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A cruz e o Deus de esperança (T. Austin-Sparks)

Deus opera por meio da cruz

“Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pelo poder do Espírito Santo” (Rm 15.13)

“O Deus de esperança vos encha […] para que abundeis em esperança!”

Como você sabe, o apóstolo desenvolveu seu caminho até esse ponto ao longo de um argumento longo e detalhado. Ele seguiu o curso completo das coisas desde o primeiro pecado de Adão, traçando todas as suas consequências e seus desdobramentos, ao longo de todas as gerações, até Cristo; então, colocou no fim de tudo isso a cruz do Senhor Jesus. A partir desse ponto, abriu um panorama e um futuro totalmente novos. A cruz é o ponto terminal até o qual todas as coisas conduziram e a partir do qual tudo recebe uma nova ascensão. Seguindo toda essa história, explicação e ensino, o apóstolo chega à plenitude deste título abrangente: o Deus de esperança.

Conforme vemos a grande situação que é apresentada neste livro e no Novo Testamento, encontramo-nos diante de algo estranho, que parece um paradoxo. Trata-se disto: Deus escreveu por todo o curso da história o significado da cruz de tal forma que a única resposta que Ele pode dar ao pecado, ao mal, à desobediência, e a todos seus frutos e consequências, é tribulação, desespero e morte. E mesmo assim, não obstante, Ele é o Deus da Esperança. Ele está dizendo que tribulação, paixão, desespero e morte são o único meio de esperança. Isso está escrito em toda a história dos tratos de Deus com o homem. Desde o pecado de Adão, e da queda da raça (nele), Deus tem tido de trabalhar sobre a base da cruz de Cristo. A cruz está implícita em todos os tratos de Deus com o homem, e não apenas com o homem em geral, mas em particular com Seu próprio povo.

A cruz está implícita em todos os tratos de Deus com o homem.

A cruz significa sofrimento; é o próprio símbolo do sofrimento – nós sabemos disso. A cruz significa tribulação e angústia – nós sabemos disso. A cruz significa desespero. O grande clamor no final daquela provação foi o clamor de desespero: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” E a cruz é morte. Mas, com tudo isso, na intenção e no desejo de Deus, ela é para alegria, para pura gratidão; ela é para esperança, uma nova esperança; ela é para vida – todas as coisas que são exatamente o oposto do que a cruz parece dizer.

Deus é o Deus de esperança, mesmo quando você olha para o Calvário, e para tudo o que está acontecendo naquele lugar, e vê o Eleito ali, e ouve Seu amargo clamor. Se você entende isto, e se você olha para a história – o pecado de Adão, a queda, e tudo aquilo no que a raça foi envolvida a partir de então, toda a tragédia e a angústia e a paixão e o mal das gerações – e vê porque Deus, não apenas permitiu isso, mas teve de estabelecer esse regime, resultando em desespero – a resposta, estranho dizer, é: Ele é o Deus de esperança. Esse é Seu meio de esperança, e Seu único meio de esperança.

A cruz sempre foi o meio de salvação de Deus, a solução de Deus. É uma solução muito drástica, muito terrível, mas é a solução de Deus. E, se for uma solução efetiva, então, ela produz esperança; é algo com esperança – nova esperança – como seu resultado. A cruz não é um símbolo; a cruz não é um objeto. A cruz é um grande poder, um poder perpétuo; um decreto único na história, mas um poder operando por todas as eras – nós dissemos que ele está implícito na velha dispensação e explícito nesta dispensação. Do primeiro ao último pecado, a cruz é um poder operante.

Agora, existe uma coisa contra a qual a cruz se mantém: a saber, um estado que é diferente daquele que Deus planejou. Isso tem, claro, muitos aspectos. Vamos olhar apenas para um ou dois deles. Eles são perfeitamente claros na Bíblia.

A cruz contra um estado alterado

Primeiramente, a cruz se levanta contra a natureza das coisas quando essa natureza se torna diferente. Sempre que a natureza das coisas foi alterada daquilo como Deus fez no início, ou planejou que o fosse, Deus introduziu a cruz de alguma forma; imediatamente Ele apresentou a cruz. A natureza do homem foi alterada no princípio; ele se tornou algo diferente em natureza daquilo que Deus planejou. Todos nós sabemos disso por nossa herança. E imediatamente o Senhor introduziu a cruz na lei da tribulação, da paixão, da adversidade; Ele escreveu imediatamente acima desse estado: Desespero e Morte. A cruz se levantou contra esse estado alterado. A única esperança de recuperar o estado, a condição e a natureza das coisas divinamente planejados repousa na cruz.

A cruz é o grande agente purificador – e purificar significa simplesmente tornar-se livre de mistura. Quando há coisas que não se correspondem ou não se adéquam exatamente, que são de duas naturezas, de duas esferas – dois elementos conflitantes –; quando há impureza, adulteração, a cruz se levanta firmemente contra isso, a fim de purificar. A primeira coisa com respeito a Deus – seja no indivíduo, ou em alguma associação de Seu povo localmente ou na Igreja universal – é a pureza, a incorruptibilidade, a separação de toda iniquidade e de toda mistura. A vida cristã é baseada na cruz, individualmente, localmente e universalmente. A cruz vê a poderosa, terrível e eterna declaração de Deus contra a impureza – a contaminação e corrupção que veio para criar um estado, no homem e no mundo, que Ele nunca planejou.

A única forma de purificação é por tornar perfeitamente claro, em crua realidade, a desesperança, do ponto de vista de Deus, daquilo que não é puro. Quão verdadeiro isto é, de maneira geral, quando olhamos para o mundo: a desesperança de um estado de coisas impuro, maculado e misturado. O Deus de esperança exige, portanto, completa limpeza nessa esfera e a constituição de algo puro, algo limpo, algo não-misturado, imaculado. Se você olhar na Bíblia, com todo seu maravilhoso simbolismo do que é o pensamento de Deus, descobrirá que Seu pensamento é a transparência, a clareza do cristal. O fim da operação de Deus nessa criação, como vemos por fim no livro de Apocalipse, é uma pedra de jaspe – uma coisa pura, clara como cristal. E são a cruz e o sangue do Cordeiro que conduzem a isso.

Se, portanto, o Senhor enxergar algum estado que Ele nunca planejou que fosse, que contradiz Sua mente sobre o assunto, Ele introduzirá a cruz como um poder operante; e, onde aquilo for encontrado, começará a se manifestar uma situação. Nós descobrimos que chegamos a uma paralisação, que Deus não está avançando; estamos estressados; estamos atribulados; estamos angustiados; estamos em desespero; estamos morrendo. A cruz está operando dessa forma a fim de produzir uma situação cheia de esperança, cheia de expectativa. A lei é bastante clara.

A primeira coisa que vemos, então, é que qualquer estado que não esteja de acordo com a intenção de Deus deve ser limpo mediante a aplicação do excelente princípio da cruz. Não há esperança para nada que não seja puro ao olhos de Deus.

A cruz contra a diminuição das coisas divinas

A seguir, suponha que as coisas tenham se tornado menos do que aquilo que Deus planejou que fossem. Deus planejou algo pleno, grande, e as coisas se tornaram menores do que Ele planejou. E a história do cristianismo é a história dessa tendência – é mais do que uma tendência, é um trabalho real – de o homem reduzir Deus e as coisas de Deus a sua própria medida humana, trazer tudo de Deus e a próprio Deus para dentro do compasso do homem; é o homem reduzindo Deus a sua própria medida, tornando Deus menor do que Ele é e as coisas de Deus menores do que realmente são. Nós podemos ver como isso prosseguiu e está em todo o tempo prosseguindo, como uma tendência, como uma orientação, como alguma operação. E nós estamos sempre próximos do risco de as coisas se tornarem menores do que Deus planejou que fossem. Deus planejou algo muito excelente; e aqui há perda, ou o risco da perda, redução; as coisas se tornando menores, perdendo algo.

Sempre que o Senhor vê essa operação, ou esse risco, tornando-se muito real, Ele introduz a cruz, e a tribulação, o estresse e o sofrimento começam; tudo chega a uma esfera de incerteza e fraqueza e questionamento. Uma sensação de fracasso e desespero está desenhada – “Nós não vamos prosseguir, não vamos conseguir passar por isso!”. Deus planejou algo grande, e algo dessa grandeza se perdeu, ou falhou em seguir para essa grandeza; tornou-se algo menor do que Ele planejou. Ele não permitirá isso; Ele reage. E, oh!, que tremendas reações a história nos mostra relacionadas a isso.

Tome apenas o caso ilustrativo de Israel. Embora Israel fosse o povo escolhido, tomado de dentre as nações para Deus, Deus nunca, nunca planejou que Israel se tornasse algo em si mesmo. Ele nunca quis que Israel fosse o princípio e o fim de todo Seu trabalho. Ele planejou que Israel fosse uma “luz para os gentios”; que fosse um testemunho de Deus para todas as nações; que fosse um ministério, um instrumento missionário, para todos os povos, para todas as nações andarem na luz de Israel ou se achegarem à luz de Deus juntamente com os israelitas. Eles foram levantados, não para si mesmos como um fim, mas para o mundo todo, como nação apostólica de Deus, para evangelizar as nações com o conhecimento de Deus.

O que Israel veio a fazer? Desprezar as nações; chamá-las de “cães”, excluí-las e manter-se fechado para elas, em si mesmo, nada tendo a ver com elas; olhar para elas como coisas a serem desprezadas, serem rejeitadas, serem cortadas. “Nós somos o povo; tudo começa e termina conosco!” A nação se tornou algo menor do que Deus planejou que fosse, e não há esperança nessa direção. O fim da história é que Israel, enquanto mantiver essa mente, deve ser deixado de lado, ser quebrado, esmagado, levado ao desespero, à falta de esperança.

Existe uma ampla lição para nós aprendermos e sempre trazer à mente: tudo o que Deus deu para Israel, e tudo que Deus está desejando derramar sobre nós, não é para nós mesmos, não é para terminar em nós mesmos. Nem é para permitir que nos faça algo em nós mesmos, que “Nós somos o povo”. É uma confiança – uma confiança para todos os homens. O apóstolo Paulo reconheceu isso; e que tremenda coisa significou seu reconhecimento em seu próprio caso, quando se pensa nele como um típico israelita. Sua visão e seu ministério abrangeram “todos os homens” – “para que apresentemos todo homem – não todo judeu!, mas –, “todo homem perfeito em Jesus Cristo” (Cl 1.28). Ele é o homem que traz à tona a imensidão das coisas, não é? A imensidão de Cristo, a imensidão da Igreja. Se há alguma coisa sobre a Igreja que é tão evidente no Novo Testamento é sua grandeza. Quão grande é isso! Ela toma seu caráter e suas dimensões do Senhor Jesus. Qualquer um que tenha visto a grandeza de Cristo nunca poderá tolerar uma Igreja “pequena”, uma comunhão “pequena” – uma coisa pequena e exclusiva que é um fim em si mesma. Deve haver uma visão universal e um coração universal. Para alcançar isso, qualquer tendência a se tornar algo menor será encontrada pela cruz e, então, virá a falta de esperança, o desespero, a apreensão, uma sensação de falta de caminho, uma grande dose de sofrimento interior, dificuldade e perplexidade.

A cruz é o meio de salvação. Porém, é um meio doloroso.

A cruz é o meio de salvação: é o meio de salvação de algo ser menor do que Deus planejou. Porém, é um meio doloroso, é o caminho de tribulação. A cruz liberta de toda pequenez. O Senhor Jesus tornou isso claro em Suas próprias palavras: “Vim lançar fogo na terra […] Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo; e como Me angustio até que venha a cumprir-se!” (Lc 12.49,50). “Como Me angustio!” Pelo batismo da cruz, da paixão, sendo cumprido, Ele é liberto de toda a Sua angústia. Isso não é um movimento nacional agora; isso não é limitado à Palestina ou a qualquer outro lugar. Ele é libertado, pela cruz, de toda pequenez do judaísmo, do israelitismo, do palestinianismo! Ele é libertado para o universal. Mas essa libertação é por um meio doloroso; é um quebrantar-se e um rasgar-se. Então, o Senhor sempre nos fará lembrar que Ele reage, e reage muito dolorosamente por nós, se algo que planejou para representar Sua grandeza e Sua plenitude se torna menos do que isso.

A cruz contra a sabedoria humana

Mais uma vez, quando algo se torna governado pela sabedoria humana, pela mente dos homens, quando é trazido para o cativeiro dos “escribas”, o Senhor sempre introduz a cruz contra isso. Você vê isso novamente em Israel. A cruz foi introduzida contra aquela situação em que os escribas e os governantes de Israel deram às coisas divinas sua própria interpretação humana, impondo sobre as coisas de Deus sua própria mente, criando esse grande e intolerável fardo ao qual Cristo se referiu: simplesmente a mente do homem imposta sobre as coisas divinas. E isso sempre significa cativeiro. O Senhor não permitirá isso. E, então, Ele reage novamente, e chega-se a um impasse. E qual é a natureza dessa nova crise? Absoluta desorientação; uma situação em que você não sabe o que fazer, para onde olhar, em que direção se mover, como resolver a situação. É completamente além da sabedoria humana. É um impasse de contradição, confusão e desespero. “O que podemos fazer? O que devemos fazer? Como resolver essa situação?” Você será derrotado a despeito de qualquer esforço que aplique.

O Senhor deve nos resgatar para fora de qualquer exploração meramente humana ou mental das coisas divinas e levar-nos para dentro da esfera da revelação divina. É uma coisa tremenda que Deus deve – essa esfera onde Ele é perfeitamente livre, se Ele quiser, para dar nova luz que pode parecer derrubar todas as nossas interpretações – todo o poder mental dos escribas e dos fariseus – derrubar a coisa toda.

Isso é o que você encontra no Novo Testamento, no livro de Atos. Aqui está Pedro, um representante de Israel; aqui está Paulo, um daqueles intérpretes da lei, que mantiveram todas as coisas dentro dos limites de seus próprios intelectos, e disseram, Nossa palavra é final! Nossa interpretação é a autoridade! Você deve se curvar diante dela! O que o Senhor está fazendo com homens como Pedro e Paulo, e outros neste livro? Ele os está levantando contra situações em que, se Deus não entrar agora com alguma nova luz e alguma nova revelação, eles ficam estagnados. Ele os levou juntamente para além de suas melhores tradições, suas mais fortes convicções, e a suas interpretações enraizadas, e os fez ver que a Bíblia significava mais do que eles, com todo seu aprendizado e conhecimento, perceberam que ela significava.

Sim, Levítico 11 mantém-se verdadeiro acerca de não se comer criaturas imundas e répteis. O Espírito Santo se contradiz quando ordena a Pedro: “Levanta-te, mata e come” (At 10.11-16)? De forma alguma. Levítico 11 tinha um significado que Pedro nunca havia visto. Ele se levanta contra algo que parece contradizer seu conhecimento da Escritura, mas em princípio não contradiz – simplesmente não contradiz. Alguém pode apenas dar um palpite em relação a isso. Nós amarramos a Palavra de Deus, e não deixamos Deus livre para alargar a revelação, para Ele que está querendo dar nova luz. E, se isso é um risco ou se chegamos ao ponto em que nossas interpretações estão amarrando e limitando, Ele introduzirá a cruz e nos levará a um ponto de total confusão, no qual, se Deus não fornecer alguma nova luz, estaremos acabados – nós não possuímos a sabedoria para a situação. O que Ele está fazendo? O Deus de esperança está se livrando de uma situação sem esperança. E é sempre sem esperança quando o homem é a última palavra em alguma coisa!

A cruz contra o legalismo

Por fim, quando as coisas se tornam um sistema legal, levando cativa qualquer coisa de Deus, Ele tem reagido com a cruz, e tem sido uma reação terrível, devastadora. A quebra do legalismo, da servidão à Lei, foi um negócio terrível, e sempre é. O Senhor não tolerará nada como tornar em uma tirania da lei Suas coisas do Espírito. Ele reagirá pela completa liberdade do Espírito em todas as coisas.

Então, nós vemos que a cruz se mantém entre um estado puro, não-adulterado, e uma condição misturada e, portanto, impura. A cruz se mantém entre a plena intenção de Deus e algo menor do que aquilo que Ele planejou. Sim, a cruz exige plenitude, não imperfeição, não algo menor, mesmo em grau. Se a cruz realmente é um poder operante em qualquer lugar, ela não permitirá paralisação. Ela sempre exigirá um prosseguir, e se manter sempre prosseguindo, porque ela abre o caminho para isso.

A cruz se mantém entre um conhecimento ou uma sabedoria sem vida e o conhecimento espiritual que é vida. Adão fez sua escolha, seu apelo pelo conhecimento, e ele o obteve sem vida. A árvore da vida foi guardada – ele teve conhecimento sem vida. Deus não tolera isso. Sabemos como mesmo o conhecimento religioso pode ser sem vida e morto! Isso pode ser verdade em relação a nós, que possuímos um monte conhecimento, mas onde está a vida mensurável? O Senhor é contrário a isso, e Ele diz: “Eu não posso continuar”. Nós temos algum problema em relação a isso; nós devemos ter alguma dor, alguma angústia em relação a isso: todo conhecimento deve possuir uma vida correspondente. O conhecimento deve ser vivo, deve ser associado com a vida. Você pode comer da “árvore do conhecimento” (eu me refiro àquela outra árvore do conhecimento, o conhecimento do Senhor, das coisas celestiais), mas, mesmo assim, você deve comer da “árvore da vida” para manter o equilíbrio. Conhecimento e vida se correspondem, andam juntos. O Senhor é contrário a qualquer estado diferente deste.

A cruz se mantém entre um conhecimento ou uma sabedoria sem vida e o conhecimento espiritual que é vida.

Novamente, formato, formato exato, formato perfeito, no ensino e na prática, sem poder, é algo que Deus não permitirá. Ensino e prática devem ser perfeitamente corretos: sim, mas e quanto ao poder? Israel possuía os oráculos, tinha a Lei, tinha a verdade, mas onde estava o poder espiritual? Não havia nenhum. A cruz agirá para corrigir isso. Não há nada a ser dito contra o procedimento “correto” e a acurada e sã doutrina; eles devem existir. Mas o Senhor garantirá que, ao manter as coisas avançando, em prática, em dores de parto, em dificuldade, toda a questão de poder se tornará bastante real. Temos tanto ensino, mas temos muito pouco poder – isso deve se tornar em angústia, uma verdadeira angústia. Tudo o que temos, e todo o nosso jeito de fazer as coisas que pensamos estar tão certo, de acordo com o Novo Testamento, deve possuir um poder e um impacto correspondentes. E, então, o Senhor não permitirá pausa nisso.

De todas as formas, Ele é o Deus de esperança: pela tribulação há esperança, pelo desespero há esperança. Esse é o Seu caminho, Seu modo de agir. Que Ele nos dê entendimento.

 

(Primeira publicação na revista A Witness and A Testimony, julho-agosto 1959, vol. 37-4)

 


 

(Traduzido por Erik Cabral de The Cross and the God of Hope, de T. Austin-Sparks. Revisado por Francisco Nunes. A maior parte dos textos de Austin-Sparks é transcrição de suas mensagens orais. Os irmãos que as transcrevem não fazem nenhuma edição ou aprimoramento. Por isso, o texto conserva bastante de sua oralidade, o que, em muitas circunstâncias, não permite uma tradução mais apurada. Se houver qualquer sugestão para aprimoramento deste trabalho, por favor, deixe um comentário. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria, tradução e fonte e seja exclusivamente para uso gratuito.)

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Indicações de sexta (11)

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Mensagem que merece ser ouvida

Morte espiritual: a parábola do filho pródigo, por Timothy Keller

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Hino que merece ser ouvido

Nearer, My God, to Thee

Letra de Sarah Flower Adams (22.2.1805 – 14.8.1848), música de Lowell Mason (1856)

Letra original

Nearer, my God, to Thee, nearer to Thee!
E’en though it be a cross that raiseth me,
Still all my song shall be, nearer, my God, to Thee.

Refrain
Nearer, my God, to Thee,
Nearer to Thee!

Though like the wanderer, the sun gone down,
Darkness be over me, my rest a stone.
Yet in my dreams I’d be nearer, my God to Thee.

There let the way appear, steps unto Heav’n;
All that Thou sendest me, in mercy given;
Angels to beckon me nearer, my God, to Thee.

Then, with my waking thoughts bright with Thy praise,
Out of my stony griefs Bethel I’ll raise;
So by my woes to be nearer, my God, to Thee.

Or, if on joyful wing cleaving the sky,
Sun, moon, and stars forgot, upward I’ll fly,
Still all my song shall be, nearer, my God, to Thee.

There in my Father’s home, safe and at rest,
There in my Savior’s love, perfectly blest;
Age after age to be, nearer my God to Thee.

Tradução para o português

Mais perto, meu Deus, de Ti, mais perto de Ti!
E, mesmo que seja uma cruz que me erga,
ainda assim, toda a minha música será: “Mais perto, meu Deus, de Ti.

Refrão
Mais perto, meu Deus, de Ti,
Mais perto de Ti!

Embora eu seja como o andarilho, o sol se pondo,
a escuridão vindo sobre mim, meu descanso, uma pedra,
no entanto, em meus sonhos, eu estaria mais perto, meu Deus, de Ti.

Deixe o caminho aparecer, degraus para o céu;
tudo o que Tu me enviaste, em misericórdia foi dado;
anjos me atraem para mais perto, meu Deus, de Ti.

Então, com meus pensamentos despertos brilhando o louvor a Ti,
de meus pesares pedregosos Betel vou erguer;
então, por meio de meus sofrimentos, estarei mais próximo, meu Deus, de Ti.

Ou, se com alegres asas rasgando os céus,
sol, lua e estrelas esqueci, para o alto voarei,
ainda assim toda a minha música será: “Mais perto, meu Deus, de Ti”.

Ali, na casa de meu Pai, seguro e em descanso;
Ali, no amor de meu Salvador perfeitamente abençoado;
século após século estarei mais perto, meu Deus, de Ti.

Versão em português

Mais perto quero estar

Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!
Inda que seja a dor que me una a Ti.
Sempre hei de suplicar: mais perto quero estar;
mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!

Andando triste aqui, na solidão,
paz e descanso, a mim, Teus braços dão.
Nas trevas vou sonhar: mais perto quero estar;
mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!

Minh’alma cantará a Ti, Senhor!
E, em Betel, alçará padrão de amor.
Eu sempre hei de rogar: mais perto quero estar,
mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!

E quando Cristo, enfim, me vier chamar,
nos céus, com serafins, irei morar.
Então, me alegrarei perto de Ti, meu Rei;
perto de Ti, meu Rei, meu Deus, de Ti!

História

Sarah era uma poeta inglesa. Sua obra mais longa é Vivia Perpetua, A Dramatic Poem (1841), que trata do conflito entre o paganismo e a fé cristã, no qual Vivia Perpétua foi martirizada. Em 1845, publicou The Flock at the Fountain (O rebanho na fonte), um catecismo e hinos para crianças. Membro da congregação do rev. W. J. Fox, em Londres, ela contribuiu com 13 hinos para o hinário Hymns and Anthems, publicado em 1841, para uso nessa capela. “Mais perto quero estar” era um deles.

Desse hino, que é inspirado no sonho que Jacó teve da escada que une a terra ao céu (Gn 12), disse Sarah: “Uma noite, algum tempo depois de estar deitada no escuro, olhos bem abertos, do silêncio na casa a melodia veio até mim e, na manhã seguinte, eu escrevi as notas”.

Muito conhecido no mundo todo, “Mais perto quero estar” tem sido usado em muitos filmes, além de estar ligado a muitas histórias inspiradoras, por ter trazido encorajamento às pessoas. Segundo alguns sobreviventes do Titanic, este era o hino que a orquestra estava tocando enquanto o navio afundava. (Outros sobreviventes negam essa versão.) De acordo com o médico do presidente americano William McKinley, entre suas últimas palavras ele teria dito: “’Mais perto, meu Deus, de Ti, mesmo que seja pela cruz’ tem sido minha oração constante”. No dia 13 de setembro de 1901, após cinco minutos de silêncio em todo o país, bandas na cidade de Nova York tocaram esse hino em homenagem ao presidente falecido.

O fundador da CNN, Ted Turner, no lançamento do canal, em 1980, prometeu: “Nós só sairemos do ar quando o mundo acabar. E nós faremos a cobertura ao vivo. E, quando o fim do mundo vier, nós tocaremos ‘Nearer My God to Thee’ antes de desligar.” Turner mandou fazer um vídeo para esse fim, com a gravação do hino tocado por uma banda marcial militar. O vídeo foi liberado na internet este ano.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (14)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Sem dor, não há vitória. Sem espinhos, não há trono. Sem fel, não há glória. Sem cruz, não há coroa.

(William Penn)

A presença de Deus é suficiente, não só para eliminar toda ansiedade e todo medo, como também para dar consolação e sólida alegria.

(John Owen)

Amar a Deus de todo coração implica amar a Palavra de Deus, Sua causa, Seu povo, Sua cruz e Sua igreja.

(Miguel Núñez)

O vigor de nossa vida espiritual está na exata proporção do lugar que a Bíblia ocupa em nossa vida e em nossos pensamentos.

(George Müller)

Nossa grande honra está precisamente em ser o que Cristo foi e é. Sermos aceitos pelos que O aceitam, rejeitados pelos que O rejeitam, amados pelo que O amam e odiados pelos que O odeiam.

(A. W. Tozer)

Deus quer nos abençoar segundo possamos receber. Porém, às vezes, antes de dar-nos o melhor de Sua graça, é necessário que sejamos afligidos e quebrantados para que conheçamos a agonia da oração. Antes de dar-nos Suas bênçãos, o Senhor quer que conheçamos o valor delas.

(Charles Spurgeon)

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A verdade está neste Livro!

 

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  1. Você está descontente?, de Erik Raymond. O contentamento é uma ordem bíblica. Mas como cumpri-la? E como saber que não a estamos cumprindo?
  2. O problema de Mateus 11.12, de Clóvis Gonçalves. O que este versículo descreve é uma coisa boa ou ruim?
  3. Tudo o que não provém de fé é pecado — sério?, de John Piper. Qual o significado da afirmação de Paulo? Ele estava mesmo se referindo a tudo?
  4. O lado vida da cruz, de Jessie Penn-Lewis. Sem dúvida, a cruz implica morte, mas há também um aspecto de vida nela, e é fundamental que o conheçamos.

Mensagem que merece ser ouvida

Deserto, oração e avivamento, por Wilson Porte

Hino que merece ser ouvido

I have a Friend whose faithful love

Letra de C. A. Tydeman, música de autor anônimo.

I have a Friend whose faithful love

I have a Friend, whose faithful love
Is more than all the world to me:
’Tis higher than the heights above,
And deeper than the soundless sea;
So old, so new,
So strong, so true;
Before the earth received its frame,
He loved me—Blessed be His name!

He held the highest place above,
Adored by all the sons of flame,
Yet such His self-denying love,
He laid aside His crown and came
To seek the lost,
And at the cost
Of heavenly rank and earthly fame
He sought me—Blessed be His name!

It was a lonely path He trod,
From every human soul apart;
Known only to Himself and God
Was all the grief that filled His heart,
Yet from the track
He turned not back,
Till where I lay in want and shame,
He found me—Blessed be His name!

Then dawned at last that day of dread,
When desolate, yet undismayed,
With wearied frame and thorn-crowned head,
He, God-forsaken, man-betrayed,
Was then made sin
On Calvary,
And, dying there in grief and shame,
He saved me—Blessed be His name!

Long as I live my song shall tell
The wonders of His dying love;
And when at last I go to dwell
With Him His sovereign grace to prove,
My joy shall be
His face to see,
And bowing there with loud acclaim
I’ll praise Him—Blessed be His name!

Tradução

Eu tenho um Amigo cujo amor fiel

Eu tenho um Amigo, cujo amor fiel
é mais do que o mundo todo para mim:
é mais elevado do que as mais altas alturas
e mais profundo do que o mar em som.
Tão antigo tão novo,
tão forte, tão verdadeiro.
Antes que a Terra fosse desenhada,
Ele já me amava. Bendito seja Seu nome!

Ele mantinha o lugar mais elevado nos céus,
adorado por todos os filhos de chama;
no entanto, por esse Seu amor abnegado,
Ele pôs de lado Sua coroa e veio
Para buscar os perdidos,
E, ao custo
Do posto celestial e da fama terrena,
Ele me procurou. Bendito seja Seu nome!

Foi um caminho solitário que Ele trilhou,
De cada alma humana em pedaços;
conhecida apenas por Si mesmo e por Deus
era toda a tristeza que Lhe enchia o coração.
No entanto, desde que veio
Ele não voltou atrás;
foi até onde eu estava em falta e vergonha:
Ele me encontrou. Bendito seja Seu nome!

Então, raiou o último dia de temor de,
quando, desolado, no entanto impávido,
com um quadro sobre a cabeça coroada de espinhos,
Ele, esquecido por Deus e traído pelo homem,
foi, então, feito pecado
no Calvário
e lá morreu em tristeza e vergonha.
Ele me salvou! Bendito seja Seu nome!

Enquanto eu viver, minha canção irá falar
das maravilhas de Seu amor que O levou à morte.
E quando, por fim, eu for morar
com Ele, Sua graça soberana provar,
minha alegria será
Seu rosto ver,
E, curvando-me ali, com voz alta clamarei,
vou louvá-Lo: “Bendito seja Seu nome!”

Versão em português

Do meu Senhor, o amor fiel
É mais que o mundo pode dar:
Mais alto que os mais altos céus,
E mais profundo que o mar.
Antigo amor,
Superior,
Pois antes da criação de Deus
Amou-me — glória ao nome Seu!

O alto trono era Seu,
Dos anjos, tinha adoração;
Mas tudo, por amor, deixou,
Descendo aqui em servidão.
Me procurou —
Sacrificou
A alta posição do céu;
Buscou-me — glória ao nome Seu!

Sozinho a senda percorreu,
Sofreu do homem rejeição;
E conhecido só por Deus,
De angústia, encheu Seu coração.
Não hesitou
Nem recuou,
Mas indo aonde estava eu,
Achou-me — glória ao nome Seu!

Rompendo o dia de temor,
Mui só, mas com intrepidez,
Cruéis escárnios suportou;
Deus O abandonou e O fez
Pecado, sim,
Na cruz por mim;
E em vergonha e dor morreu.
Salvou-me — glória ao nome Seu!

Enquanto aqui viver, direi
Das maravilhas desse amor.
Por fim com Ele estarei
Provando a graça superior.
Oh! que prazer
Seu rosto ver!
Prostrado, renderei, fiel,
Louvores — glória ao nome Seu!

História

A única informação que encontramos foi esta: “Afirma-se que esse hino foi escrito por certo C. A. Tydeman, mas, quem ele é, ninguém sabe.”

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (13)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Nenhum homem é maior do que sua vida de oração.

(Leonard Ravenhill)

Quando procuramos honras, desviamo-nos de Jesus.

(Hugo de São Victor)

Alegria santa é o óleo que lubrifica as rodas de nossa obediência.

(Matthew Henry)

Pegue um santo, coloque-o sob quaisquer circunstância, e ele saberá como regozijar-se no Senhor.

(Walter Cradock)

Cada família cristã deveria ser uma pequena igreja consagrada a Cristo, plenamente influenciada e governada por Suas regras.

(Jonathan Edwards)

A oração não é um esforço contínuo para ser ouvido por Deus, mas é o resultado natural da união com o grande Intercessor no trono.

(J. C. Metcalfe)

O único método deliberado de Deus é trabalhar por meio de homens consagrados.

(William Carey)

Aprendemos algo importante quando aprendemos a não lutar contra as circunstâncias que Deus determina para nós.

(H. L. Sydney)

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D. M. Panton Escatologia Horatius Bonar Vários

Vencedores

“Ao que vencer, Eu lhe concederei que se assente Comigo no Meu trono” (Ap 3.21).

Como tudo depende do significado das palavras “Ao que vencer”, pode ajudar os que não têm conhecimento dessa verdade ou até agora duvidaram dela, ouvir alguns estudiosos competentes no assunto dos vencedores1.

David Morrieson Panton

“Assim como a glória eterna de Cristo, a glória que Ele tinha com o Pai antes que o mundo existisse, Ele a herda como o Filho de Deus, Sua glória milenar descansa em Sua perfeita obediência como homem; por isso, nossa glória eterna repousa unicamente em sermos filhos de Deus, enquanto nossa glória milenar só pode ser alcançada por nossa obediência como servos.”

“A vitória de nosso Senhor, sendo perfeita, alcança uma recompensa que é única; ninguém, homem ou anjo, compartilha com Ele do trono de Deus. ‘Ao que vencer, Eu lhe concederei que se assente Comigo no Meu trono; assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono’ (v. 21). Nosso Senhor venceu para ter o reino milenar, Ele não o herdou. Assim, o prêmio do reino milenar também foi um dos incentivos que inspiraram a vitória de nosso Senhor: “Pelo gozo que Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb 12.2). Os laodicenses, os apóstatas, que se despertarem do sono, que deixarem o ouro terrestre pelo celestial, que se erguerem para o santo, feliz e inabalável serviço – até mesmo os laodicenses podem alcançar a incomparável dignidade, a impressionante maravilha da glória vindoura: na verdade, partilhar do trono de Cristo.”

G. H. Lang

“A exortação ao final de todas as sete epístolas [de Apocalipse] para vencer denota a vitória de uma vida de fé inabalável sobre as tentações e provações e sobre todas as coisas adversas em geral.”

Professor Henry Barclay Swete

“O Filho Unigênito confere a Seus irmãos, na medida em que a filiação deles é já confirmada pela vitória, Seu próprio poder sobre as nações.”

Horatius Bonar

“Ele fala aos vencedores. Embora os dons não sejam salários, eles dependem de vencermos uma batalha. Eles são algo além da mera salvação.”

Professor Moses Stuart

“Esta entronização será concedida a todos os que provarem ser vencedores na luta contra o mundo, a carne e o diabo.”

Steir

“Seguramente é para o reino milenar que, em certo sentido, todas essas promessas apontam: que o poder sobre as nações está aqui estendido, como galardão, àqueles que venceram está muito claro.”

“A colheita é composta por aqueles por quem Cristo venceu, as primícias são aqueles em quem e por meio de quem Ele venceu, bem como venceu por eles.”

A. Champion

“O apóstolo Paulo não tinha nenhuma dúvida sobre seu lugar no corpo principal, pois seu testemunho é claro: ‘Eu sei em quem tenho crido e estou certo de que [Ele] é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1.12). Quando, porém, escreveu aos filipenses, disse-lhes que havia uma coisa que ele estava buscando acima de tudo, “o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (3.13), para que ele pudesse, de alguma maneira alcançar a ressurreição extraordinária2 dentre os mortos (v. 11). Ele tinha certeza de ter um lugar na colheita geral, mas não tinha certeza, ainda, de ser uma das primícias como vencedor.”

“Se Pedro, Tiago, João e André precisavam das advertências dadas por nosso Senhor para acautelarem-se, para vigiar e orar (Mc 13.3,5,9,23,33) e para estarem apercebidos (Mt 24.44), é claro que algo mais se requer de nós, além da fé em Cristo para a [eterna] salvação, se quisermos estar maduros o suficiente para as primícias. O ensinamento de que todo aquele que crê está pronto para a vinda do Senhor é um narcótico mortal. Não é de admirar que a Igreja esteja dormindo!”

“Se, por outro lado, vemos que, sendo salvos, há ainda um prêmio a ser ganho pelo qual vale a pena considerar tudo como lixo, então encontramos nele um poderoso estimulante para uma vida santa e vitoriosa em união com nosso Senhor que virá.”

Governantes no milênio, vencedores e tronos

Governantes no milênio

James Black, em suas críticas drásticas à verdade sobre o milênio (Edingburgh Record, jan. de 1925), aponta o dedo – como outros críticos hostis fizeram antes dele – em um ponto fraco do ensino atual sobre o reino de Deus. “Esses mártires (são somente os mártires, lembre-se!)”, diz ele, comentando sobre Apocalipse 20.4, “ressuscitam e juntam-se a Ele [Cristo], reinando com Ele mil anos. As únicas pessoas mencionadas como ‘reinando com Cristo’ são os mártires. Se você interpretar isso literalmente, não há base alguma nessa passagem para toda a elaborada doutrina dos pré-milenaristas, que dizem que eles representam Cristo e todo Seu povo cristão governando este mundo por mil anos.”

Vencedores

É fato que muitos da Igreja sub-apostólica assim entendiam o apóstolo João. Além disso, é verdade que a ênfase extraordinária colocada sobre os mártires deveria ter alertado a Igreja de que a co-realeza com Cristo na era vindoura – distinta do reino eterno após ela – não abrangia, de forma alguma, todos os redimidos como tem sido suposto. Mas também é verdade que esses críticos têm negligenciado a primeira divisão dos tronos quádruplos: (1) vencedores: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles” (Ap 20.4); (2) mártires cristãos; (3) mártires do Antigo Testamento e (4) mártires sob o anticristo. O primeiro grupo, vencedores não necessariamente martirizados, é assim definido por nosso Senhor: “Ao que vencer e guardar até o fim as Minhas obras, Eu lhe darei poder sobre as nações e com vara de ferra as regerá” (2.26,27).

Tronos

“Que objetivo refulgente! ‘E vi tronos.’ Tronos! Não um, mas muitos; não o grande trono branco, erguido em solidão, sem nenhum outro trono perto dele, mas uma grande multidão de tronos, tronos co-iguais. Não um cetro, mas milhões de cetros. Não o exercício independente de autoridade, mas, sim, em dominação associada: há união entre essa confederação de reis celestiais.” (Arthur Augustus Rees).

 

Notas

1 “Nós fazemos bem em lembrar que a consciência do que está em jogo, uma condicional participação no trono, fornece um incentivo de poder extraordinário, enquanto o ensino comum – de que o pior apóstata irá partilhar o trono de Cristo – rouba cada crente deste tremendo impulso.” (D. M. Panton) (N. do E.)

2 No v. 10, Paulo usa a palavra grega anastasis, que significa “ressurreição”, mas no v. 11 a palavra usada é exanastasis, indicando uma ressurreição superior, extraordinária, adicional. (N. do T.)


(Traduzido por Francisco Nunes de “Overcomers”, sem indicação de autor. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Indicações de sexta (9)

Confronte todas as coisas com a verdade da Bíblia

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que merecem ser lidos

  1. Ashley Madison: Infidelidade. O que a revelação de dados de usuários de um sítio de adultério revela sobre todos nós.
  2. A perda da masculinidade nos nossos dias, por Paul Washer. Meninos que querem viver como homens sem serem homens. Homens que querem continuar se comportando como meninos. O que a Bíblia tem a dizer sobre ser homem? E por que isso é tão fundamental para a saúda da família e da igreja?
  3. Como ler a Bíblia experimentalmente. Como ler a Bíblia respeitando-a como a Palavra revelada de Deus?
  4. Ensinando as partes explícitas da Bíblia para as crianças. Algumas passagens da Bíblia causam preocupação aos pais quando elas são apresentadas aos filhosl. Como lidar com isso? Por que não devemos ocultá-las das crianças?

Mensagem que merece ser ouvida

Chorando entre o átrio e o altar, de Leonard Ravenhill

Hino que merece ser ouvido

I Surrender All

Letra de Judson W. Van de Venter (1855-1939), música de Winfield Scott Weeden (1847-1908). Inspirada em Lucas 14.33.

Letra original

All to Jesus I surrender,
All to him I freely give;
I will ever love and trust him,
In his presence daily live.

Refrain
I surrender all,
I surrender all,
All to thee, my blessed Savior,
I surrender all.

All to Jesus I surrender,
Humbly at his feet I bow,
Worldly pleasures all forsaken,
Take me, Jesus, take me now.

All to Jesus I surrender;
Make me, Savior, wholly thine;
Let me feel the Holy Spirit,
Truly know that thou art mine.

All to Jesus I surrender,
Lord, I give myself to thee,
Fill me with thy love and power,
Let thy blessing fall on me.

All to Jesus I surrender;
Now I feel the sacred flame.
Oh, the joy of full salvation!
Glory, glory, to his name!

Tradução

Tudo a Jesus eu rendo,
Tudo a Ele livremente dou.
Eu irei amá-Lo e confiar nele,
Em Sua presença diariamente viver.

Coro
Eu rendo tudo,
Eu rendo tudo,
Tudo a Ti, meu bendito Salvador,
Eu rendo tudo.

Tudo a Jesus eu rendo,
Humildemente, a Teus pés, eu me curvo.
Prazeres mundanos, todos renunciados.
Toma-me, Jesus, toma-me agora.

Tudo a Jesus eu rendo,
Faz-me, Salvador, totalmente Teu.
Deixa-me sentir o Espírito Santo
Realmente saber que Tu és meu.

Tudo a Jesus eu rendo,
Senhor, eu me dou a Ti.
Enche-me com Teu amor e poder,
Deixa Tua bênção vir sobre mim.

Tudo a Jesus eu rendo,
Agora eu sinto a chama sagrada.
Oh, a alegria da plena salvação!
Glória, glória, a Seu nome!

Versão em português

Tudo entregarei

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
tudo, sim, por Ti darei.
Resoluto, mas submisso,
sempre sempre seguirei.

Coro
Tudo entregarei, tudo entregarei;
Sim, por Ti, Jesus bendito, tudo entregarei.

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
corpo e alma eis aqui.
Este mundo mau renego,
ó Jesus, me aceita a mim!

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego,
quero ser somente Teu.
Tão submisso à Tua vontade,
como os anjos lá no céu.

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego.
Oh! Eu sinto Teu amor
transformar a minha vida
e meu coração, Senhor.

Tudo, ó Cristo, a Ti entrego –
oh, que gozo, meu Senhor!
Paz perfeita, paz completa,
glória, glória ao Salvador!

História

Judson W. Van DeVenter foi criado em um lar cristão. Aos 17 anos, creu no Senhor Jesus. Na universidade, graduou-se em arte e trabalhou como professor e administrador de arte do ensino médio. Viajou muito, visitando várias galerias de arte em toda a Europa.

Van DeVenter também estudou e ensinou música. Ele dominava 13 instrumentos diferentes, cantava e compunha. Ele estava muito envolvido no ministério de música da igreja metodista episcopal de que participava. Então, ficou dividido entre a carreira docente bem-sucedida e seu desejo de fazer parte de uma equipe evangelística. Essa luta interior durou quase cinco anos.

Em 1896, Van DeVenter estava conduzindo a música de um evento da igreja. Foi durante essas reuniões que ele finalmente rendeu seus desejos completamente a Deus: ele tomou a decisão de se tornar evangelista de tempo integral. Ele mesmo narra:

A canção foi escrita enquanto eu estava conduzindo uma reunião em East Palestine, Ohio (EUA), na casa de George Sebring (notável evangelista, fundador da Conferência Bíblica Campmeeting Sebring, em Sebring, Ohio, e mais tarde desenvolvedor da cidade de Sebring, Florida). Por algum tempo, eu tinha lutado entre desenvolver meus talentos no campo da arte e ir para o trabalho evangelístico em tempo integral. Por fim, a hora crucial de minha vida veio, e eu entreguei tudo. Um novo dia se iniciou em minha vida. Eu me tornei evangelista e descobri, no fundo de minha alma, um talento até então desconhecido para mim. Deus havia escondido uma canção em meu coração e, tocando um doce acorde, Ele me fez cantar.

Ao se submeter completamente à vontade de seu Senhor, uma canção nasceu em seu coração.

Winfield Scott Weeden publicou vários livros de música religiosa, mas esta canção parece ter sido sua favorita: o título dela está gravado em sua lápide.

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Citações Gotas de orvalho Vários

Gotas de orvalho (12)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

O pecado é uma praga, sim, a pior e mais infecciosa praga no mundo; e, apesar disso, ah! quão poucos existem que tremem diante dela, que mantêm distância dela! “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?” (1Co 5.6). […] O pecado que está no coração de um homem é capaz de infectar um mundo inteiro, pois é sua natureza se espalhar e infectar.

(Thomas Brooks)

Aquele que é espiritual sabe permanecer quieto. Ele consegue ficar diante de Deus em adoração, enquanto Deus torna-lhe conhecida Sua vontade. Ele pode parar e esperar ordens.

(Watchman Nee)

O primeiro fundamento da justiça é, sem dúvida, a adoração a Deus.

(João Calvino)

Se o mundo determinou ser mais mundano, a igreja deve estar determinada a estar mais centrada no evangelho.

(Albert Mohler)

A adoração pública não nos isenta da adoração secreta.

(Matthew Henry)

O homem que tenta diminuir a glória de Deus, recusando-se a adorá-Lo, é como um lunático que deseja apagar o sol, escrevendo a palavra “escuridão” nas paredes de sua cela.

(C. S Lewis)

Nossa mente é constituída de tal forma que não pode, ao mesmo tempo, concentrar-se no Senhor e fixar-se no casaco novo ou no chapéu para o próximo inverno.

(A. W. Pink)

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Consolo Cristo Cruz Horatius Bonar Humildade

O homem com o calcanhar ferido e a coroa de espinhos! (Horatius Bonar)

Somos honrados em seguir o Homem que foi coroado com espinhos

A crucificação de Jesus foi a cena final de toda uma vida de crucificação!

Ele carregava uma cruz desde a hora em que foi colocado na manjedoura. Todos os dias Ele carregou a cruz. Sua vida era apenas uma peregrinação ao Calvário com a cruz sobre os ombros. Todo o Seu curso sobre a terra foi uma jornada de sofrimento. Foi tudo opróbrio e tristeza, de Seu berço até o túmulo. Sua vida foi de aflição; Sua morte foi a suma de Suas muitas dores, a reunião de todas elas, espremendo-se para dentro de Seu cálice de uma vez, até que o vaso rompesse, porque ele não podia suportar mais.

Ao longo da vida Ele foi o “homem de dores”. Ele estava familiarizado, “experimentado nos sofrimentos” (Is 53.3).

Seu calcanhar ferido (cf. Gn 3.15) é apenas outra maneira de expressar Seu caráter como o Sofredor, o Filho do homem crucificado. É o Homem com o calcanhar ferido que ganhou nosso coração!

É a Ele que seguimos, e Seu calcanhar ferido nós o gravaremos em nossa bandeira como nosso emblema mais honroso. Somos seguidores do Homem com as mãos e os pés perfurados, o Homem que é todo coberto com as marcas das bofetadas, do flagelo e das cuspidas, o Homem com a coroa de espinhos!

 


(Traduzido por M. Luca, revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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Indicações de sexta (8)

Confronte todas as coisas com a verdade da Bíblia

 

Toda sexta-feira, uma pequena lista de artigos cuja leitura recomendamos. Além disso, indicaremos também uma mensagem e um hino para serem ouvidos. Nosso desejo é que lhe sejam úteis para aprofundar seu conhecimento do Senhor, para capacitar você a servi-Lo melhor e para despertar em você mais amor por Ele.
É sempre importante relembrar o que dizemos em Sobre este lugar: as indicações a um autor ou a alguma fonte não implica aprovação total ou incondicional de tudo o que é ali ensinado nem indicado em outros links ou em vídeos relacionados, etc; indica, outrossim, que naquele artigo específico há conteúdo bíblico a ser apreciado.

Artigos que merecem ser lidos

  1. Quatro razões para lembrar-se do Criador na juventude, de David Murray.
  2. Será que Deus te traiu? O que pensar de Deus quando estamos passando por sofrimento?
  3. A bênção de catequizar nossos filhos, de Joel Beeke. A importante tarefa dos pais: conduzir os filhos ao conhecimento do Senhor.
  4. O dízimo não é uma invenção da teologia da prosperidade, de Solano Portela. Por causa dos ensinos distorcidos dos pregadores da prosperidade, muitos cristãos têm evitado as práticas bíblicas quanto a ofertas. É preciso corrigir isso.

Mensagem que merece ser ouvida

Argumento moral

Como a existência de certo e errado, bem e mal prova a existência de Deus.

Hino que merece ser ouvido

Great is Thy faithfulness

Letra de Thomas Obediah Chisholm (1866–1960), música de William Marion Runyan (1870–1957). Baseado em Lm 3.22,23.

Letra original

Great is Thy faithfulness, O God my Father;
There is no shadow of turning with Thee,
Thou changest not, Thy compassions they fail not,
As Thou hast been,Thou forever wilt be.

Refrain
Great is Thy faithfulness!
Great is Thy faithfulness!
Morning by morning new mercies I see
All I have needed Thy hand hath provided
Great is Thy faithfulness, Lord unto me!

Summer and winter and springtime and harvest,
Sun, moon, and stars in their courses above;
Join with all nature in manifold witness,
To Thy great faithfulness, mercy, and love.

Refrain

Pardon for sin and a peace that endureth,
Thine own great presence to cheer and to guide;
Strength for today, and bright hope for tomorrow
Blessings all mine, with ten thousand beside.

Refrain

Tradução

Grande é a Tua fidelidade, ó Deus, meu Pai;
Não há sombra de variação em Ti:
Tu não mudas, Tuas compaixões não falham,
Como foste, Tu serás para sempre.

Refrão
Grande é a Tua fidelidade!
Grande é a Tua fidelidade!
Manhã após manhã novas misericórdias eu vejo.
Tudo o que preciso, Tua mão tem provido.
Grande é a Tua fidelidade, Senhor, a mim!

Verão e inverno e primavera e outono,
Sol, lua e estrelas em seu curso pelo céu;
Juntam-se a toda a natureza no testemunho multiforme
De Tua grande fidelidade, misericórdia e amor.

Refrão

Perdão para o pecado e uma paz permanente,
Tua própria grande presença para animar e orientar;
Força para hoje e esperança radiante para amanhã:
Bênçãos que são minhas, com dez mil ao lado.

Refrão

Versão: Tu és fiel

Tu és fiel, Senhor, ó Deus eterno!
Teus filhos sabem que não falharás!
Nunca mudaste, Tu nunca faltaste;
Tal como eras, sim, sempre serás.

Refrão
Tu és fiel, Senhor! Tu és fiel, Senhor!
Dias após dia Tuas bênçãos nos dás.
Tua mercê nos sustenta e nos guarda;
Sim, para sempre, ó Deus, fiel serás.

Nuvens no azul do céu, Sol refulgente,
Montes e vales, campinas em flor,
Tudo criaste na terra e nos ares,
E todos louvam-Te, fiel Senhor.

Refrão

Pleno perdão nos dás, que segurança!
Sempre nos guias na senda do bem;
E no porvir, oh! Que doce esperança!
Tu nos receberás no lar de além.

Refrão

História

Chisholm teve uma vida adulta difícil. De saúde muito frágil, várias vezes ficou acamado, impossibilitado de trabalhar. Ao ser salvo aos 27 anos, encontrou muito conforto nas Escrituras e no fato de que Deus era fiel para ser sua força no tempo de enfermidade e suprir suas necessidades. Lamentações 3.22,23 era uma de suas passagens favoritas: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã. Grande é a Tua fidelidade”.

Quando em viagens missionárias, Thomas escrevia com freqüência a William Runyan, um amigo, músico relativamente desconhecido. Vários poemas foram trocados nessas cartas. Runyan considerou esse poema de Williams tão comovente que decidiu compor uma trilha musical para acompanhá-lo. “Great is Thy Faithfulness” foi publicado em 1923. O hino permaneceu desconhecido por muitos anos, até que foi descoberto por um professor do Moody Bible Institute, que o apreciou muitíssimo e solicitou muitas vezes que fosse cantado nos cultos na capela, de tal modo que se tornou o hino não-oficial da faculdade. O hino se tornou mundialmente conhecido em 1945, quando George Beverly Shea começou a cantá-lo nas cruzadas evangelísticas de Billy Graham.

Thomas Chisholm morreu com 94 anos. Ele escreveu mais de 1.200 poemas e hinos, incluindo “O To Be Like Thee” (Oh! Ser como Tu) e “Living for Jesus” (Vivendo para Jesus).

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Citações Gotas de orvalho

Gotas de orvalho (11)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Tribulações são tesouros, e, se formos sábios, iremos reconhecer nossas aflições entre nossas mais raras jóias.

(Charles Spurgeon)

Há uma doce teologia do coração que só se aprende na escola da renúncia.

(A. W. Tozer)

Aqueles que conhecem o grande e terno coração de Deus certamente serão levados a negar seus próprios amores para participar da expressão do amor Dele.

(Jim Elliot)

De todas as coisas que nos irão surpreender na manhã da ressureição, esta, creio eu, é a que mais causará surpresa: que amamos tão pouco a Cristo durante nossa vida.

(J. C. Ryle)

Satanás moldará suas tentações de acordo com as inclinações e o caráter de cada pessoa. Se são pessoas dotadas e muito capacitadas, serão tentadas à auto-suficiência e à presunção. Se são pessoas temerosas e inseguras, ele as tentará à preocupação e à ansiedade. Aqueles de consciência sensível serão tentados a se preocupar com cada detalhe e cada coisa que fazem, por mais insignificantes que sejam. Se são pessoas flexíveis, serão tentadas à inconstância e a comprometerem-se indevidamente. Se são pessoas orgulhosas, serão tentadas à obstinação e à necedade, etc. Conhecer a nós mesmos pode nos ajudar muito a resistir às tentações do inimigo. Não devemos nos esquecer de que ser tentado não é o mesmo que pecar.

(Thomas Brooks)

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Lar! (Horatius Bonar)

No céu, nosso lar definitivo!

As aflições estão preparando para nós uma entrada amplamente concedida (2Pe 1.11), uma coroa de maior peso, uma veste mais branca, um descanso mais doce, um lar feito duplamente precioso por causa do longo exílio e dos muitos sofrimentos aqui embaixo.

Embora nossa milícia terrena possa ser desesperadora, ela não é para sempre. Não! Ela é breve, muito breve. Seu fim está próximo, muito próximo. E com o fim virão triunfo, honra e cânticos de vitória. Então, também, a paz se seguirá e o retorno do soldado desgastado na guerra para sua morada tranqüila.

Essa é a alegria do santo. Ele combateu o bom combate, ele terminou a carreira, ele guardou a fé. Desde agora, está guardada para ele a coroa da justiça (2Tm 4.7,8). Sua batalha acabou, e, a seguir, para ele há descanso e repouso.

Lar!

Sim, lar! E que lar para nós ao qual voltar e permanecer para sempre! O lar preparado antes da fundação do mundo. O lar de muitas mansões1. O lar mais próximo do trono e do coração de Deus. Um lar cuja paz nunca será quebrada pelo som de guerra ou de tempestade. Um lar cujo brilho jamais será encoberto pela mais remota sombra de uma nuvem.

Quão consolador ao espírito cansado pensar em um lugar de descanso tão perto de Deus, e que lugar de descanso na casa do Pai, onde não mais haverá fome nem sede, onde o sol não nos queima nem qualquer calor, onde o Cordeiro, que está no meio do trono, nos alimenta e nos leva às fontes das águas da vida, e o próprio Deus enxugará todas as lágrimas de nossos olhos (Ap 21.4)!

O tempo está chegando.

Os conflitos estão quase no fim.

Nossas lutas e tristezas estão perto de terminar.

Mais alguns anos, e nós devemos ou ser colocados para descansar tranquilamente ou levados para as nuvens, a encontrar o Senhor em Sua vinda.

Mais algumas mortes, e, então, seremos unidos em fraternidade eterna com todos os membros dispersos da família de Deus.

Mais alguns sóis devem nascer e se pôr, e, então, nós subiremos na força daquele Sol que nunca se põe (v. 23).

 

Os conflitos estão quase no fim. Nossas lutas e tristezas estão perto de terminar.

 

Mais alguns dias devem amanhecer e escurecer, e, a seguir, resplandecerá o dia sem fim.

Mais algumas nuvens devem se reunir sobre nós, e, depois, o mundo será sem sombras para sempre.

Mais alguns breves anos, e vamos entrar pelas portas na cidade, sentar sob a sombra da árvore da vida, alimentando-nos do maná escondido e bebendo do rio puro claro como cristal, que sai da trono de Deus e do Cordeiro (22.1)!

Mais alguns breves anos e veremos Sua face, e Seu nome estará sobre nossa testa!

Por ora, temos apenas o antegozo. O brilho completo está reservado, e sabemos que tudo o que é possível ou concebível do que é bom, justo e abençoado um dia será real e visível.

Depois de todo o mal vem o bem;

do pecado vem santidade;

da escuridão, a luz;

da morte, a vida eterna;

da fraqueza, a força;

do desvanecimento, a floração;

de podridão e ruína, beleza e majestade;

da maldição vem a bênção, o incorruptível,

o imortal, o glorioso, o imaculado!

Nossa porção presente, no entanto, é apenas a promessa, não a herança. A herança está reservada para o aparecimento do Senhor. Aqui vemos, mas através de um vidro escuro. Ainda não se manifestou o que havemos de ser.

Estamos agora somente como peregrinos, vagando na noite solitária, que vêem vagamente sobre o pico da montanha distante o reflexo de um sol que nunca se levanta aqui, mas que nunca se apagará nos “novos céus” a seguir.

E isso é o suficiente. Isso nos conforta e nos anima no caminho escuro e áspero. Não será necessário a seguir, mas é o suficiente agora.

Este deserto existirá até cruzarmos para Canaã. A tenda existirá até que a cidade eterna venha.

A alegria de crer é suficiente, até entrarmos na alegria de ver.

Estamos contentes com o “monte da mirra e o outeiro do incenso”, até que “refresque o dia e fujam as sombras” (Ct 4.6).

Lar!

 

Nota

1 Apesar do entendimento comum de que a expressão “Na casa de Meu Pai há muitas moradas” (Jo 14.2) se refere à Nova Jerusalém, ele não se ajusta à revelação de toda a Bíblia. A palavra traduzida por “mansões” na KJ e, corretamente, por “moradas” na ACF é usada duas vezes no NT, apenas por João. A segunda vez é no v. 23: “Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. (Aqui, a KJ já não usa mansão, mas morada.) O segundo versículo explica o primeiro: as moradas são aqueles que crêem. O Senhor Jesus disse: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também”. Ele não estava indo para o céu a fim de, ali, preparar lugar para os que crêem: Ele foi para o Pai (vv. 12,28), onde Ele já estava (vv. 11,20). Ele foi preparar lugar a fim de que os crêem pudessem estar onde Ele já estava: em Deus. Por causa do pecado, todos os homens ficaram “sem Deus no mundo” (Ef 2.12). “Mas agora em [não apenas por meio de] Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe [de Deus], pelo sangue de Cristo chegastes perto [de Deus]” (v. 13). “No qual [em Cristo] também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (v. 22). O cap. 15 de João enfatiza esta mútua habitação: os que crêem estão em Cristo e Cristo está nos que crêem. E Cristo está em Deus e Deus e Cristo estão naqueles que crêem. O Senhor Jesus, por meio de Sua morte, foi ao Pai, apresentando a Ele Seu sangue, o pagamento pelos pecados daqueles que estavam sem Deus. Então, Ele voltou, por meio do Espírito Santo, no Pentecoste, para unir a Si mesmo – e, por conseguinte, a Deus – os salvos, em quem Ele e o Pai passaram a habitar. Se imaginamos a Nova Jerusalém como uma cidade física, com mansões físicas e com uma rua de ouro física, estamos dizendo que Cristo morreu por uma coisa (por mais bonita que seja) e que essa coisa será Sua noiva (Ap 21.2,3). A Nova Jerusalém é um símbolo do povo redimido de Deus que com Ele habitará pela eternidade, não uma construção física de ouro e pedras preciosas. (N. do R.)


(Traduzido por M. Luca, revisado por Francisco Nunes. Este artigo pode ser distribuído e usado livremente, desde que não haja alteração no texto, sejam mantidas as informações de autoria e de tradução e seja exclusivamente para uso gratuito. Preferencialmente, não o copie em seu sítio ou blog, mas coloque lá um link que aponte para o artigo.)

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