inspirações e influenciado segundo os sutis ensinamentos dele.

Um anjo de luz

Nos dias do apóstolo Paulo, ele encontrou aqueles que praticavam as obras de engano de Satanás. Eles semearam seu venenoso joio e demonstraram que eram filhos do maligno. Observem como Paulo os descreve aos coríntios: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11:13-15).

Quando condiz com seus propósitos, ele vem como anjo de luz e ministro de justiça. Ele tem ministros que citam as Escrituras como ele próprio fez quando tentou ao Senhor Jesus no deserto. Só que eles torcem e distorcem as Escrituras, como afirmou o apóstolo Pedro em sua segunda epístola (2 Pedro 3:17). O apóstolo Paulo também escreveu aos crentes da Galácia acerca daqueles que perturbaram e perverteram (distorceram) o evangelho de Cristo (Gálatas 1:7). O diabo é o grande enganador que age por intermédio de seus servos, os quais têm sido enganados por ele e buscam enganar e seduzir outros.

Paulo escreveu a Timóteo que “nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1 Timóteo 4:1-2).

Mediante espíritos de engano e mentira há ensinos demoníacos sendo atrevidamente proclamados em muitos lugares na atualidade sob a bandeira do cristianismo. O apóstolo João nos exorta a provar “os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4:1). Temos de provar tudo à luz da íntegra da Palavra de Deus e não apenas tomar textos isolados e dar a eles a nossa própria interpretação. O profeta Isaías há muito declarou: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20).

Um leão que ruge

Satanás é também mencionado na Bíblia num caráter completamente diferente. O apóstolo Pedro escreveu aos cristãos de seus dias que eles deveriam ser “sóbrios e vigilantes”. Porque o “diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1 Pedro 5:8-9).

A figura de um leão que ruge apresenta Satanás como o perseguidor do povo de Deus. Os cristãos primitivos sofreram muito com o ódio e os intentos de Satanás de pôr fim ao testemunho cristão mediante tratamentos desumanos e morte. A palavra à assembléia em Esmirna foi: “Não temas as cousas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova… Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10).

O nosso grande adversário continuou a sua implacável oposição à igreja de Deus através dos séculos até os dias atuais. Os homens cruéis que infligem perseguição e sofrimento aos servos de Deus nada mais são que ferramentas nas mãos do diabo.

Um inimigo derrotado

Para o cristão, Satanás é um inimigo derrotado! Jesus Cristo tomou parte na carne e no sangue “para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14-15).

Como Senhor ressuscitado, Jesus declarou: “Não temas; eu sou… aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:17-18). Como Aquele que conquistou a vitória sobre Satanás, a morte e a sepultura, irá um dia prender e selar o diabo no abismo, onde ele ficará até se completarem mil anos.

Finalmente, o Senhor lançará Satanás para dentro do lago de fogo e enxofre, onde este será atormentado pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20:1-3, 10). Por isso o apóstolo Tiago nos diz: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).

O pai da mentira

Embora Satanás tenha sido derrotado por Jesus Cristo, ele continua um inimigo implacável em sua guerra contra Deus e Seu povo. Assim, é importante que tomemos ciência das táticas e caminhos de nosso grande adversário. O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2 Coríntios 2:11).

Ele também exorta os crentes de Éfeso a não ser “mais… agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Efésios 4:14). Tais coisas, sem dúvida alguma, são inspiradas por Satanás, o pai da mentira.

O Senhor Jesus disse aos fariseus que O odiavam: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes” (João 8:44-45).

A peneira de Satanás

Um exemplo da obra de Satanás contra os crentes em Jesus é dado pelo próprio Senhor em Suas palavras a Pedro em Lucas 22:31-32: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos”.

Satanás requereu a pessoa de Pedro, o líder dentre os apóstolos, para peneirá-la como trigo. Talvez ele tenha observado alguma autoconfiança em Pedro e então o pleiteou para testá-lo e sacudi-lo fortemente em seu peneirar, da mesma forma que fez com Jó séculos antes. É provável que ele tenha pensado poder levar Pedro à desgraça e ruína como apóstolo e testemunha de Cristo. Mas, de qualquer modo, essa reivindicação que Satanás faz no tocante a Pedro manifesta sua inimizade e propósitos de fazer o mal ao seguidor de Cristo.

Contudo, é muito bom observar que o Senhor, a quem Pedro amava e seguia, conhecia todos os intentos de Satanás e permitiu que Pedro caísse na peneira do inimigo. Mas primeiro Ele avisou a Pedro acerca disso e assegurou que já havia orado por ele, a fim de que a sua fé não desfalecesse.

O Senhor em Seu amor viu que era necessário Pedro ser peneirado a fim de trazer à luz todo o joio da autoconfiança que havia nele, pois o que fica na peneira é somente o joio imprestável. O verdadeiro trigo passa pela peneira, e Satanás somente fica com o joio.

Tanto Pedro como o Senhor Jesus ganharam através da experiência que o diabo infligiu. Pedro falhou terrivelmente ao negar o Senhor três vezes, mas chorou amargamente de arrependimento depois de o galo cantar e o Senhor fixar os olhos nele. Ele foi levado a perceber o quanto ele mesmo era fraco.

A oração do Senhor por ele sustentou a sua fé. Por meio dela ele foi restabelecido e restaurado para o Senhor. Agora ele estava mais capacitado para uma tarefa que viria depois: confirmar e fortalecer seus irmãos — o que ele fez na força do Senhor. Satanás só pode tocar num filho de Deus se o Senhor lhe permitir, e nunca sem a intercessão do Senhor por nós.

Judas e Satanás

Uma ilustração bem diferente de como Satanás logra vitória em sua obra como adversário de Cristo é visto em Judas Iscariotes. Ele foi escolhido como um dos doze apóstolos por Cristo, que conhecia tudo acerca de seu verdadeiro caráter. Certa vez o Senhor disse aos doze: “Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo. Referia-se ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-lo, sendo um dos doze” (João 6:70-71).

Veremos mais tarde que Satanás entra em Judas e o usa como instrumento seu na ocasião em que Cristo foi traído para a multidão que O prendeu e O conduziu ao sumo sacerdote e aos anciãos. Mas antes que isso acontecesse, Judas era um ladrão e roubava da bolsa de dinheiro do grupo apostólico, como João 12:6 nos diz. Ele era avarento e amava o dinheiro. É por isso que o vemos indo ter com os principais sacerdotes e dizendo a eles: “Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar” (Mateus 26:14-16).

A próxima coisa que lemos acerca de Judas é logo após o final da ceia da páscoa, que diz: “tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus” (João 13:2). Embora Judas tenha acompanhado o Senhor em Seu tremendo ministério de três anos e meio, ouvido todas as Suas maravilhosas palavras e testemunhado Seus graciosos atos de misericórdia e milagres, seu coração permaneceu endurecido diante de tudo isso. Ele continuou com sua gatunagem e avareza, que abriram seu coração para levar a cabo os malignos desígnios de Satanás.

Na última ceia, o Senhor molhou um pedaço de pão e o deu a Judas. Era costume do anfitrião honrar um convidado, e isto indicava uma manifestação de amor. Lemos que “após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás… Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite” (João 13:15-30). Judas deu as costas a este último apelo de amor do Senhor, e então Satanás o possuiu para fazer sua obra de traição, entregando Jesus a Seus inimigos com um beijo de falsidade.

Quando Judas viu que Jesus fora condenado, “tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27:3-5).

Esse foi o trágico fim de alguém que estava tão próximo do Salvador, sem, contudo, jamais entregar seu coração e alma a Cristo. Em vez disso, ele deu ouvidos a Satanás e foi possuído por ele para trair e entregar o amado Mestre aos que eram servos do diabo e queriam a morte de Jesus.

Embora Judas tivesse sentido remorso pelo que fez – um profundo e torturante senso de culpa –, ele não se arrependeu verdadeiramente ou mesmo se voltou ao Senhor contra quem ele tinha pecado. Em vez de se arrepender diante de Deus, ele saiu e cometeu suicídio. Pedro mais tarde disse: “Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar” (Atos 1:25). Ele não foi para o paraíso como aconteceu ao arrependido e moribundo ladrão na cruz. Quão triste é a história de Judas, que vendeu sua alma a Satanás por dinheiro. Verdadeiramente “melhor lhe fora não haver nascido!” (Mateus 26:24), como disse o Senhor Jesus.

Que lição admoestadora é Judas para qualquer pessoa religiosa! Ele recebeu o grande privilégio de ter convivido tão proximamente ao Senhor, mas nunca teve uma relação vital de fé em Cristo, o seu coração nunca se rendeu a Ele. Que contraste entre Judas e o apóstolo Pedro, que falhou mas amava o Senhor, e arrependido de fato foi restaurado e grandemente usado em Seu serviço.

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Charles Spurgeon Citações Disciplina Gotas de orvalho John Bunyan Octavius Winslow Oração Richard Sibbes Thomas Brooks

Gotas de orvalho (89)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

É extremamente importante a maneira que uma pessoa se porta em casa. Não se deve ser um santo lá fora e um demônio em casa! Existem alguns desse tipo. Eles são extremamente meigos na reunião de oração, mas são terrivelmente amargos com a esposa e com os filhos. Isso não pode ser assim! Todo crente genuíno deveria dizer de coração: “Eu vou andar em minha casa com um coração perfeito”. É em casa que encontramos as mais verdadeiras provas de santidade. Alguém perguntou a George Whitefield: “Que espécie de homem é ele?” E Whitefield respondeu: “Não sei dizer, pois nunca morei com ele”. Esta é a maneira de testar uma pessoa: conviver com ela.

(C. H. Spurgeon)

O orgulho é a roupagem que a alma veste primeiro, e da qual se despe por último.

(George Swinnock)

Se Deus colocou nossos pecados sobre o Filho de Seu amor, você pode descansar seguro de que Ele jamais os colocará novamente sobre você; pois, se Cristo os suportou e fez expiação por eles pela justiça divina, eles não poderão mais ser encontrados.

(Otávio Winslow)

Toda a vida do cristão deve ser nada mais além de louvores e ações de graças a Deus. Não devemos simplesmente comer e beber, mas comer para Deus, e dormir para Deus, e trabalhar para Deus e falar para Deus – fazer tudo para Sua glória e Seu louvor.

(Richard Sibbes)

Aqueles anos, meses, dias e horas que não são preenchidos com Deus, com Cristo, com graça e com obediência, certamente serão preenchidos com vaidade e tolice. A negligência de um dia, de uma sujeição, de uma hora, nos destruiria, se não tivéssemos um Advogado junto ao Pai.

(Thomas Brooks)

Eu posso fazer mais que orar depois de ter orado, mas não posso fazer mais que orar até que tenha orado!

(John Bunyan)

Dos tempos bíblicos até hoje, pessoas piedosas sempre foram pessoas espiritualmente disciplinadas.

(Donald Whitney)

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Amor a Deus Citações Evangelho Gotas de orvalho John MacArthur Octavius Winslow Oração Pecado R. C. Sproul Richard Sibbes Serviço cristão Thomas Brooks William Law

Gotas de orvalho (84)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O que é o evangelho em si mesmo além de uma temperança misericordiosa, na qual a obediência de Cristo é estimada como nossa, e nossos pecados são lançados sobre Ele, em que Deus, sendo juiz, se torna nosso Pai, perdoando nossos pecados e aceitando nossa obediência, ainda que fraca e defeituosa? Somos agora trazidos ao céu sob a aliança da graça por um caminho de amor e misericórdia.

(Richard Sibbes)

Contemple pela fé o Cordeiro de Deus, sem pecado e sem mancha, como tendo suportado o peso, sofrido pelos pecados, morrido pelas transgressões, e aceite a verdade preciosa de que foi o eterno amor de Deus que os colocou todos em Jesus, e que nada lhe foi deixado para fazer além de crer em Jesus, pois Ele salva totalmente todos os que vêm a Deus por Seu intermédio.

(Octavius Winslow)

Não existe maior sinal de um orgulho confirmado do que julgar-nos suficientemente humildes.

(William Law)

Nunca suavize o Evangelho. Se a verdade ofende, então, deixe que ofenda. As pessoas passam sua vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento.

(John MacArthur)

Embora nossos desejos privados sejam sempre tão confusos, nossos pedidos particulares sempre tão imperfeitos e nossos próprios suspiros sempre tão escondidos dos homens, mesmo assim Deus os vê, lembra-se deles e os põe no arquivo do céu, e um dia os coroará com respostas e retornos gloriosos.

(Thomas Brooks)

Quando agimos, colhemos os frutos de nosso trabalho, mas, quando oramos, colhemos os frutos do trabalho de Deus.

(Hans Von Staden)

Quando procuramos colocar a lei de Deus contra Seu amor, mostramo-nos ignorantes sobre ambos.

(R.C. Sproul)

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Gotas de orvalho (77)

Gotas de orvalho que alimentam a fé!

Não há nada mais poderoso que a oração perseverante, como a de Abraão pleiteando por Sodoma; como Jacó lutando no silêncio da noite; como Moisés permanecendo na brecha; como Ana, embriagada de tristeza; como Davi, com o coração quebrantado pelo arrependimento e pela dor; como Jesus suando sangue. Acrescente a essa relação, a partir dos registros da história da Igreja, sua própria observação e experiência pessoal, e sempre haverá o custo da paixão até o sangue. Essa é a oração eficaz que traz o poder, que traz o fogo, que traz a chuva. Ela traz a vida, ela traz a presença de Deus.

(Samuel Chandwick)

Tem cuidado com as más companhias. Evita qualquer familiaridade desnecessária com os pecadores. Ninguém pode apanhar a saúde de outrem, mas pode-se apanhar doenças. E a doença do pecado é altamente transmissível.

(Thomas Watson)

A fé não é uma noção, mas uma fome essencial poderosa, um desejo magnético atrativo de Cristo, que, uma vez que procede de uma semente da natureza divina em nós, atrai-nos para Ele e se une com Ele.

(William Law)

Os feitos mais gloriosos de um homem serão também seus maiores pecados. Basta terem sidos realizados para sua própria glória, e não para a glória de Deus.

(Thomas Brooks)

Não há maior obstáculo ao conhecimento do que o orgulho, e nenhuma condição mais essencial do que a humildade.

(John Stott)

Alguma forma de sofrimento é praticamente indispensável para a santificação.

(John Stott)

Um homem só prega bem um sermão a outros quando ele prega para sua própria alma. Se a Palavra não residir poderosamente em nós, não será poderosamente comunicada por nós.

(John Owen)

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Gotas de orvalho (66)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

O pequeno valor que damos a nossa oração torna-se evidente pelo tempo que dedicamos a ela.

(E. M. Bounds)

Orações frias sempre se congelam antes de alcançar o céu.

(Thomas Brooks)

O segredo de uma vida pura é ter pensamentos puros.

(John Stott)

A pobreza e a aflição roubam o combustível que alimenta o orgulho.

(Richard Sibbes)

As flores são boas, mas as almas famintas preferem pão. Fazer alegorias como Orígenes pode espantar as pessoas, mas seu trabalho é encher-lhes a boca com a verdade, não fazer com que se abram de admiração.

(Charles H. Spurgeon)

Prefiro ser plenamente compreendido por dez a ser admirado por dez mil.

(Jonathan Edwards)

A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição.

(Vance Havner)

Dêem-me cem pregadores que não temam nada a não ser o pecado e não desejem nada a não ser Deus, e eu não darei a mínima atenção ao fato de serem eles ministros ou leigos; sozinhos abalarão as portas do inferno e implantarão o reino dos céus na terra.

(John Wesley)

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Gotas de orvalho (59)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

A oração é um instrumento poderoso, não para fazer com que a vontade do homem seja feita no céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra.

(Robert Law)

A vida do cristão não deve ser nada mais do que uma representação visível de Cristo.

(Thomas Brooks)

Se Satanás ousou utilizar as Escrituras para tentar nosso Senhor, não terá escrúpulos em usá-las para enganar os homens.

(Donald MacLeod)

Oração e vida santa são uma só coisa. Elas agem e reagem mutuamente. Nenhuma delas pode sobreviver sozinha. A ausência de uma implica a ausência da outra.

(E. M. Bounds)

A esperança nunca vai mal quando a fé vai bem.

(John Bunyan)

Quem contemplou de fato a cruz de Cristo não pode jamais falar de casos sem esperança.

(G. Campbell Morgan)

Para escapar ao erro da salvação pelas obras, temos caído no erro oposto da salvação sem obediência.

(A. W. Tozer)

Os auto-suficientes não oram; os auto-satisfeitos não querem orar; os auto-justificados não conseguem orar.

(Leonard Ravenhill)

Um coração orgulhoso e um monte elevado são sempre estéreis.

(William Gurnall)

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Ruth Paxon Serviço cristão Vida cristã

A vida que é Cristo

 

O trecho escolhido começa com eu [subentendido]. Existem dois grandes eus nas Escrituras, os quais são exatamente opostos. Um é o eu daquele querubim: é a primeira vez que a palavra eu foi usada no universo de Deus e foi quando o rebelde a pronunciou. O outro eu é o de nosso Senhor, o qual Ele usou com Seus discípulos, quando disse “Eu em vós”. O que Satanás realmente queria dizer quando usou pela primeira vez a palavra eu foi: “Não mais Deus, mas eu”. Isso fez dele o arqui-traidor. Quando ele continuou dizendo “Eu irei”, isso foi um ato de auto-traição.

Adão e Eva fizeram a mesma escolha que o diabo já tinha feito: o eu em lugar de Deus. O eu se tornou o centro da visão deles, e eles também disseram: “Não mais Deus, mas eu”. Esse eu é também o centro da sua vida e da minha, e quer viver para si mesmo. Para haver uma nova história em nossa vida, deverá haver primeiro uma mudança no nosso relacionamento tanto com o eu quanto com Deus. Nossa vida devem ser reajustadas de tal maneira que, em vez de “Não mais Deus, mas eu”, seja o: “Já não sou eu, mas Cristo” de Gálatas 2.19,20.

Mas o eu nunca sairá do trono por si mesmo. Ele nunca se rebaixará ou se retirará em favor de Cristo. Ele deve ser removido a fim de ser substituído por Cristo como centro de nossa vida. Como se pode fazer isso? Existe somente um lugar onde isso pode ser feito, e esse lugar é a cruz de Cristo. O caminho de Deus é o caminho da cruz, e o caminho da cruz significa morte. Nós não podemos dizer de uma forma real: “Cristo vive em mim” antes de dizermos: “Eu estou crucificado com Cristo”. Essa é a ordem de Deus, e não pode ser mudada. Quando o velho eu se retira por meio da crucificação, a nova vida entra pela ressurreição. Quando o velho eu cai e morre, o novo eu surge e vive.

Por que razão o velho eu é tão abominável e odioso aos olhos de Deus, para que deva tratar tão drasticamente com ele? Eu estou sempre procurando uma visão nova desse versículo. Alguns anos atrás, compreendi esse verso de uma maneira bem definida como um padrão para minha vida diária. Recentemente, li um folheto e recebi uma nova luz nesse versículo, o qual deu lugar a uma nova linha de pensamento com respeito à razão pela qual Deus teve de levar o velho eu à cruz para ser crucificado com Jesus Cristo. Vou pedir a você que abra a Bíblia em Marcos 10.32-45, e leia esse trecho antes de continuar a ler este artigo.

Nessa passagem, o Senhor Jesus falou a Seus discípulos do sofrimento que O esperava; da zombaria, do tormento e dos acoites, que terminariam em morte de crucificação. Alguém poderia pensar que o coração deles tivesse sido comovido enquanto visualizavam a agonia que esperava o Senhor. Mas muito pelo contrário! As palavras do Senhor Jesus pareciam não dizer nada a eles. Por quê? Porque eles estavam preocupados consigo mesmos. Dois deles, Tiago e João, vieram ao Senhor dizendo: “Mestre, queremos que nos conceda o que Te vamos pedir”. Isto é o ego falando: “Que Tu nos concedas!” Não há nenhum desejo de fazer algo para Ele.

O eu sempre espera que alguém o sirva. Ele não vem para servir, mas para ser servido. Sim! O eu quer que todo mundo e todas as coisas o sirvam – pessoas, circunstâncias e, mesmo ocasionalmente, o tempo.

O Senhor Jesus perguntou: “Que quereis que vos faça?” Quanta graça! Que incomparável altruísmo e humildade! Então, os dois disseram: “Permite-nos que na Tua glória nos assentemos um à Tua direita e o outro à Tua esquerda.” “Permiti-nos! Não importa que tipo de lugar os outros dez tenham; qualquer lugar será bom para eles; mas cuida para que nós tenhamos os melhores lugares, por obséquio. Depois que o Senhor nos houver colocado assentados, pode, então, assentar os outros em qualquer lugar.” Lembre-se que estes dois eram ardentes fundamentalistas. Eles acreditavam no céu. Haveria de vir uma Terra Gloriosa, e eles queriam se assegurar de que teriam os melhores lugares ali; eles iriam reservá-los, e queriam obter essa solicitação antes mesmo que os outros tivessem uma chance.

O Senhor fez dessa solicitação uma ocasião para ensinar-lhes mais alguma coisa: “Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que Eu bebo?” “Sim! Vocês estarão Comigo na Terra Gloriosa, mas há alguma coisa antes da Terra Gloriosa. Há o cálice: a cruz! Vocês estão prontos para ir à cruz? Os lugares que vocês terão na glória irão depender de vocês irem àquela cruz Comigo ou não, de vocês beberem aquele cálice Comigo.”

Eles não tinham pensado nisto! Eles pensaram somente nos lugares que iriam ocupar na glória – puro e extremo egoísmo. Mas a cruz vem antes da glória; o cálice precede o lugar, não somente para eles, mas também para você e para mim. Quando os dez ouviram a conversa, ficaram muito aborrecidos pelo fato dos dois terem se antecipado a eles e pedido os melhores lugares. A raiva deles suscitou do Senhor Jesus estas palavras maravilhosas, as quais prefiguram a cruz e colocam-na bem no centro da experiência cristã:

“Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (vv. 43-45).

Não pensariam vocês que a palavra “próprio” os teria atingido até o âmago? O próprio Filho do homem! Ele tinha o direito de vir esperando ser servido, porque era o Filho de Deus. Mas Ele veio também como o Filho do homem, e é assim que Ele próprio se chama aqui. O ego espera obter, Cristo veio para dar. Ele veio não para ser servido, mas para servir, até mesmo para dar a Si próprio à morte na cruz.

Há o cálice: a cruz! Vocês estão prontos para ir à cruz?

O eu sempre espera que alguém o sirva. Ele não vem para servir, mas para ser servido. Sim! O eu quer que todo mundo e todas as coisas o sirvam – pessoas, circunstâncias e, mesmo ocasionalmente, o tempo.

O velho eu tem um grande senso de sua própria importância, e uma presunçosa avaliação das próprias habilidades. Ele fica terrivelmente chateado se sua importância não é reconhecida, se seus dons não são valorizados, se seus direitos não são admitidos ou se não é considerado apropriadamente; tudo porque ele veio para ser servido, e não para servir.

O velho eu sabe muita coisa da Bíblia, mas nada da parte que diz: “Preferindo-vos em honra uns aos outros”, ou de: “Não procurando o que é propriamente seu”, ou de: “Alegrai-vos com os que se alegram”. Sendo assim, isso dá lugar ao ciúme e à inveja, talvez até mesmo à falta de perdão, ressentimento e ódio, tudo porque ele veio para ser servido, não para servir. Ele pode finalmente até fazer uma bondade a alguém, e então quase ter um colapso nervoso porque não foi suficientemente apreciado. Os agradecimentos não foram bastante profusos, porque ele veio para ser servido, não para servir.

Ele se orgulha de seu firme julgamento e sábio conselho e ama ser consultado. Se as pessoas se dão bem sem seu conselho, ou se seu conselho é dado, mas ignorado, então, sua reputação sofre. Ele veio para ser servido. Ele tinha de falar numa reunião e esperava uma grande audiência, mas não havia uma grande audiência; ou talvez a grande audiência estivesse lá, mas simplesmente saiu sem dizer qualquer palavra de como a reunião tinha sido um sucesso ou comentado da mensagem maravilhosa que tinha sido dada. Então, o velho eu foi para casa cabisbaixo e triste, julgando-se falho e sentindo-se extremamente deprimido e aborrecido. Ele não veio para servir, mas para ser servido, e estava desapontado.

Ele queria se entregar ao trabalho cristão, tinha esperado ardentemente por isso, mas pelo quê ele iria ganhar disso e não pelo quê ele representaria ao trabalho. Logo, ele ficou desapontado e cansado, e queria desistir. Por quê? Porque ele não veio para ministrar, mas para ser ministrado; e não recebeu o que esperava.

A Principal Causa do Problema

O problema que você e eu temos em nossa vida e em nosso serviço é devido principalmente ao eu. Naturalmente não pensamos assim! Nós continuamos a fazer exatamente aquilo que começou no Éden: nós tentamos colocar a culpa noutro lugar (cf. Gn 3.12). Mas nenhum de nós pode jamais ser roubado de qualquer paz, alegria, descanso, poder, ou qualquer outra coisa que pertence a nós pelo fato de sermos cristãos, a não ser por causa do velho eu. Ele fica tão inquietado por pequenas coisas. A água é cortada justamente na hora que alguém começa a lavar a louça; a carta não vem no dia exato em que é esperada; ou até mesmo alguém começa a escrever uma carta e acaba a tinta da caneta! Como o velho eu se indigna e se enfurece! Que momentos difíceis! Por quê? Ele está ocupado consigo mesmo, toda a vida gira em torno dele. Ele veio, não para ministrar, mas para ser ministrado. É, então, de estranhar que, para Deus, haja outro lugar para ele a não ser a cruz do Calvário?

Agora voltemos ao nosso verso. “[Eu] estou crucificado com Cristo.” Creio que Paulo estava dando um testemunho pessoal. Ele nos deu a doutrina que está em Romanos 6.6, mas aqui ele dá seu testemunho pessoal de que isso é um fato e de que isso passou a ser sua própria realidade de vida. Paulo está dizendo aqui: “Eu, Paulo, fui crucificado com Cristo, e não é mais o velho homem que é o centro de minha vida; Outro veio para tomar seu lugar. Já não sou eu, mas Cristo!” Podemos dizer o mesmo como uma realidade viva?

Mas quem é Cristo? Qual é Sua vida? Uma vida assim humilde, santa, pura, justa, tal vida de amor: isto é Cristo. Aquele que é tudo isso – este Cristo, não outro – vive em você e em mim. Que espécie de vida Ele vive? Exatamente a mesma espécie de vida que viveu aqui na terra. Não é outra vida. Ele vive exatamente a vida que está vivendo agora à mão direita de Deus. E Cristo vive em mim!

Existem certos princípios que governaram a vida de Cristo quando Ele viveu aqui na terra; princípios bem definidos e afirmados muito claramente na Palavra de Deus, e vou mencionar cinco deles. Eu creio que, se deixar Cristo viver completamente em mim, então, Ele vai viver de acordo com esses mesmos princípios.

  1. Primeiro: Ele vivia puramente para a glória de Deus. Não havia um simples traço de auto-glorificação no Filho do homem. Ele disse em Sua oração sacerdotal: “Eu terminei o trabalho que Tu me deste”. Isso nos ensina que, mesmo antes do desejo de fazer a obra do Pai, o desejo ardente de Seu coração era glorificar Seu Pai. Ele tanto glorificou o Pai que pôde dizer a Felipe, quando este perguntou se poderia ver o Pai: “Aquele que vê a Mim vê o Pai”. Assim, este é o primeiro princípio da vida de nosso Senhor: glorificar a Deus, e não auto-glorificação.
  2. Segundo: Ele viveu para agradar ao Pai. Não houve nenhum agrado próprio em Sua vida. “Eu sempre faço as coisas que Lhe aprazem”; sempre, e não algumas vezes. Este foi um princípio permanente em Sua vida: viver para agradar ao Pai.
  3. Terceiro: Ele viveu em completa obediência a Seu Pai. Não navia nenhum traço de vontade própria Nele. Ele continuamente dizia: “Não seja feita a Minha vontade, mas a Tua”. Em todas as coisas e em todo momento, este também era um princípio permanente na vida do Filho do Homem aqui na terra.
  4. Quarto: Ele vivia em absoluta dependência de Seu Pai. Não havia auto-confiança. Ele disse: “O Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão aquilo que vir o Pai fazer”.
  5. Quinto: Ele viveu somente para Seu Pai. Não havia apenas nenhuma vontade própria, mas também nenhum caminho próprio. Ele disse: “O Pai enviou-Me” e “Eu terminei a obra que o Pai me deu a fazer”.

Ora, o Cristo que vive em você e em mim pretende viver exatamente em acordo com esses cinco princípios, de maneira que em nossa vida haverá glorificação do Senhor Jesus Cristo, e não auto-glorificação: nosso viver será somente para agradá-Lo, e não para agrado próprio, mas uma vontade completamente entregue em submissão ao Senhor Jesus Cristo. Nós seremos realmente Seus escravos. Será uma vida vivida sem auto-confiança, nunca fazendo nada de nós mesmos. Crendo que Ele vive Sua vida em nós, nossa dependência estará totalmente Nele.

Paulo aplicou isso a si mesmo. O mesmo Cristo deve viver a mesma vida em você e em mim. Isso é tão profundo, e assim mesmo tão simples: apenas uma Pessoa divina vivendo Sua vida num ser humano. Não é que Cristo vai viver Sua vida em nós com nossa ajuda. Não é que Ele vai nos ajudar a viver a vida cristã. Não é nenhuma dessas duas coisas. É exatamente o que nosso verso diz: Cristo vivendo plenamente Sua vida em nós. Cremos nisso? É essa a vida que você e eu temos vivido até o dia de hoje? Temos estado conscientes de que há uma Pessoa divina dentro de nós, realmente vivendo Sua vida em nós?

Isso não poderia ser afirmado de maneira mais simples. Ainda temos nossa personalidade humana, mas existe outra Pessoa vivendo, e vivendo em todas as áreas de nossa vida, não em uma pequena parte, mas em toda parte. O velho eu está crucificado e, portanto, deve ser despojado como lemos em Efésios. O novo eu, o qual é Cristo em nós, a vida sobrenatural de uma Pessoa sobrenatural deve ser vivida plenamente em nós. Isso é verdade para você e para mim?

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Gotas de orvalho (58)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

A razão pela qual muitos cristãos não experimentam o poder do Espírito é que lhes falta reverência para com Ele. E falta-lhes reverência porque os olhos deles não foram abertos para o solene fato da presença divina habitando em nós. O fato é incontestável, porém eles ainda não se deram conta disso. Por que alguns filhos de Deus levam uma vida vitoriosa, enquanto outros se encontram em um estado de constante derrota? A diferença não se deve à presença ou à ausência do Espírito (pois Ele habita em todo filho de Deus), mas a isto: alguns sabem que Ele habita em nós, e outros, não; e, conseqüentemente, alguns reconhecem a autoridade de Deus sobre sua vida, enquanto outros continuam sendo seus próprios mestres. Descobrir que seu coração é a habitação de Deus será uma revolução na vida de qualquer cristão.

(Watchman Nee)

Deus é a Água que inventou a sede.

(Janisse Ramos Nunes)

Deus nunca teve o propósito de que Sua Igreja seja um refrigerador para conservar a piedade; senão uma incubadora de novos convertidos.

(E. Lincicome)

Seria mais fácil fazer os dois pólos se encontrarem do que unir o amor a Cristo e o amor ao mundo.

(Thomas Brooks)

Aquele que merece o sorriso do ímpio deve esperar a desaprovação de Deus.

(C. H. Spurgeon)

Procurei a igreja e encontrei-a no mundo; procurei o mundo e encontrei-o na igreja.

(Horatius Bonar)

Deus não manda ninguém embora de mãos vazias, a não ser os que estão cheios de si mesmos.

(D. L. Moody)

Se insistirmos em nossa glória, Deus retirará a Sua.

(J. Blanchard)

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (57)

Cedo de manhã, o orvalho do céu!

Nosso orgulho sente desgosto por nossas falhas, e muitas vezes confundimos esse desgosto com o verdadeiro arrependimento.

(François Fenelon)

O pecado deve ser ocasião para grande tristeza, quando não há tristeza em pecar.

(John Owen)

A fé não elimina as dúvidas. Mas a fé sabe para onde levá-las.

(Elisabeth Elliot)

Será que nos encontramos num padrão tão inferior ao dos cristãos neotestamentários que não possuímos mais a fé dos nossos antepassados (com todas as suas realizações e implicações), mas somente a fé emocional de nossos contemporâneos? A oração é para o crente o que o capital é para um homem de negócios. Não se pode negar que a maior preocupação da igreja hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento. Hoje damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.

(Leonard Ravenhill)

Nada que não seja decorrente do amor pessoal a Cristo e da comunhão com Ele pode ter algum valor. Podemos saber de cor as Escrituras, pregar com eloqüência e fluência consideráveis, com uma fluidez que as pessoas podem facilmente até confundir com poder de Deus. Mas não devemos nos enganar: se nosso coração não beber profundamente da fonte principal, se o que nos incentiva não é o amor de Cristo que brota de uma realidade prática, o resultado de tudo isso será algo fugaz, passageiro!

(C. H. Mackintosh)

Mate o pecado antes que ele o mate.

(Richard Baxter)

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas Nele. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas, mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário a sua felicidade. E, se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em Quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade, nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa – Deus – de maneira pura, legítima e eterna.

(A. W. Tozer)

A vida de Cristo é o modelo a que os cristãos devem se moldar: primeiro sofrer; então, entrar na glória.

(Robert Govett)

 

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