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Gotas de orvalho (77)

Gotas de orvalho que alimentam a fé!

Não há nada mais poderoso que a oração perseverante, como a de Abraão pleiteando por Sodoma; como Jacó lutando no silêncio da noite; como Moisés permanecendo na brecha; como Ana, embriagada de tristeza; como Davi, com o coração quebrantado pelo arrependimento e pela dor; como Jesus suando sangue. Acrescente a essa relação, a partir dos registros da história da Igreja, sua própria observação e experiência pessoal, e sempre haverá o custo da paixão até o sangue. Essa é a oração eficaz que traz o poder, que traz o fogo, que traz a chuva. Ela traz a vida, ela traz a presença de Deus.

(Samuel Chandwick)

Tem cuidado com as más companhias. Evita qualquer familiaridade desnecessária com os pecadores. Ninguém pode apanhar a saúde de outrem, mas pode-se apanhar doenças. E a doença do pecado é altamente transmissível.

(Thomas Watson)

A fé não é uma noção, mas uma fome essencial poderosa, um desejo magnético atrativo de Cristo, que, uma vez que procede de uma semente da natureza divina em nós, atrai-nos para Ele e se une com Ele.

(William Law)

Os feitos mais gloriosos de um homem serão também seus maiores pecados. Basta terem sidos realizados para sua própria glória, e não para a glória de Deus.

(Thomas Brooks)

Não há maior obstáculo ao conhecimento do que o orgulho, e nenhuma condição mais essencial do que a humildade.

(John Stott)

Alguma forma de sofrimento é praticamente indispensável para a santificação.

(John Stott)

Um homem só prega bem um sermão a outros quando ele prega para sua própria alma. Se a Palavra não residir poderosamente em nós, não será poderosamente comunicada por nós.

(John Owen)

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Gotas de orvalho (74)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Aquele que não se prepara para a morte é mais do que um tolo qualquer. É um louco.

(Charlos H. Spurgeon)

Os mandamentos que recebemos de nosso Senhor ou dos apóstolos não podem ser negligenciados nem ignorados por cristãos sérios e comprometidos. Deus nunca ensinou que devíamos ponderar Seus desejos e Seus mandamentos para nós, tomando por base nosso próprio julgamento e, então, decidir o que queremos fazer a respeito deles.

(A. W. Tozer)

Você que se encontra em grande prova e tentação não precisa desejar uma trilha mais fácil, pois pode ser que você, que está de guarda no meio dessa tentação, esteja mais seguro agora do que os que não são ferozmente provados e estão correndo o perigo da preguiça e da indiferença espiritual. As frias montanhas da prova podem ser mais seguras do que as tentadoras planícies do prazer.

(Charles H. Spurgeon)

Cuidado se você tem muito desejo de aprender com homens e não muito desejo de ficar calado diante de Deus. Concentrado apenas em bons livros, você aprende seus ensinos, mas não cria em você o que Deus criou no autor deles. Podemos papagaiar a Glória de Deus, repetindo o que lemos e ouvimos, mas sem autoridade para falar dela.

(Paul Washer)

Invoco a Deus como testemunha, para o dia em que deva comparecer ante nosso Senhor Jesus, que nunca alterei nem sequer uma sílaba da Palavra de Deus contra minha consciência, nem o faria hoje, ainda que me entregassem tudo quanto nesta terra há, seja honra, prazeres ou riquezas.

(William Tyndale)

Um bom cristão bendirá a Deus não apenas no amanhecer, mas também no pôr do sol. Que tenhamos seguramente, na pior circunstância que nos sobrevier, um salmo de gratidão, porque todas as coisas cooperam para o bem. Oh, que sejamos frequentes em bendizer a Deus! Nós daremos graças a Ele que nos trata sempre com favor.

(Thomas Watson)

A aflição nos ensina a conhecermos a nós mesmos. Na prosperidade, somos, na maioria das vezes, estranhos a nós mesmos. Deus nos aflige para que possamos nos conhecer melhor. É em tempo de aflições que vemos aquela corrupção em nosso coração que não acreditaríamos que estava lá. A água parece limpa num copo, mas, ponha-a no fogo, e sua impureza vai fervilhar. Na prosperidade, um homem parece ser humilde e grato, a água parece limpa; mas, ponha esse homem um pouco no fogo da aflição, e suas impurezas começam a fervilhar; muita impaciência e incredulidade começam a aparecer. “Oh”, diz um cristão, “eu nunca pensei que tinha um coração tão mau! Agora eu vejo que tenho! Eu nunca pensei que minhas corrupções fossem tão fortes e minhas virtudes, tão fracas!”

(Thomas Watson)

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Gotas de orvalho (73)

Gotas de orvalho que alimentam a fé!

A civilização moderna é tão complexa que torna a vida de devoção quase impossível. Cansa-nos multiplicando distrações e nos prostra destruindo a nossa soledade, quando, doutro modo, poderíamos beber da Fonte de água vida e renovar as nossas forças antes de sair para enfrentar de novo o mundo. A ciência, que propiciou aos homens certas comodidades materiais, roubou-lhes as almas, cercando-os com um mundo hostil à sua existência.

(A. W. Tozer)

Proximidade de Cristo, intimidade com Ele, assimilação de Seu caráter: esses são os elementos de um ministério de poder.

(Horatius Bonar)

Vamos, portanto, em todas as coisas crer na Palavra de Deus que nos foi entregue pelas Escrituras. Vamos pensar que é o próprio Senhor, que é o próprio Deus vivo e eterno, a falar-nos pelas Escrituras. Vamos para sempre louvar o nome e a bondade Dele, que tem outorgado tão fiel, plena e claramente abrir para nós, miseráveis homens mortais, todos os meios para vivermos bem e santamente.

(Henrique Bullinger)

As aflições, muitas vezes, possuem o notável poder de fazer-nos lembrar de nossos pecados.

(William S. Plummer)

As Escrituras Sagradas, por serem uma regra tanto de nossos deveres para com Deus como de nossas expectativas a respeito Dele, são de muito maior utilidade e benefício para nós do que o dia ou a noite, do que ar que respiramos ou a luz do Sol.

(Matthew Henry)

Creio firmemente que nenhum daqueles autores [da Bíblia] errou em qualquer aspecto quando escreveu.

(Agostinho)

Aprendi a atribuir infalibilidade apenas aos livros chamados canônicos, de forma que creio confiantemente que nenhum de seus autores cometeu erros.

(Martinho Lutero)

A não ser que a Palavra de Deus ilumine o caminho, toda a vida dos homens estará envolta em trevas e nevoeiro, de forma que eles inevitavelmente irão se perder.

(João Calvino)

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Consolo Encorajamento Francisco Nunes Oração Sofrimento

Oração, sofrimento, Palavra e fé (atualizada)


Donizete, um amado irmão, é o marido de Maria de Luca, essa querida irmã que coopera com o Campos de Boaz como editora. Ela é que tem publicado os últimos Gotas de Orvalho. O Doni está há mais de um mês na UTI. Por causa de dores de cabeça, foi fazer uma tomografia, que revelou um tumor no cerebelo. Feita a cirurgia, teve meningite, trombose e outras complicações. Ele está bem, recuperando-se, mas ainda amarrado à cama, pois não deve se mover, com dificuldade para falar, cansado. Depois que tiver alta, terá um longo processo de recuperação pela frente.

Doni e Maria têm um lindo casal de filhos.

A situação não é apenas de expectativa e de sofrimento. Deus tem usado isso para operar algo novo, maravilhoso na família e em todos os que os conhecem (eu me incluo como um especial privilegiado pela amizade desse casal). Recentemente, Maria me enviou um texto pelo WhatsApp que, com a permissão dela, publico aqui.

Sei que o apoio e as orações dos irmãos é que estão nos sustentando. Eu estou aqui, esperando no Senhor. Sei que Ele é poderoso. A mim, cabe apenas me humilhar na presença Dele e clamar por Sua misericórdia e compaixão até que se compadeça de nós.

Eu tive uma conversa com as crianças essa semana. Eu lhes expliquei, usando o salmo 139, que todos os nossos dias foram escritos na presença de Deus. E que, se o Senhor não voltar antes, cada um de nós será chamado a Sua presença quando Ele determinar. E por isso nós poderíamos descansar. Porque o papai só pode morrer se for o momento em que o Senhor chamar. E, mesmo que alguém esteja com plena saúde, se Ele chamar, esse alguém morrerá.

Então, um dia depois, meu filho foi disputar um campeonato com a equipe da escola. Foram bem colocados e ganharam até medalha. No dia seguinte, o pai de um de seus colegas trabalhou o dia todo normalmente. À noite, ao chegar em casa, sentiu-se mal. Teve um ataque fulminante do coração e morreu. Meu filho me disse que se lembrou do que eu havia falado.

Olho para o Doni dormindo no hospital e penso em tantas coisas que o Senhor está me ensinando com tudo isso enquanto ele dorme. Ensinando a meus filhos e a toda nossa família. Vejo o quanto minha fé é vacilante e como gostamos de ter o controle sobre tudo o que nos acontece. Como somos relutantes em nos jogar nos braços do Pai e dizer-Lhe que faça Sua vontade! Como ainda tememos a morte! Como ainda nos falta a coragem e a bravura de irmãos do passado cuja única coisa que temiam era desagradar o Pai! Que o Senhor, em Sua misericórdia, me encontre vigilante.

Eu respondi a ela:

Maria, eu seria muito leviano se tentasse acrescentar qualquer coisa ao que você disse. Mesmo concordar com isso, eu sinto, é, de minha parte, superficial, pois só consigo imaginar o que seja esse tempo.

O pouco que conheço do Senhor me faz saber que Ele é sempre bondoso, mesmo quando nos conduz pelo vale da sombra da morte. Fugimos tanto dela, e ela é tão real, precisa e inevitável. E nossos filhos precisam saber disso, pois, em Adão, somos todos perecíveis.

Muito obrigado por partilhar isso comigo. Sinto-me honrado por vocês e agraciado pelo Senhor em poder ler isso. Se me permite, eu gostaria de publicar um artigo no Campos, pedindo oração dos leitores também e partilhando esse texto. Não o farei sem sua autorização.

Li ontem num livro do Spurgeon: “É bom ficar sabendo que Deus não põe fardos pesados sobre ombros inexperientes. […] Não pense que, à medida que você cresce em graça, a vereda se tornará mais suave sob seus pés e os céus, mais serenos sobre sua cabeça. Ao contrário, reconheça que, conforme Deus lhe dá maior habilidade como soldado, Ele o mandará para empreitadas mais árduas ainda.” Que lhes sirva de consolo saber que Deus capacitou seus ombros para isso.

Saibam que amamos imensamente vocês.

Alguns dias depois, ela também me escreveu o seguinte:

Eu estava terminando de ler um livro do Jerry Bridges quando tudo começou. O nome do livro é Confiando em Deus, mesmo quando a vida nos golpeia, aflige e fere. É um livro doce, resultado do estudo do autor sobre a soberania de Deus enquanto via o câncer consumir a saúde da esposa, até que o Senhor a tomou para Si. Foi uma leitura proveitosa, tanto para mim como para o Doni, que estava na metade do livro e terminou de lê-lo já no hospital, antes da cirurgia.

O autor mostra tantos exemplos bíblicos de pessoas que sofreram dor e perda e, ainda assim, confiaram no Senhor. Dois apóstolos foram presos: Tiago e Pedro. A igreja orou pela libertação dos dois. Pedro foi liberto milagrosamente, enquanto Tiago foi decapitado. O que pensou a esposa de cada um deles?

Tenho aprendido com estes e tantos outros exemplos que “nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória”. Os dias não têm sido fáceis. Um dia recebo uma boa notícia, no outro, uma ruim. Mas tenho comigo que nossa frágil vida está em mãos seguras. Como dizia Spurgeon, “a menos que Deus me chame, eu não posso morrer”. E o contrário é igualmente verdadeiro. Se Ele chamar você, não importa se goza de boa saúde ou tem prosperidade financeira que lhe garanta recursos mil, você irá se encontrar com Ele.

Tenho vivido cada dia. Um de cada vez. Sem querer previsões, sem querer saber o que houve em casos como o dele. Confio apenas que Deus cuida dos Seus um a um. Ele escreve nossa história de maneira única. Embora os testemunhos sirvam sempre para nos dar alento, Hebreus nos alerta que, olhando para aqueles testemunhos, devemos imitar a fé que tiveram – e não os atos de fé.

Conheço irmãos por quem oramos quando não havia mais esperança, e Deus os curou. Outros, igualmente piedosos, foram chamados a Sua presença. Então, aguardo em Deus o desfecho de tudo isso, sabendo que Ele é Deus e só Ele merece toda honra. Se Ele for glorificado com a cura do Doni, amém. Mas, se não, que Ele igualmente seja glorificado.

Eu sou tão fraca e tenho uma fé tão vacilante! Mas tenho pedido a Deus que me fortaleça para que eu possa testemunhar sobre a paz de Jesus aos médicos com quem converso diariamente.

Lembro-me sempre da paz que havia entre os irmãos morávios, a qual levou John Wesley a procurá-los, porque, mesmo em meio à grande tormenta, nem suas crianças temiam a morte. E aquilo o atraiu. Um irmão fez-lhe algumas perguntas que o levaram posteriormente a ter uma experiência real com Jesus, e ele se tornou o maior pregador da Inglaterra.

Que o Senhor continue nos conduzindo, apesar de nossa fraqueza e grande debilidade. Ele é forte, capaz, bom e Todo-poderoso.

Partilho tudo isso com você, prezado leitor do Campos de Boaz, em primeiro lugar para pedir suas orações por todos eles. Como costumo dizer, orações são sempre bem-vindas! Orações pela plena recuperação do Doni, sem nenhuma seqüela, por paciência e confiança para o tempo que ele ainda terá de passar no hospital. Oração pela Maria, para que o Senhor a capacite, dia após dia, a esperar, confiar e ajudar seus filhos a também confiarem e esperarem no Senhor. Pelos filhos, para que, apesar da pouca idade, conheçam o Senhor no meio desse sofrimento.

Partilho também para que sirva de alerta: qualquer um de nós, e qualquer pessoa a quem amamos, a qualquer momento, pode ser chamado à presença do Senhor. Você está preparado? E seus filhos? Já conhecem o Senhor? São ajudados a confiar no Senhor? E seus amigos e parentes, a quem você muito ama, estão prontos para se encontrar com o Criador?

Por fim, divido isso para que lhe sirva de encorajamento. Em toda situação, Deus quer apenas uma coisa: conformar-nos mais e mais à imagem de Seu Filho. Se O buscarmos, se nos submetermos a Sua vontade, por vezes misteriosa e cheia de dor, se exercitarmos nossa confiança e submissão a Ele, Deus obterá em nós o que deseja.

Em Cristo, seu conservo

Francisco Nunes

 

Atualização em 10 de dezembro de 2016

Recebi hoje a seguinte notícia de nossa amada irmã Maria.

Bom dia! Notícias do Doni

É com o coração cheio de gratidão que informo que o Doni já está em casa.

Ainda há um processo de reabilitação em curso. Está reaprendendo a andar e a comer. Creio que em breve estará totalmente recuperado.

Nossa sincera gratidão a você que orou por nós durante todo esse tempo. Foram tempos difíceis e cremos que só suportamos tudo isso por causa das orações que recebemos. Através delas a graça de Deus esteve presente conosco, nos fortalecendo quando nossos joelhos fraquejaram.

Que esta mesma graça seja com você e com toda a sua família!

Ao Senhor rendemos toda glória e todo louvor.

Grande abraço!

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Gotas de orvalho (72)

Gotas de orvalho que alimentam a fé!

Deus prometeu perdão para seu arrependimento, mas não prometeu um amanhã para sua procrastinação.

(Agostinho)

As possibilidades da oração correm paralelas às promessas de Deus.

(John Boys)

Nos dias de prosperidade temos muitos refúgios aos quais recorrer; no dia da adversidade, somente a um.

(Horatius Bonar)

O Senhor não nos leva a águas profundas para nos afogar, mas para nos desenvolver.

(Irv Hedstrom)

Só na fornalha da aflição nós, cristãos, nos livramos das escórias às quais, em nossa insensatez, apegamo-nos tão ardentemente.

(David Kingdon)

Se qualquer coisa for a Palavra de Deus que não seja a Sagrada Escritura, não podemos ter certeza da Palavra de Deus. Se estivermos incertos da Palavra de Deus, o diabo será capaz de fazer para nós uma nova palavra, uma nova fé, uma nova igreja, um novo Deus —, de fato, fazer Deus de si mesmo —, como tem feito até agora. Porque esse é o fundamento do reino do anticristo. Se a Igreja e a fé cristã não contarem com a precisa Palavra de Deus como um alicerce firme, ninguém pode saber se tem fé, se está na Igreja de Cristo ou na sinagoga de Satanás.

(Thomas Cranmer)

O que sei é que algumas pessoas estão sempre estudando o significado do quarto dedo do pé direito de alguma besta da profecia, e nunca usaram os próprios pés para ir e levar homens a Cristo.

(Vance Havner)

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Gotas de orvalho (71)

Orvalho do céu para os que buscam o Senhor!

Somos abençoados quando nossas tribulações curam nosso amor ardente pelas coisas que perecem.

(William S. Plummer)

Os reis da terra estão constantemente inquietando o mundo com suas maquinações ambiciosas. Eles esperam executar seus planos e raramente têm algo maior em mente, exceto a satisfação das próprias paixões. Porém, em tudo o que fazem não passam de servos do grande Rei e Senhor, e cumprem Seus propósitos, como instrumentos que Ele usa para impor a punição prescrita aos que contra Ele transgridem ou para abrir uma porta para espalhar Seu evangelho. Eles tinham uma coisa em mente, Deus tinha outra.

(John Newton)

Confiar não é um estado passivo da mente. Representa um ato vigoroso da alma pelo qual escolhemos nos apropriar das promessas de Deus e a elas nos agarrar, apesar da adversidade que, no momento, parece nos dominar.

(Jerry Bridges)

A graça de Deus pode fazer qualquer coisa sem a pregação dos ministros; mas a pregação dos ministros não pode fazer nada sem a graça de Deus.

(Matthew Henry)

Prego como se Cristo tivesse sido crucificado ontem, ressuscitado dos mortos hoje e estivesse voltando amanhã.

(Martinho Lutero)

Não reconhecemos o quanto estamos apegados às coisas boas desse mundo enquanto elas não nos são tiradas.

(Agostinho)

Muitas vezes aprendemos mais debaixo da vara que nos fere do que debaixo do cajado que nos consola.

(Stephen Charnock)

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A. G. Doughty Amor Amor a Deus Cristo Deus Encorajamento Hinos & Poesia Irmãos Salvação

No passado e nas eras distantes

Senhor, no passado e nas eras distantes,
Muito antes daquilo que o homem pudesse ver,
Palavras de criação foram ditas,
Os céus e a terra começavam,
Tu estavas ali em toda a Tua glória –
Bendito Senhor, pomo-nos de joelhos –
Habitando, então, no amor irrestrito:
Com reverência agora nos rendemos a Ti.

Naquele amor nenhum pensamento pode penetrar;
Nem lábios humanos podem definir
Aqueles relacionamentos eternos,
Tão inescrutáveis, divinos!
Mas, no tempo, Tu irias, na humanidade,
Aqui o nome de Deus declarar,
Em uma maravilhosa, bendita relação
Que Tu poderias com outros compartilhar.

Toda a vontade Dele foi cumprida,
Toda a obra que Ele Te entregou foi feita;
Um em pensamento, plano e propósito:
Ele, o Pai, Tu, o Filho.
E na manhã da ressurreição,
Para Ti mesmo declaraste
Que Teu Pai era o Pai deles,
E de Teu amor eles agora poderiam partilhar.

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Irmãos J. Koechlin Oração Vida cristã

Não há resposta para minha oração?

O que impede suas orações de serem respondidas?

“Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento” (1Co 14.15).

Com freqüência lemos a Palavra de Deus de modo superficial, e isso é para nosso prejuízo, sobretudo quando se trata de ensinos relativos à oração. O desconhecimento das principais passagens apresentadas no Novo Testamento pode acarretar conseqüências nefastas para a vida espiritual conduzindo ao desalento e à incredulidade. Quem de nós não tem experimentado estes sentimentos porque, aparentemente, sua oração não teve resposta? Desânimo, porque, havendo orado com insistência por determinados motivos, ao fim não obtivemos a respostas; incredulidade, porque Deus, o qual fez tantas promessas à oração com fé, parece ter permanecido surdo e sem cumprir Sua Palavra. Deus não é fiel a Suas promessas?

É, portanto, importante examinar com atenção algumas dessas promessas que, mesmo nos parecendo incondicionais, estão sujeitas a condições precisas.

1) “E tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei” (Jo 14.13,14).

A promessa repetida é alternada com uma condição essencial, que às vezes nos escapa. Estamos sempre conscientes de que nossas orações vão mais além de nossas próprias circunstâncias ou daquelas das pessoas pelas quais intercedemos? Elas interessam ao Pai e ao Filho. Deus, que vela pela glória de Cristo, não pode permitir o uso excessivo do nome de Jesus.

Para pedir algo em nome do Senhor devemos estar seguros de que nosso pedido é conforme o desejo Daquele a quem o Pai não pode recusar nada.

“Eu o farei”, afirma, então, o Senhor Jesus. Dito de outro modo, mediante o poder de Seu nome e pelo fato de que goza de um crédito ilimitado diante do Pai, achará resposta: Deus não pode recusar a petição de Seu Filho amado.

Essa consideração nos traz à memória o que o Filho és para o Pai e nos ensina a não usar o nome do Senhor em vão, como se fosse uma fórmula que solucionará tudo.

2) “Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7)

“Se vós estiverdes [ou, permaneceis] em Mim”, disse o Senhor a Seus amados discípulos. Tomando o exemplo do ramo, que deve permanecer na videira para dar fruto (v. 4), Jesus acaba de lhes relembrar o que é a dependência, essa grande virtude cristã. Assim, a oração é justamente a expressão dessa dependência. Alguém experimenta, ao mesmo tempo, a própria debilidade e o poder do Senhor, sua própria ignorância e a sabedoria do Senhor; ele toma o lugar que lhe corresponde e reconhece o lugar do Senhor. O Senhor tem todos os direitos sobre aquele que se inclina de joelhos diante Dele.

A Palavra nos comunica os segredos de Deus

O Mestre acrescenta: “E as Minhas palavras estiverem [ou, permanecerem] em vós”. Essa condição está ligada à primeira. A Palavra nos comunica os segredos de Deus. Ao lê-la, seremos capazes, pelo Espírito, de compreender Seus pensamentos. Então, se permanecermos nela e nos submetermos a ela, não teremos outros desejos além dos dela. “Pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”, disse, então, o Senhor Jesus. Porque o que queremos é o que o mesmo Senhor deseja.

3) “Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai Ele vo-lo conceda” (Jo 15.16).

Aqui, a condição para que a oração seja respondida está ligada à do versículo 7, porque é absolutamente necessário depender do Senhor e conhecer Sua vontade por meio de Sua Palavra para saber como servi-Lo. Para o discípulo escolhido, estabelecido e enviado pelo Senhor, aqui se trata de ir e de dar fruto; por exemplo, o de realizar um serviço útil.

Que empregador envia seu trabalhador sem ter-lhe dado os meios para concluir o trabalho que lhe tenha ordenado? Se precisar de ferramentas ou de dinheiro, o trabalhador pedirá a seu devido tempo, e, tratando-se dos interesses do que o envia, o que pede não lhe poderá ser negado.

O mesmo ocorre, pois, com muito mais razão, no serviço cristão: o Senhor dá o necessário à pessoa que Ele envia. E, se Ele não dá nada, o obreiro do Senhor terá de perguntar-se: “Isso não significa que o que eu quero fazer não é o que me foi ordenado? Pelo contrário, se isso é um fruto que deve ser dado para Ele, um fruto que permanece, como o Senhor haverá de recusar o que Seu servo necessita?”

4) “Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e, qualquer coisa que Lhe pedirmos, Dele a receberemos, porque guardamos os Seus mandamentos e fazemos o que é agradável a Sua vista” (1Jo 3.21,22).

Aqui achamos duas condições que cercam uma promessa. A primeira é um coração que não nos condena. Dito de outro modo: é necessário termos uma boa consciência ao pedir algo a Deus, seja lá o que for. Como aproximar-nos Dele se temos algo condenável em nós? Perceberemos muito bem que a distância moral produzida por uma falta não-confessada nos faz fechar a boca.

Para compreender a segunda condição, guardar os mandamentos de Deus e praticar o que Lhe agrada, vamos usar uma ilustração: uma criança obediente, que agrada aos pais por seu comportamento, obterá deles tudo o que lhes pedir, porque eles têm confiança nela e sabem que fará bom uso daquilo.

Vemos que essas duas condições são complementares, ou melhor, constituem dois aspectos da mesma atitude. A primeira, uma boa consciência, manifesta nossos sentimentos com relação a Deus e nos dá segurança para dirigir-Lhe nossas orações. A segunda expressa os sentimentos de Deus: desde o momento em que colocamos em prática as coisas que Lhe são agradáveis, Ele se agrada também em atender a nossas petições. Tudo o que pedirmos, receberemos Dele. Mas, que bom estado espiritual é necessário de nossa parte!

5) “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. […] Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que Lhe pedirem?” (Mt 7.7-11; ver tb. Lc 11.9-13).

Temos um Deus cheio de bondade, de quem não podemos esperar nada mais que boas coisas. Este Pai nunca dará uma pedra a algum de Seus filhos que Lhe tenha pedido um pão. Contudo, se nos enganamos e Lhe pedimos uma pedra, Ele nos dará uma pedra? Antes, Ele nos dará esse pão que não soubemos pedir. O coração de Deus está aberto para nós, assim como Suas mãos, mas não esperemos Dele alguma coisa que não se relacione com Sua natureza.

Tiago 4.2,3 nos dá dois motivos pelos quais não recebemos nada. O primeiro é simplesmente porque não pedimos. Por isso, o convite do Senhor: “Pedi […] buscai […] batei”.

O segundo é que pedimos mal: coisas más para nós, enquanto nosso Pai quer nos dar boas coisas. Tiago explica: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastar em vossos deleites”. Peçamos a Deus boas coisas para o bem de nossa alma, para o bem-estar espiritual de nossa família e da assembleia. Assim confirmaremos as promessas do Senhor: “Todo aquele que pede, recebe”.

6) “E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21.22).

A condição enunciada aqui é a da fé de que fala também o versículo precedente, a respeito do milagre da figueira. É necessário compreender bem o que é a fé. Alguns a consideram como uma espécie de auto-sugestão, de persuasão interior. Por exemplo: em certos lugares se dirá a um enfermo ou inválido: “Você deve ser curado por meio da oração da fé; se não é curado, é porque não tem fé suficiente”. Desse modo, as pobres pessoas são afundadas no desalento, chamadas a olhar para si mesmas, a analisar sua confiança em Deus para tentar aumentá-la por suas próprias forças, e isso é um absurdo.

Deus não dá jamais Sua glória ao homem. É o que aconteceria se as respostas Dele dependessem somente da intensidade de nossas orações, da quantidade ou das condições em que são feitas (jejuns, correntes ou noites de oração, etc.). Com todas essas coisas, nosso astuto coração prontamente buscaria fazer valer seus direitos e méritos.

Temos um Deus cheio de bondade, de quem não podemos esperar nada mais que boas coisas

Pois bem: a fé não é somente uma certeza e uma convicção; é “a certeza daquilo que se espera, a convicção daquilo que não se vê” (Hb 11.1). A fé não é uma ponte que se apoia no vazio, nem uma âncora sem um lugar a que se apegue. Ela se apoia sobre algo que está fora dela; vem “pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Se não possuo promessas específicas da parte de Deus, não terei a liberdade de dizer a Deus como espero que Ele deva responder-me.

7) “Todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.24,25)

A passagem corresponde ao que a antecede em Mateus, mas Marcos acrescenta outra condição suspensiva: o caso de, tendo algo contra alguém, não o perdoarmos. Observemos, em primeiro lugar, que isto é geral: não importa o quê nem contra quem. Assinalamos que o ressentimento é considerado aqui como humanamente justificado; nós somos a parte prejudicada, pois somos os que devemos perdoar. Com muito mais razão, essa restrição é aplicada a nós quando a falta é de nossa parte.

Antes de escutar-nos, o Senhor nos chama a pôr em ordem nossas relações com o próximo

8) “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).

Ainda que essa resposta do Senhor a um pai angustiado não esteja relacionada à oração, podemos relacionar essa promessa com os versículos mencionados acima (ver ponto 6). Ela nos confirma que podemos esperar grandes coisas de nosso Deus Todo-poderoso e que devemos voltar os olhos em direção a Ele, de onde vem o socorro. Ele pode responder a todas as nossas necessidades; Seu poder é infinito. Um versículo no capítulo seguinte afirma: “Todas as coisas são possíveis para Deus” (10.:27). Nele, vemos a ilimitada perspectiva que se abre à fé. Todo o que Deus pode, pode também a fé Nele.

Mas, entre todas as coisas possíveis para Aquele a quem se chama “o Deus do impossível”, pensaríamos em escolher a que nos parece mais fácil para Deus? Isso não seria fé, e sim falta de fé.

9) “E esta é a confiança que temos Nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizemos” (1Jo 5.14,15).

Essa preciosa passagem nos lembra primeiro em quem temos crido (2Tm 1.12). Nossa fé, como acabamos de ver, se apoia nas promessas. Mas o valor de uma promessa está unida à qualidade daquele que a fez.

Pedro fala de “preciosas e grandíssimas promessas”, porque é um grande Deus quem as fez, e elas têm Cristo como garantia, precioso para o coração de Deus e do crente (2Pd 1.4).

A vontade divina, boa, agradável e perfeita, molda nosso entendimento e nos conduz a fazer petições sábias, de modo que possam ser ouvidas por Deus. Entre o versículo 14 e o 15 é possível que transcorra certo tempo, apropriado para exercermos a paciência da fé. Mas a fé tem o privilégio de considerar a coisa pedida já outorgada. Os verbos estão no presente: desde o momento em que a petição foi apresentada, sabemos que temos o que pedimos.

Nossa fé se apoia nas promessas

10) “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18.19,20).

Eis aqui duas promessas que se unem por meio da palavra “porque”. Bastará mesmo que dois crentes estejam de acordo em pedir qualquer coisa para que seja feita? Não, isdo poderia ser para o prejuízo deles. Essa promessa se une de forma muito entranhável à presença do Senhor prometida aos que se reúnem em Seu nome, isto é, reconhecendo Sua indiscutível autoridade. Isso dá a entender que as petições apresentadas terão Sua aprovação. Se desfrutamos dessa santa presença, como poderíamos formular petições sem reflexão? O nome de Jesus a que se reúnem os Seus é o que nos abre o coração de Deus. Ambos fatos estão sempre juntos.

Tendo considerado essas diversas passagens, talvez digamos com certo desânimo: “Se são tantas as condições a cumprir a fim de sermos favorecido pelo Senhor, não nos restam muitas oportunidades para a oração, estamos longe de conhecer sempre a vontade de Deus, raramente temos uma promessa específica sobre a qual descansar nossa fé, nem estamos comprometidos em um serviço que requeira pedir meios a nosso Pai Celestial. Então, por que somos convidados a orar sem cessar (1Ts 5.17), a orar “em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito (Ef 6.18)?”

Reconhecemos primeiramente que nosso Deus é soberano e que Sua graça jamais se deixará deter por nossa lógica humana. Ainda que Ele nos dê no Novo Testamento algumas normas para que compreendamos os princípios segundo os quais opera, às vezes é de Seu agrado intervir de uma maneira que nos é estranha, respondendo a nossas orações apesar de nossas incapacidades.

De algum modo receberemos uma resposta. Uma passagem posterior prova isso e nos alenta; até mesmo nos exorta a orar quaisquer que sejam as necessidades, os momentos e as condições: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).

Às vezes é de Seu agrado intervir de uma maneira que nos é estranha, respondendo a nossas orações apesar de nossas incapacidades

Por coisa alguma”: é algo geral, sem nenhum tipo de limitação, nem em número nem em forma. Sem condição alguma: nada é demasiado grande nem demasiado pequeno para ser apresentado ao Senhor. Levamos uma carga ou temos preocupações que não podemos solucionar, e não conhecemos o pensamento do Senhor a respeito? Levemos a Ele. Neste caso, compreendemos que não podemos ter a promessa de de que nossa petição sera atendida segundo nosso desejo. Isso abriria a porta para qualquer tipo de oração que careceria de inteligência às quais Deus não poderia satisfazer. Não é dito, portanto, que teremos as coisas que pedimos, já que não sabemos qual é a vontade de Deus a respeito.

Mesmo assim, temos uma resposta para todo motivo, uma promessa de elevado preço: a paz de Deus guardará o coração do crente. É feita uma troca que me favorece: meu fardo para Ele. Sua paz para mim. Ela pode agora encher meu coração, qualquer que seja a forma pela qual Ele tratar o que acabo de depositar sobre Ele.

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Só uma vida, que logo vai passar

Um dia escutei duas linhas, nada mais,
Enquanto viajava ocupado numa vida falaz;
Aquilo, ao coração, trouxe certeza presente,
E nunca mais sairia do pensar de minha mente:
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Uma vida só, isto mesmo, apenas só uma.
Cujas horas, fugazes, são como a bruma;
Então estarei com o Senhor no dia previsto,
Ali, em pé, diante do Tribunal de Cristo.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida, ecoa uma voz no pensamento,
Rogando: “Escolha o melhor a cada momento”;
Insistindo que eu deixe minhas metas egoístas,
E me apegue a Deus, em meus atos e m’ia vista.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida de anos breves na balança,
Cada um com fardos, temores e esperanças;
Todos com vasos que preciso encher,
Com o que é de Cristo ou com o meu querer.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Quando o mundo e as miragens vierem me tentar,
E Satanás quiser de minha meta desviar;
Quando um ego inflado quiser tomar o meu ser,
Ajuda-me Senhor, a sempre alegre dizer:
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Dá-me, ó Pai, um só propósito eu ter:
Na alegria ou tristeza, a Tua Palavra viver;
Fiel e constante em qualquer tentação,
A Ti somente eu dedicar meu serão:
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Que Teu amor atice a chama de fervor
E me leve a fugir deste mundo vil de dor;
Vivendo para Ti, e para Ti somente,
O teu prazer seja minha meta frequente.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida eu tenho, sim, só uma, é verdade,
Pra poder dizer: “Seja feita a Tua vontade”;
E quando ouvir Teu chamado, finalmente,
Eu possa dizer que a vivi intensamente.
Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida, que logo vai passar,
Só o que for pra Cristo irá ficar.
E se eu morrer, quão grande gozo terei ali,
Se minha chama de vida foi consumida só pra Ti.

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus […] remindo o tempo, porque os dias são maus” (1Co 10.31; Ef 5.16).

 

Charles Studd foi um milionário britânico e famoso jogador de críquete do século 19, que gastou seus bens e a vida servindo a Cristo na China, na Índia e em outros lugares.

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Serviço cristão

Você está disposto a submeter-se a Jesus?

“Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura cousa é recalcitrares contra aguilhões” (At 26.14).

Essas palavras foram ditas pelo Senhor a Paulo na estrada de Damasco. A expressão “recalcitrar contra os aguilhões” era um provérbio rústico extraído da vida agrícola e usado pelos gregos para indicar resistência manifesta a um poder superior. O aguilhão é um instrumento empregado para dirigir os bois. Consiste de uma vara de cerca de dois metros de comprimento, pontiaguda, algumas vezes revestida de ferro na ponta. Quando era colocado na canga pela primeira vez, o boi ainda jovem geralmente se ressentia dela e tentava fugir. Se estivesse jungido a um arado dirigido com uma só mão, o lavrador levava na outra um aguilhão que mantinha próximo aos cascos do boi, e, sempre que este escoiceava, a ponta o feria cada vez mais profundamente. O boi tinha de aprender a submeter-se ao jugo da maneira mais difícil, como aconteceu com Paulo.

Com essa ideia como pano de fundo, podemos extrair uma preciosa lição do que o Senhor aparentemente disse a Paulo naquele dia. Foi algo como isto: “Submeta-se a Meu jugo e faça Minha obra em Meu campo! Saulo, você sempre se ressentiu desse chamado porque sempre desejou seguir seu próprio caminho! Saiba perfeitamente que Meu caminho é contrário ao seu, e Minha obra, contrária a sua. Essa é a razão porque uso hoje o aguilhão em você. Apesar de Me ter rejeitado muitas vezes, deve ter agora compreendido que é na verdade difícil protestar contra o aguilhão. Saulo, você se rende agora? Está muito ferido? Já teve o suficiente, não é? Você está disposto a submeter-se a Mim incondicionalmente doravante, para que Eu possa guiá-lo e dominá-lo, e a fim de que Minha vontade seja feita por seu intermédio?”

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Evangelho James Haldane Salvação

O evangelho: o que é?

O evangelho é boas-novas de perdão ao culpado. É incalculável sua abrangência quanto aos diferentes níveis de culpa daqueles a quem ele é dirigido. O evangelho revela um sacrifício suficiente para todos; e a cada pecador da raça humana é ordenado recebê-lo como uma palavra fiel e digna de toda aceitação, a saber: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar até mesmo o pior dos pecadores.

O evangelho não nos ensina como devemos lançar o fundamento; ao contrário, esclarece-nos a respeito do firme fundamento que Deus lançou em Sião sobre o qual todos de igual forma são convidados e ordenados a edificar sua esperança, sem qualquer receio de serem repreendidos pelo gracioso Criador por causa de qualquer conduta do passado. De modo geral o Evangelho é um tanto mal compreendido por aqueles que nele professam crer. Esses o vêem como uma compensação para suas deficiências por meio dos méritos de Cristo, mas esse é outro evangelho. O evangelho de Cristo se destina aos que se acham longe da retidão, aos que são pobres, cegos e nus, os quais não têm dinheiro para comprar a salvação ou qualquer mérito que os recomende ao favor divino. Cristo veio, não para chamar os justos, mas os injustos ao arrependimento. Se não somos pecadores, nada temos a ver com o evangelho. Se somos pecadores, não rejeitamos o conselho de Deus contra nós supondo, em vão, haver em nós qualquer coisa que nos favoreceu diante Dele. Por outro lado, não imaginemos que nossos pecados são tão grandes que não podem ser perdoados. A justiça de Deus é totalmente independente de nossa obediência. O ladrão na cruz foi salvo pela fé em Cristo. Ninguém entrará no céu por qualquer outra maneira.

Tampouco devemos supor que temos ou viremos a ter em nós mesmos algo que nos recomende ao favor de Deus. “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2Co 6.2). Portanto, cheguemo-nos a Deus com a oração do publicano: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13). Procuremos por essa misericórdia mediante o sacrifício de Cristo.

Apesar das Escrituras serem claras e objetivas quanto a esse assunto, ele serve de pedra de tropeço e de loucura para muitos daqueles que ouviram o evangelho. Ofende-lhes o orgulho serem colocados no mesmo nível dos “párias” da sociedade. Pensam eles que há alguma diferença a ser feita; mas enganam-se, por não conhecerem as Escrituras e por não compreenderem a malignidade do pecado nem a graça de Deus. Enxergam o fato como uma barganha que Deus se propõe a fazer com Suas criaturas: que, sob certas condições, Deus os aceitará. Todavia, o que existe de fato é a mensagem da reconciliação, dirigida a todos os homens, declarando que já foi feita, na cruz, uma expiação completa pelo pecado e convidando cada pecador da raça adâmica a aproximar-se de Deus com urgência e tê-Lo como amigo e Pai, mediante Cristo.

Quando Moisés levantou a serpente no deserto, esse ato serviu como um remédio, igualmente apropriado a todos os que haviam sido picado. Quer a pessoa acabasse de ter sido picada, quer tivesse o veneno já infectado o sangue, ao olhar para a serpente o enfermo era curado. Em referência a essa simbologia, Cristo dirigiu-se a toda a humanidade, sem discriminação e disse: “Olhai para Mim e sede salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus, e não há outro… Deus justo e Salvador não há além de Mim” (Is 45.22,21).

Ao anunciar a promulgação do evangelho, o Senhor declarou pelo profeta: “Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada; só o Senhor será exaltado naquele dia” (Is 2.11).

Ao mesmo tempo em que o evangelho é uma proclamação do perdão enviado os pecadores, sem qualquer exceção, e um convite ilimitado aos culpados para que se refugiem no sangue do sacrifício, é também o poder de Deus para salvação apenas daqueles que crêem. Porém, é inútil falar em ser justificado pela retidão de Cristo, a menos que o coração seja purificado pela fé.

Podemos dizer que cremos em Cristo e sermos ainda escravos do pecado. Podemos enganar a nós mesmos e afirmar que cremos na justiça de Cristo, enquanto continuamos a viver segundo a carnalidade. Mas todo ramo da videira que não der fruto será lançado no fogo. Nós não podemos enganar a Deus; e se, com a Bíblia em mãos, enganamos a nós mesmos, então, somos indesculpáveis.

Se cremos no evangelho de Cristo, ele operará eficazmente em nosso coração (1Ts 2.13) e nos ensinará que, renegando a impiedade e as paixões mundanas, devemos viver sensata, justa e piedosamente no presente século. Se aquilo em que cremos não produz tal efeito, então, não é sobre a verdadeira graça de Deus que estamos firmados. Toda a doutrina cuja crença não produz esse efeito é falsa; e o iludirmos a nós mesmos com nossos próprios enganos é o conforto que obtemos dessa doutrina. “Os que pertencem a Cristo crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).

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Ruth Paxon Santidade Vida cristã

As marcas de um cristão espiritual

Enquanto você me acompanha na mensagem desta noite, verá que a vida do cristão espiritual está em forte contraste com a do cristão carnal.

É uma vida de paz permanente

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27).

Ainda há o conflito na vida do cristão espiritual, já que o crescimento vem por meio da conquista no conflito. Mas há paz pela vitória consciente em Cristo. O cristão espiritual não continua na prática do pecado conhecido, obstinado; portanto, ele vive no desanuviado brilho solar da presença de Cristo. Sua comunhão com o Pai não é mutilada pela consciência corrosiva de mãos impuras, pela ferroada de uma consciência ferida ou pela condenação de um coração acusador. Portanto, ele desfruta de permanente paz, profunda alegria e descanso satisfatório no Senhor. Você tem isso?

É uma vida de vitória habitual

“Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).

Observe que não é dito “vitórias, mas “a vitória. A vitória da ressurreição é algo todo-inclusivo. Cristo, que lhe dá sempre vitória sobre um pecado, pode lhe dar a vitória sobre todo pecado. Ele, que guardou você do pecado por um momento, pode, com a mesma tranqüilidade, guardá-lo daquele mesmo pecado durante um dia ou um mês. A vitória sobre o pecado é um dom de Cristo que é nosso quando o reivindicamos.

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37).

Já seria muito maravilhoso se Ele tivesse dito apenas que éramos vencedores. Mas Ele declara que somos “mais que vencedores. Isso é vitória com um sinal de mais. Isso significa o suficiente e com sobra. Esse verso nos diz que não temos de viver na extremidade esfarrapada de uma vitória que temos de arrancar e lutar para guardar.

“E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.” (2Co 2.14).

Observe a palavra “sempre”. Essa vitória não é restringida a certas vezes, a certos lugares e circunstâncias. Deus diz que pode sempre fazer com que triunfemos em Cristo. Quase posso ouvir alguma pessoa neste público dizer: “É muito bom para você se colocar de pé aí e pregar que tal vitória é possível, mas você não conhece aquela pessoa intratável que tenho na minha família, com quem tenho de viver todo o tempo”. Não, não sei as circunstâncias da sua vida, mas Deus sabe e pôs a palavra “sempre” naquele verso. Você ousa aceitá-lo e crer que Deus pode fazê-lo sempre triunfar em Cristo?

As palavras “vitória habitual” foram cuidadosamente escolhidas. Por habitual quero dizer que a vitória é o hábito da vida do cristão. Isso não significa que o possuidor de tal vitória não é capaz de pecar, mas ele é capaz de não pecar. O pecado contínuo não será a prática de sua vida.

Qual é o verdadeiro e intrínseco significado de vitória? Bem, ela não significa o mero controle externo sobre a expressão do pecado, mas um tratamento definido com a disposição interior para pecar. A verdadeira vitória faz uma mudança nos recessos mais íntimos do espírito que transforma nossa disposição e atitude interiores bem como nosso feito e ato exteriores.

“A verdadeira vitória nunca o obriga a esconder o que está no interior.” Muitos de nós não chamamos o pecado de pecado. Naturalmente, somos obrigados a chamar alguma ofensa notória contra Deus ou contra o homem, que se torna mais ou menos pública, de pecado. Mas que tal aquele coisa negra e suja bem escondida no mais íntimo do espírito. Aquilo é pecado? Deus diz que é.

“Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Sl 51.6,10).

“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2Co 7.1).

Vamos encarar alguns testes simples e ver se temos sido “purificados de toda a imundícia do espírito”. Você costumava perder a calma e dar lugar à irrupção violenta; agora há uma grande medida de controle externo, mas um grande resíduo de irritação interna e ressentimento secreto. Isso é vitória verdadeira? Alguém diz algo indelicado ou injusto a você; você não responde e externamente parece educado, mas intimamente está zangado, e diz consigo mesmo: “Gostaria de falar a ela um pouco do que penso!” Isso é libertação do pecado?

Uma menina de dezesseis anos veio a uma reunião certa vez, onde falávamos da vitória completa em Cristo. Ela vivia com uma tia intratável que era bastante afeita a repreender. A menina muitas vezes tentava a paciência da tia chegando tarde em casa ao voltar da escola. Quando repreendida por isso, sempre respondia. Ela voltou da reunião determinada a ser vitoriosa, tanto na volta da escola a tempo como na resposta, e disse isso à tia. A tia cética respondeu que acreditaria na vitória quando a visse.

Alguns dias depois, a menina se atrasou novamente. A tia insultuosamente disse: “Ah! esta é a sua vitória, não é?” Mas nenhuma palavra escapou dos lábios da menina. Você diz: “Que maravilhosa vitória!” Mas escute! Alguns dias depois, recebi uma carta exultante da menina, dizendo: “Oh! Senhorita Paxson, agora sei o significado da verdadeira vitória, já que quando minha tia me repreendeu não só não respondi, mas eu não quis fazê-lo.” Isso é vitória de fato.

As palavras vitória habitual foram cuidadosamente escolhidas. Por habitual quero dizer que a vitória é o hábito da vida do cristão. Isso não significa que o possuidor de tal vitória não é capaz de pecar, mas ele é capaz de não pecar. O pecado contínuo não será a prática de sua vida.

Alguém o ofendeu; você não retalia abertamente ou busca a vingança, mas no mais íntimo de seu coração deseja o infortúnio da pessoa e se alegra quando ele vem. Isso é ter um espírito correto?

Em uma conferência de verão na China, uma mulher veio buscando ajuda. Ela era infeliz e os outros em volta dela se tornavam infelizes. Havia falta de amor em seu coração; de fato, havia alguém a quem ela odiava. Ela era uma obreira cristã e, ao reconhecer a destruição que essa sensação operava em sua própria vida e na daquela outra pessoa, tentou obter vitórias graduais sobre isso. Tinha odiado até ver a outra pessoa, mas reconheceu finalmente a pecaminosidade disso. Assim, convidou a pessoa para jantar em sua casa, mas esperou que ela não viesse! Isso era vitória? Quando ela veio a mim, tinha alcançado o ponto onde estava “pronta para desculpar”, mas “nunca se esqueceria!” Isso era vitória? Então, ela obrigou a si mesma a dizer que “não odiaria”, mas “não poderia amar”. Isso era vitória? Não até que Deus, que é amor, verdadeiramente possuísse seu coração e a fizesse ter o tipo de vitória que é de Deus.

Possivelmente alguém aqui está dizendo: “Experimentei ocasionalmente essa libertação gloriosa de algum pecado que ataca, mas ela foi somente uma libertação passageira. Há realmente tal coisa aqui na terra como uma vitória habitual sobre todo pecado conhecido?” Deus diz que há.

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).

“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).

Na cruz do Calvário, Cristo morreu para nos libertar do pecado. Para tornar aquela vitória perfeita permanente, enviou o Espírito Santo para habitar e controlar. O homem carnal está sob o poder da lei do pecado. Ela opera em sua vida, conduzindo-o a maior parte do tempo sob seu domínio. Mas há a outra lei, uma lei mais elevada em operação no crente, e, quando se rende à força de seu poder, o homem espiritual é livrado da lei do pecado e da morte.

Aqui está sua vitória habitual sobre todo pecado conhecido. Você experimenta essa vitória?

É uma vida de constante crescimento na semelhança de Cristo

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18).

Não há nada estático na verdadeira experiência espiritual. O olhar para cima e o rosto descoberto devem captar e refletir algo da glória do Senhor. Com um conhecimento crescente Dele e uma comunhão que se torna mais profunda com Ele, deve haver uma crescente semelhança a Ele.

Em certa ocasião, eu viajava pelo rio de Iangtze, na China Central. Uma tempestade pesada acabara de passar, e o sol tinha saído brilhantemente detrás das barreiras de nuvens. Senti um impulso interior para sair para o convés, e o Senhor teve uma mensagem preciosa esperando por mim. A água do rio de Yangtze é muito turva. Mas, como subi na grade e dei uma olhada, não vi a água suja e amarela naquele dia, mas, em vez disso, vi o azul celeste e o branco felpudo do céu acima, e tudo tão perfeitamente refletido que de fato não pude acreditar que estava olhando para baixo em vez de para cima.

Imediatamente, o Espírito Santo fez brilhar 2Coríntios 3.18 em minha mente e disse: “Em si mesma, você é tão pouco atraente como a água do rio de Yangtze, mas, quando todo o seu ser se torna centrado em Deus e toda sua vida se abre para Ele, a fim de que Sua glória brilhe sobre você e dentro de você, então, você será tão transformada em Sua imagem que os outros que a vêem verão não a você, mas a Cristo em você”.

Oh! Amigos, vocês e eu estamos refletindo como em um espelho a glória do Senhor?

O fruto do Espírito é a esfera completa e simétrica do caráter do Senhor Jesus Cristo, no qual não há nenhuma falta e nenhum excesso.

Mas deve haver uma progressão em nossa semelhança a Cristo – deve ser de glória em glória. A natureza espiritual está sempre buscando tocar e se apoderar daquilo que é espiritual a fim de que possa se tornar mais espiritual.

“Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15.2-5).

“Não dá fruto”, “dê fruto”, “dá mais fruto”, “dá muito fruto”. Essas frases não revelam diante de nós as potencialidades para a semelhança a Cristo disponíveis a todos os ramos da Videira? Elas também não nos mostram a progressão positiva “de glória em glória” que Deus espera ver em nós? Essas expressões são descritivas. Qual delas descreve você? Somente a “dá muito fruto” glorifica o Pai.

“Nisto é glorificado Meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos” (Jo 15.8).

Mas qual é o fruto que Deus espera encontrar no ramo? Ele nos diz.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” (Gl 5.22-23).

“O fruto do Espírito” é a esfera completa e simétrica do caráter do Senhor Jesus Cristo no qual não há nenhuma falta e nenhum excesso. Observe que não é frutos, como tantas vezes é citado erroneamente. Ele é apenas um cacho, e as nove graças são essenciais para revelar a beleza da verdadeira semelhança a Cristo. Mas quão freqüentemente vemos um grande coração de amor estragado pelo temperamento precipitado – há amor, mas não há autocontrole, temperança. Ou vemos uma pessoa de grande longanimidade, mas também de expressão facial muito triste. Há longanimidade, mas nenhuma alegria. Por outro lado, se vê um cristão muito alongado na , mas muito encurtado na bondade.

É uma vida de poder sobrenatural

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim também fará as obras que Eu faço, e as fará maiores do que estas, porque Eu vou para Meu Pai” (Jo 14.12).

Essas palavras foram ditas por Cristo a um grupo de homens iletrados. Um deles era um velho pescador queimado pelo sol, abatido pelo mau tempo e bruto. Ele seria facilmente reprovado em uma turma de colégio moderno e muito provavelmente não conseguiria passar nos exames de entrada em um seminário teológico dos dias de hoje. Mas pertenceu à companhia de crentes para a qual essa promessa foi dada e que um dia foi maravilhosamente cumprida em sua vida quando, mediante um sermão, ganhou seis vezes mais almas para o verdadeiro discipulado do que Jesus ganhou durante os três anos de Seu ministério público.

Em que consiste o poder de Pedro, e ele está disponível para você e para mim? Ele era o poder do charme pessoal? Da forma graciosa? Do intelecto gigantesco? Do discurso eloqüente? Do conhecimento sólido? Da vontade dominante? Apesar de ter havido muitas qualidades amáveis no velho pescador impulsivo, ansioso e amável, ainda assim nenhum delas pode ser levada em conta para o cumprimento tão esmagador da promessa de nosso Senhor nele. Deus claramente revela o segredo do poder de Pedro.

Mas recebereis a virtude [o poder] do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).

O poder para fazer “as mesmas obras e mesmo maiores” não é o poder que reside em algo humano. Ao contrário, é o poder de Deus, o Espírito Santo que está completamente a nossa disposição quando nos rendemos totalmente a Ele.

O poder sobrenatural de Deus é manifestado em sua vida e obra hoje?

É uma vida de devotada separação

“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação” (1Ts 4.3).

“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26).

Cristo viveu uma vida de separação.

O homem espiritual toma Cristo como seu Exemplo, e determina andar como Ele andou. Cristo viveu uma vida de separação. Ele estava no mundo, mas não era dele. Ele teve contato muito próximo com o mundo, mas sem conformidade a ele ou com contágio dele. O homem espiritual aspira um caminho semelhante de separação. Ele possui a mesma relação com o mundo que Cristo tinha com ele, e o mundo terá a mesma atitude com respeito a ele que teve com respeito a Cristo. O cristão considerará os prazeres, perseguições, princípios e planos do mundo exatamente como Jesus Cristo os considerou. Ele não foi do mundo; por isso, o mundo O odiava e O perseguia. Assim ele tratará o cristão.

“Não são do mundo, como Eu do mundo não sou” (Jo 17.16).

“Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a Minha palavra, também guardarão a vossa” (15.19,20).

Deus o chama para uma vida de “isolamento” espiritual e “separação” para que você seja mais completamente conformado à imagem de Seu Filho. Você respondeu ao chamamento de sair e ser separado?

É uma vida de agradável santidade

“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu sou santo” (1Pd 1.15,16).

Todo cristão é chamado para uma vida santa. Mas muitos cristãos não querem ser santos. Eles podem querer ser espirituais, mas temem ser santos. Isso pode ser devido ao mau entendimento do que é santidade pelo ensino falso sobre o assunto.

O que, então, é santidade? Vamos primeiro dizer o que não é. Não é perfeita impecabilidade, nem erradicação da natureza pecadora, nem é ser sem defeito. Nem torna alguém isento da possibilidade de pecar nem retira a presença do pecado. A santidade bíblica não é ser sem defeito, mas é ser sem culpa à vista de Deus.

Devemos ser “conservados sem culpa [irrepreensíveis]” para Sua chegada, e seremos “[apresentados…] sem defeito” em Sua volta.

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23).

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória” (Jd 24).

Essa verdade me foi revelada com significado renovado há quatro anos, quando fui chamada para ordenar os pertences pessoais de uma amada e querida irmã que Deus tinha chamado para o lar. Entre as coisas que ela especialmente estimou foi encontrada uma carta escrita a ela quando eu tinha sete anos. Ela tinha ido me visitar; eu a amei e a perdi, e aquela carta era o amor de meu coração expresso em palavras. A carta não era de modo nenhum sem defeito, já que a arte de escrever era pobre, a gramática, incorreta e a ortografia, imperfeita; mas era sem culpa [irrepreensível] à vista de minha irmã, já que saiu de um coração de amor e foi a melhor carta que pude escrever. Para mim, uma mulher adulta, escrever a mesma carta hoje não seria sem culpa [irrepreensível], pois minha experiência na arte de escrever e meu conhecimento de gramática e ortografia são muito maiores.

A santidade é, então, um coração de amor puro por Deus. É Cristo, a nossa santificação, entronizado como a vida de nossa vida. É Cristo, o único Santo, em nós, vivendo, falando e caminhando.

Tal santidade é encantadora, já que expressa a calma santa de Deus refletida no rosto, a tranqüilidade santa de Deus manifestada na voz, a graciosidade santa de Deus expressa na conduta, e a fragrância santa de Deus que emana de toda a vida. É sua tal santidade encantadora?

Vamos nos curvar durante alguns momentos em silêncio.

Qual é a sua vida – a de um cristão carnal ou de um espiritual? Se não estiver vivendo habitualmente no plano mais alto, você agora determinará assim fazê-lo?

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