Depois de você e eu escrevermos uma carta, escrevemos um pós-escrito; depois de escrevermos um livro, poderemos escrever um apêndice ou inserir alguma coisa que omitimos. Mas, a esta nossa vida, não haverá um pós-escrito. Devemos fazer nosso trabalho agora ou nunca; e, se não cumprirmos nosso serviço para Deus agora, agora mesmo, enquanto tivermos a oportunidade à disposição, nunca poderemos cumpri-lo. Se você omitir alguma coisa ontem, você não poderá alterar o fato do serviço imperfeito daquele dia. Se estiver mais zeloso agora, será a obra de hoje; mas o ontem continuará sendo tão incompleto quanto você o deixou. Devemos, portanto, ficar alertas para cumprir a obra Daquele que nos enviou, enquanto ainda estivermos no hoje.
(C. H. Spurgeon)
Enquanto alguns procuram erros na Bíblia e enganos nas traduções, um homem sincero, com a Bíblia aberta, sem dúvida encontrará bem depressa o que há de errado consigo mesmo.
(A. W. Tozer)
Se qualquer coisa se torna mais fundamental do que Deus para sua felicidade, sentido de vida e identidade, então, essa coisa é seu ídolo.
(Tim Keller)
O orgulho é o mais oculto, secreto e enganoso de todos os desejos!
(Jonathan Edwards)
A Palavra de Deus é uma espada afiada de dois gumes que suaviza e endurece, conforta e aflige, salva e condena.
(Steven Lawson)
Por sua fruta é a árvore conhecida, e por sua fala a pessoa é revelada.
(Watchman Nee)
Nenhum aprendizado pode compensar a falta de oração. Nenhuma seriedade, nenhuma diligência, nenhum estudo, nenhum presente suprirá sua falta.
Como aqueles que andam por fé e não por vista, os crentes no Senhor Jesus não se interessam muito em provar questões relativas a sua fé. No entanto, há uma grande verdade que é atestada por muitas provas: a ressurreição de Cristo dentre os mortos (At 1.3). Tal é a força da palavra “provas” (do grego tekmerion [5039 na concordância de Strong]), que os tradutores procuraram indicar e enfatizar essa força pelo uso da palavra “infalíveis”. O comentarista Adam Clarke escreve: “Por muitas provas de tal natureza, e ligadas com tais circunstâncias, de modo a torná-las indubitáveis, pois esse é o peso da palavra grega”. Algumas dessas provas são práticas e físicas; algumas, pessoais e algumas, experimentais, sendo o testemunho e o depoimento de vários indivíduos e grupos de pessoas que realmente viram o Salvador durante aqueles quarenta dias depois de Sua morte e de Seu sepultamento, quando Ele se mostrou novamente vivo, ressuscitado do sepulcro (At 1.3).
Os fatos de Sua morte
Não pode haver a menor dúvida sobre a realidade da morte de Cristo. A idéia proposta por certos críticos de que Ele realmente nunca morreu, mas apenas desmaiou, é ridícula ao extremo, e será considerada mais tarde. Depois de seis horas de dor e sofrimento, cravado na cruz, o Senhor Jesus clamou: “Está consumado”, entregou Seu espírito a Seu Pai, inclinou a cabeça e morreu (Jo 19.30; Lc 23.46). A lança cravado em Seu lado deu provas de que Ele havia de fato morrido, e o testemunho do centurião encarregado confirmou isto ao governador romano, que se maravilhou de que Cristo já estivesse morto (Jo 19.34; Mc 15.44). As Escrituras, redigidas mais tarde, não deixam lugar para dúvidas acerca da realidade da morte de Cristo. “Cristo morreu por nossos pecados […] Cristo morreu pelos ímpios […] Cristo morreu por nós” (1Co 15.3; Rm 5.6,8). Há uma abundância de declarações de Sua morte tanto no Antigo como no Novo Testamento, e nenhuma mente honesta pode questionar o fato de que Jesus morreu ou dele duvidar.
A maneira de Seu sepultamento
Já tarde no dia de Sua crucificação, dois influentes conselheiros judeus, José de Arimatéia e Nicodemos, rogaram a Pôncio Pilatos, o governador, pelo corpo de Jesus Cristo. O governador o concedeu, e, tendo tirado o corpo da cruz, os conselheiros o enrolaram numa mortalha com especiarias e o puseram numa tumba que nunca fora usada antes. Era um sepulcro puro, novo, nas vizinhanças do Gólgota, o lugar da crucificação (Jo 19.41). Era um túmulo localizado num jardim, esculpido numa rocha.
Se a lança que perfurou o lado de Jesus provou que Ele morrera, agora a pedra que foi rolada até a entrada da sepultura encerrou a história da vida maravilhosa que terminara na cruz naquela triste tarde. Jesus de Nazaré estava morto e sepultado. Sozinho, Ele jazia naquele sepulcro novo, e a grande pedra fechava a entrada.
A guarda e o selo
Ninguém duvidava agora que Jesus estivesse morto, e havia também testemunhas de Seu sepultamento naquele túmulo do jardim, mas os cínicos sacerdotes e fariseus ainda não estavam satisfeitos. Eles se lembravam de que em vida Jesus dissera: “Depois de três dias ressuscitarei” (Mt 27.63). Eles agora temiam que, de alguma forma, os discípulos de Jesus pudessem vir sorrateiramente durante a noite, roubar o corpo e proclamar ao povo: “Ressuscitou dentre os mortos” (v. 64). Esses líderes levaram, então, seus temores a Pilatos, exigindo que o sepulcro fosse guardado. Pilatos, talvez agora já impaciente com eles, disse: “Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes”. Essa foi a permissão de que eles precisavam para usar um destacamento dos guardas romanos, aquartelados na Fortaleza Antônia, junto do Monte do Templo, que às vezes faziam o serviço de guarda no Templo. Os guardas pontualmente tomaram suas posições junto ao sepulcro.
A grande pedra fechava a entrada. É bem provável que havia uma corda esticada na frente da pedra e presa nas paredes de pedra a cada lado da entrada com um selo de cera (Mt 27.66). A cera estaria carimbada com o sinete do governador, símbolo da autoridade do imperador. E havia também os guardas romanos. Com tantas precauções quem iria, ou quem se atreveria a roubar o corpo Daquele que ali jazia? Havia, assim, uma segurança tripla no túmulo do Salvador: a pedra, o selo e os soldados.
O sepulcro vazio
Por três dias houve silêncio. Foram dias tristes e solitários para aqueles que acompanharam o Salvador durante os anos de Seu ministério. Eles haviam caminhado com Ele, conversado com Ele, comido com Ele. Tinham ouvido Seu ministério, testemunhado Seus milagres e feito muitas perguntas; e Ele fora o seu fiel confidente, companheiro e amigo. Agora, Ele se fora. Dois deles que caminhavam juntos para Emaús disseram tristemente: “Nós esperávamos [confiávamos]…” (Lc 24.21). Eles usaram o tempo passado. Suas esperanças haviam sido despedaçadas. Durante três dias, tudo fora trevas para eles. Haviam porventura cessado de confiar, agora? Mas algo já havia acontecido naquele primeiro dia da semana, algo do qual eles ainda nada sabiam.
Aqueles que, ainda de madrugada, se dirigiram ao sepulcro foram surpreendidos ao encontrar a pesada pedra removida. O anjo do Senhor havia descido dos céus, removido a pedra da entrada e se assentado sobre ela, como que desafiando a morte e a sepultura. Os guardas, estremecidos de terror e desmaiados de pavor, estavam como mortos. E o túmulo estava vazio! Havia uma mensagem angelical para as mulheres, que elas deveriam transmitir aos discípulos: “Não tenhais medo, pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos Seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos” (Mt 28.5-7).
Em vão vigiam Seu leito,
Jesus, meu Salvador;
Em vão selam o túmulo,
Jesus, meu Senhor.
(Robert Lowry)
Portanto, esses são os fatos. O Salvador morreu e foi sepultado num túmulo novo. Apesar da guarda romana e do selo oficial, a pedra foi removida e a sepultura estava vazia no terceiro dia após o sepultamento. Como se explica o túmulo vazio? Ninguém jamais negou ou duvidou que o túmulo estivesse de fato vazio naquela manhã, mas os infiéis e céticos em vão se uniram para tentar negar a ressurreição de Cristo dentre os mortos. Várias teorias foram e são apresentadas para explicar o túmulo vazio. Essas devem ser consideradas somente para mostrar quão ridículas são e para fortalecer o cristão, mais uma vez, na grandeza da verdade de que Jesus está vivo. Um Homem ressurreto está agora exaltado em glória e entronizado nos céus à destra de Deus na vitória de Sua ressurreição.
O sepulcro vazio — as teorias
A primeira teoria foi, assim como todas as que a seguiram, uma grande mentira. Foi apresentada pelos guardas amedrontados, por instigação dos principais sacerdotes e anciãos dos judeus, senadores do grande Sinédrio. Esses homens conheciam o poder do suborno! Eles já haviam subornado Judas Iscariotes para que traísse Jesus, e agora subornaram os guardas para que espalhassem a mentira de que os discípulos haviam roubado o corpo enquanto eles, os guardas, dormiam. Tendo dado “muito dinheiro” aos guardas, eles lhes disseram: “Dizei: ‘Vieram de noite os Seus discípulos e, dormindo nós, O furtaram’” (v. 13).
Os principais dos sacerdotes e anciãos estavam numa posição extremamente embaraçosa, e vale a pena citar Albert Barnes, na íntegra, sobre esse assunto. Ele escreve:
Apesar de toda a precaução, era evidente que o corpo de Jesus desaparecera. Era evidente, também, que os discípulos afirmariam que Ele havia ressuscitado. Eles [os líderes religiosos] haviam se esforçado tanto para conseguir Sua morte. Haviam convencido Pilatos de que Ele estava morto. Haviam colocado uma guarda com o propósito explícito de evitar que Ele fosse tirado. Seria em vão, depois disso, fingir que Ele não morrera, que Ele havia desmaiado, que Ele somente morrera aparentemente. Eles haviam se privado disso, que teria sido a alegação mais plausível; e, qualquer que fosse o curso que agora adotassem, era necessário continuar a reconhecer que Ele realmente estivera morto e que todas as medidas apropriadas haviam sido tomadas para prevenir que fosse roubado. Eles concluíram, depois de confabularem entre si, que só restava um meio: subornar os soldados para induzi-los a contar uma falsidade, e tentar convencer o mundo de que, contra todas as probabilidades e apesar de seus esforços, o corpo de Jesus havia sido roubado.
Com o suborno veio também a promessa de que, caso isso chegasse aos ouvidos de Pilatos, eles lhes dariam cobertura e persuadiriam o governador quanto ao que havia acontecido. Pilatos costumava voltar para sua casa em Cesaréia depois da festa da Páscoa. Portanto, era possível que ele não viesse a ouvir os detalhes do que acontecera, pelo menos por um bom tempo. Mas, se ouvisse, os soldados não precisavam se preocupar, pois os judeus o “persuadiriam”, muito possivelmente com um suborno. Eles haviam subornado Judas, estavam subornando os soldados e podiam subornar Pilatos. Compare com aquele outro governador, Félix: “Esperando ao mesmo tempo que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse; pelo que também muitas vezes o mandava chamar, e falava com ele” (At 24.26).
Essa foi, então, a primeira, a mais antiga das teorias de homens infiéis negando a ressurreição do Salvador. “Seu corpo foi roubado do sepulcro enquanto dormíamos”, disseram eles. Mas a teoria precisa ser examinada e seu engano, exposto.
O corpo realmente foi roubado?
Essa teoria é crivada de absurdos. É quase inacreditável que alguém pudesse acreditar numa mentira tão esfarrapada. Tantas perguntas podem ser feitas a partir dela:
Será provável que tantos homens dormiriam ao mesmo tempo ao ar livre?
Como poderia um guarda romano ter sucumbido ao sono quando, de acordo com as leis militares romanas, ser achado adormecido em serviço significava morte instantânea?
Poderiam eles estar tão profundamente adormecidos a ponto de não acordar com o barulho que deve ter sido feito para remover a grande pedra e tirar o corpo?
Como poderiam os discípulos, abatidos e desacorçoados como estavam, ter tentado eludir a guarda, remover aquela pedra pesada e levar o corpo embora?
Poderiam eles ter tido tempo suficiente para fazer tudo isso sem serem vistos por ninguém?
Que motivo teriam os discípulos para roubar o corpo? E teriam tantos deles arriscado e dado a vida, mais tarde, pregando uma ressurreição que eles sabiam não ter acontecido?
O absurdo mais claro e óbvio é: se aqueles soldados estavam dormindo, como poderiam saber que foram os discípulos que roubaram o corpo, ou que qualquer outra pessoa o tivesse feito? Mas a história deles foi repetida entre os judeus, durante muitos anos (Mt 28.15).
Quase nem vale a pena considerar a teoria de que os inimigos de Jesus roubaram o corpo, embora aparentemente haja quem acredite nisso. A pergunta que precisa ser feita e respondida é: “Se de fato os inimigos roubaram o corpo, por que, quando os discípulos de Jesus começaram a pregar que Ele ressuscitara dentre os mortos e estava vivo, aqueles que supostamente roubaram o corpo não o apresentaram?” Tem sido dito que, se tivesse sido verdade que roubaram o corpo, e se os inimigos o tivessem apresentado, a cristandade teria se desfeito numa explosão de gargalhadas. Teria sido a morte da pregação apostólica. Naturalmente, Seus inimigos não tinham razão alguma para roubar o corpo de Jesus. Eles estavam mais interessados em mantê-Lo no túmulo.
Jesus realmente morreu?
A teoria de que o Salvador não morreu, apenas desmaiou, é crida e ensinada por muitos até o dia de hoje. Ela é tão absurda quanto a primeira teoria e, novamente, é propagada por aqueles que escolhem negar a verdade da ressurreição corporal de Cristo. O túmulo vazio tem sido chamado de um “fato teimoso”. É aceito por todos, e não é possível negá-lo. Tanto as autoridades romanas como as judaicas sabiam que, inegavelmente, o túmulo em que o corpo de Jesus fora posto estava agora vazio. Mas como? Ou por quê? Precisava ser explicado de alguma forma.
Os propagadores dessa teoria “do desmaio” querem que os homens acreditem que seis horas de sofrimento, cravado pelas mãos e pés na cruz, e por três daquelas horas suspenso sob o sol escaldante de Jerusalém, haviam causado uma profunda condição de entorpecimento em Jesus que parecia ilusoriamente morto. Argumentam que, nessa condição, o Senhor foi carregado para o túmulo, envolto na mortalha de linho por José e Nicodemos, e posto no sepulcro ainda conservando a aparência de morte. Eles dizem que, após três dias de repouso no frescor do sepulcro escavado na pedra, Jesus despertou. Foi, segundo eles ensinam, uma ressuscitação, e não uma ressurreição.
Em seguida, vem a coisa realmente difícil de acreditar! Não se explica como o Salvador removeu a mortalha que o envolvia, deixando os lençóis dobrados de forma ordeira no chão do túmulo, nem como removeu a pedra, escapou da guarda e, de alguma forma, se escondeu até decidir se mostrar a Maria, de manhãzinha naquele jardim, e, depois, caminhou por onze quilômetros até Emaús sobre pés feridos! A que ponto os homens vão para negar a ressurreição de Cristo entre os mortos!
Estariam as mulheres no túmulo errado?
Há ainda outra teoria apresentada por mentes incrédulas. Dizem que aquelas primeiras visitas ao sepulcro, sendo mulheres aflitas, foram ao túmulo errado, e não àquele no qual o Salvador fora sepultado. Enfatizam que elas foram de manhã muito cedo, “sendo ainda escuro” (Jo 20.1). Não teriam elas ido ao túmulo errado? Mas Maria Madalena e suas companheiras conheciam bem o lugar. Haviam observado enquanto os dois homens cuidaram do sepultamento do Salvador (Mt 27.61). Além disso, o túmulo era do próprio José. Não teriam ele e Nicodemos corrigido imediatamente qualquer erro que as mulheres tivessem cometido? E não teriam também as autoridades corrigido a história, quando os discípulos começaram a pregar sobre a ressurreição de Jesus? Proponentes dessa teoria absurda precisam também explicar se Pedro e João estavam igualmente equivocados acerca do túmulo quando foram e o encontraram vazio.
Teorias infiéis ou provas infalíveis?
Com certeza, concordamos que todas essas teorias infiéis nada mais são do que falácias e invenções. São o produto de mentes incrédulas que rejeitam a autoridade das Sagradas Escrituras e preferem seu próprio raciocínio carnal. É mais difícil crer nelas do que na simples e gloriosíssima verdade de que, na terceira manhã depois de Sua morte, o Salvador estava vivo, triunfantemente ressuscitado dentre os mortos. Nos quarenta dias subseqüentes, e, antes de Sua ascensão aos céus, Ele “se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas” (At 1.3), e é um prazer examinar agora essas provas e ouvir os muitos depoimentos que dão testemunho de Sua ressurreição. Como já notamos, há muitos indivíduos e grupos de homens e mulheres que realmente viram o Salvador ressurrecto. Andaram com Ele e falaram com Ele e, pelo menos em uma ocasião, comeram com Ele. Com alegria e boa vontade eles darão seu testemunho ao fato de que Seu túmulo está vazio pelo simples fato Dele estar vivo.
Considere o poderoso exemplo dos três jovens hebreus a quem o rei Nabucodonosor atirou na fornalha de fogo. Esses homens não estavam sendo provados por sua fé; na verdade, foi sua fé que os pôs ali. O Senhor claramente estava atrás de outra coisa. Pense nisto: os pagãos babilônios não foram influenciados por suas orações ou pregações. Não ficaram impressionados por sua sabedoria ou por seu conhecimento, nem por sua vida santa. Não! O impacto em Babilônia veio quando o povo olhou para dentro da fornalha e viu esses três homens regozijando-se e louvando a Deus em sua hora mais difícil.
O que é necessário para alcançar um mundo perdido e ferido? Resposta: um pequeno exército que tenha entrado na escola das lutas e das provações. Deus procura os que querem ser testados. Então, Ele alista todos que estejam dispostos a serem provados pelo fogo, cuja fé Ele possa refinar e transformar em ouro puro.
Viver no descanso de Deus é um modo de vida. Ele quer que sejamos sustentados por Sua paz e segurança em todos os nossos sofrimentos, sabendo que nosso Sumo Sacerdote é tocado pelos sentimentos de nossa fraqueza.
“Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas” (Hb 4.10). Quando estamos no descanso em Cristo, não tentamos mais fazer cara de corajosos na hora dos problemas. Não inventamos uma aceitação falsa de nossa crise. E não nos preocupamos se iremos nos submeter ao medo e começar a duvidar do amor de Deus. Em resumo, nossa “mentalidade lógica” pára de nos guiar. Agora aprendemos a simplesmente confiar no Senhor. Como desenvolvemos uma confiança assim? Buscamos o Senhor em oração, meditamos em Sua Palavra e andamos em obediência. Você pode se opor dizendo: “Mas todas essas coisas são obras”. Eu discordo. Elas são todas atos de fé. Ao cumprir essas disciplinas, confiamos que o Espírito Santo está agindo em nós, construindo um reservatório de força para a hora de necessidade. Talvez não sintamos o fortalecimento de Deus acontecendo em nosso interior, ou Seu poder sendo construído em nós. Mas, quando nossa próxima provação vier, esses recursos celestiais se tornarão manifestos em nós.
Quando o dedo do julgamento de Deus ficar claro para este país, as pessoas vão deixar de procurar pregadores da prosperidade que vivem dizendo: “Está tudo indo bem!” Pelo contrário, elas vão reagir como os israelitas, ou seja, buscarão pessoas como Daniel, pessoas piedosas que saibam fazer a leitura dos tempos.
Pode-se imaginar o que teria motivado Daniel a orar com tanta intensidade? O que o levou a continuar orando, mesmo com um decreto de morte dirigido contra sua cabeça? Por que esse homem de oitenta anos iria continuar derramando o coração ao Senhor com tanto fervor, quando o resto do povo não buscava mais a Deus? Pense no enorme esforço que Daniel teve de fazer para se dedicar à oração. Afinal de contas, ele morava na Nova York de seu tempo: na enorme, majestosa e rica Babilônia. E vivia num tempo de apatia espiritual ― de bebedeiras, de busca de prazeres e de ganância no meio do povo de Deus. Além disso, era um líder atarefado com distrações por todos os lados. Quero lhe dizer o seguinte: a oração não é algo que venha naturalmente à pessoa alguma, inclusive a Daniel. Um horário disciplinado para oração é fácil de começar, mas difícil de continuar. Tanto nossa carne quanto o diabo conspiram contra ela.
A igreja costumava confessar seu pecado; agora, ela confessa seu direito.
David Wilkerson nasceu em Hammond, Indiana (EUA), em 19 de maio de 1931. Aos oito anos, respondeu ao chamado de Deus para entregar sua vida a Cristo e se tornar pregador. Em 1952, casou-se com Gwen Carosso, que o conheceu quando tinha apenas 13 anos.
David Wilkerson fundou o Desafio Jovem, uma organização sem fins lucrativos para a recuperação de viciados. A história de sua ida para Nova York, seu trabalho com membros de gangues em Manhattan, no Bronx e no Brooklyn e a fundação do Desafio Jovem é contada no livro A cruz e o punhal.
Wilkerson postou em seu blog um artigo datado de 27 de abril de 2011, o dia de sua partida para o Senhor. Intitulado “Quando tudo mais falhar”, ele incentivou as pessoas que estão enfrentando dificuldades a “permanecerem firmes na fé”.
“Quem passa pelo vale da sombra da morte, ouça esta palavra: o choro vai durar por algumas noites escuras e terríveis, mas em breve você vai ouvir o sussurro do Pai: ‘Eu estou com você’. Amado, Deus nunca deixou de agir, sempre com bondade e amor. Quando tudo mais falhar, o Seu amor ainda prevalece. Apoie-se firmemente na fé. Permaneça firme na Sua Palavra. Não há outra esperança neste mundo.”
A tarefa que Deus confiou aos pais não é fácil, em especial nestes dias excessivamente maus. Entretanto, poderão obter a graça de Deus, se a buscarem com sinceridade e confiança.
(A. W. Pink)
Se os pais têm criado os filhos para serem médicos, advogados, esportistas, músicos etc., mas não os criam para honrar e obedecer a Deus, eles fracassaram.
(Voddie Baucham)
Quando fui pai pela primeira vez, eu procurei por todo tipo de livro para me ajudar, estudei manuais e coisas que eu poderia passar para meus filhos, mas, toda vez que eu pegava algum material e começava a estudar com meus filhos, eu sempre tinha medo de que algo estivesse faltando, de que existisse algo de que precisavam, e eu não estava lhes dando. Um dia, eu peguei todas essas coisas, coloquei-as de lado e disse: “Existe apenas um livro perfeito. Se eu puder dar-lhes esse Livro, então, saberei que nada estará lhes faltando.” Então, eu apenas me dediquei, como pai, a sentar-me com meus filhos e, linha por linha, explicar-lhes as Escrituras, conversando com eles, rindo com eles, tudo no contexto das Escrituras. Tudo o que eu vou lhes dar é Escritura, porque sei que, se eu fizer isso, eles terão o que precisam.
(Paul Washer)
Numa “criança entregue a si mesma” (Pv 29.15), o único produto previsível é vergonha.
(Derek Kidner)
Como podemos esperar que o reino de Deus prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho aos próprios filhos?
(Charles Spurgeon)
Seus filhos irão para a escola e eles serão treinados em torno de 15.000 horas em pensamento ateísta secular. Depois, eles vão para a escola dominical para colorir um desenho da arca de Noé. Você acha que essas crianças irão conseguir lutar contra as mentiras que estão sendo ensinadas na escola?
(Paul Washer)
Se servimos à igreja ou ao Senhor à custa de nosso dever para com os entes queridos e das responsabilidades para com nosso lar, algo está errado no equilíbrio de nossa vida cristã.
(Alan Redpath)
O lar é um teste importante para o caráter. O que você é em casa será em qualquer outro lugar, quer o demonstre, quer não.
Senhor, não deixe que vivamos para sermos inúteis.
(John Wesley)
Uma das maiores qualificações para sermos úteis no serviço do Senhor é um coração que verdadeiramente deseja Sua honra.
(George Muller)
Evitemos ficar discutindo sobre a Palavra de Deus; vamos obedecer-lhe.
(Osvald Chambers)
A oração é o teste que avalia a devoção do crente.
(Samuel Chadwick)
As Igrejas indianas têm um grande peso de intercessão pela América e estão orando para que Deus visite esse país com o reavivamento […] Vocês lamentam tanto nossa pobreza material na Índia, enquanto nós, indianos, que conhecemos o Senhor, lamentamos a pobreza espiritual da América. Oramos para que Deus lhes dê o ouro refinado pelo fogo, o qual Ele prometeu a todos quantos conhecem o poder de Sua ressurreição. Em nossos cultos, gastamos de quatro a seis horas em oração e adoração, enquanto nosso povo passa toda a noite esperando no Senhor em oração. Mas, na América, após uma hora de culto, vocês começam a olhar o relógio. Oramos para que Deus lhes abra os olhos para compreenderem o verdadeiro significado da adoração […] Para atrair as pessoas aos cultos, vocês dependem de grandes divulgações, cartazes, anúncios e de pregadores reconhecidamente ungidos e talentosos. Na Índia, tudo o que nós possuímos é o próprio Senhor Jesus, e Ele nos basta. Antes de uma reunião evangélica na Índia, jamais anunciamos quem será o pregador. Quando as pessoas vêm, elas querem buscar o Senhor e não um ser humano ou um palestrante famoso e especial. Em nossas reuniões, temos tido aproximadamente doze mil pessoas unidas para adorar ao Senhor Jesus Cristo e terem comunhão umas com as outras. Estamos orando para que as pessoas na América também venham às igrejas famintas pela presença de Deus e não meramente desejosas de algum tipo diferente de entretenimento, ouvindo belos corais ou talentosos cantores.
Muitas vezes, oramos ou entoamos hinos pedindo a Deus que nos torne uma inspiração para outros. Queremos instintivamente ser um vaso de bênçãos para outras vidas. Mas a verdade é que assim como a água só pode jorrar para dentro de um canal ou vale, assim também, na vida cristã, a vida de Deus só pode fluir em bênçãos através de vales que tenham sido abertos e cavados em nossa vida pelas experiências mais difíceis.
(Phillip Keller)
Não devemos imaginar que realmente adquirimos algo simplesmente por ouvir uma mensagem. Deus terá de criar circunstâncias tais que vocês verdadeiramente sentirão a necessidade da palavra que ouviram, de maneira a testar se aceitaram realmente ou superficialmente a palavra. Deus tem de arquitetar uma circunstância para revelar-lhes que nenhum preceito da Escritura pode ser adquirido sem pagar-se um preço.
(Watchman Nee)
Uma montanha é imóvel, permanece eternamente; dá a impressão, portanto, de estabilidade e firmeza. Há força em tal estabilidade. Aquele, portanto, que confia no Senhor é como o monte Sião; é irremovível, firme e estável como o monte de Deus.
(Stephen Kaung)
Depois de ver a Jesus, meu maior ganho conto como perda.
(Isaac Watts)
Pense com frequência na brevidade de sua vida e na certeza da morte. Prefira uma vida virtuosa a uma vida longa.
(Lewis Bayly)
Devemos trazer sempre isto à mente: que aquilo que começa em autoconfiança termina em vergonha.
(Richard Sibbes)
Você vive perto deles, encontra-os nas ruas, trabalha com eles, viaja com eles, senta-se e fala com eles, e não lhes diz nada sobre a alma deles ou a vida por vir? Se a casa deles estivesse em chamas, você iria correndo ajudá-los; e você não vai ajudá-los quando a alma deles está quase no fogo do inferno?
Se eu e você simplesmente tivéssemos a percepção de que onde quer que estivermos, e o que quer que fizermos, Deus nos estaria vendo, isso transformaria nossa vida!
Os sentimentos não podem ser nossa autoridade final, porque, como bem sabemos, eles são instáveis e não são confiáveis. Eles vêm e vão, e você nunca sabe o que poderão ser. “Não ouso confiar na disposição mais fina”, diz um autor de hinos, porque amanhã ela poderá ter desaparecido. Se eu estiver sendo governado por meus sentimentos, ver-me-ei mudando constantemente ― às vezes feliz, às vezes infeliz, às vezes achando que está tudo bem, ora achando que tudo vai mal, ora emocionado pela leitura da Bíblia, outras vezes tendo de me esforçar para extrair algo dela, sentindo-me frio, árido, lerdo, tolo! Não seria essa sua experiência? Se é assim, como você pode confiar nos sentimentos como autoridade sobre você?
O homem que está preocupado, acima de tudo, com suas aparições públicas diante dos outros, em geral nunca se preocupa muito com sua atitude íntima diante de Deus.
O pecado vem da forma mais atrativa possível, e naturalmente, sempre oferece “vida”, sempre oferece diversão, sempre oferece sucesso, sempre oferece felicidade. Se não fosse assim, ninguém olharia para o pecado.
As pessoas nunca são salvas antes de compreenderem que não podem salvar a si mesmas. Não há nada que nos afaste mais da salvação do que pensar que podemos salvar-nos a nós mesmos.
Não há valor nenhum numa profissão de fé cristã se não for acompanhada pelo desejo de ser semelhante a Cristo, pelo desejo de livrar-se do pecado, pelo desejo de obter santidade.
O teste final quanto a se Deus está atuando em nós é ver se desejamos ser cada vez mais como Cristo: santos e puros, separados do mundo e do pecado, famintos e sedentos de justiça, para que agrademos a Deus que assim começou a agir em nós.
Dizer às pessoas que não importa o que alguém crê, contanto que viva uma vida louvável e faça o bem, não somente é uma negação do evangelho, mas é também fadado a desencorajá-las, levando-as a rejeitar a única verdade que pode salvá-las.
Nunca devemos permitir que a agitação ou a perturbação nos controlem, não importa quais sejam as circunstâncias, porque fazer isso implica em falta de fé, falta de confiança em nosso bendito Senhor e Deus.
David Martyn Lloyd-Jones foi provavelmente o maior pregador britânico do século 20. Nascido em Cardiff, Gales do Sul, em 20 de dezembro de 1899, Martyn Lloyd-Jones passou a maior parte da infância na rural Cardingshire, em Llangeitho. Em 1914, sua família mudou-se para Londres e ele concluiu a educação escolar na Escola de Gramática de St. Marylebone. Ingressou no Hospital de Bart com somente 16 anos. Ele foi bem-sucedido nos exames, mas, por ser tão jovem, teve de esperar para obter o mestrado. Nessa ocasião, já estava no Hospital de Harley Street como principal assistente clínico de Thomas Horder, um dos melhores e mais famosos médicos da época. Ele vislumbrava um futuro brilhante e lucrativo como um destacado médico. Então, algo aconteceu.
Lentamente, depois de uma profunda luta, sua mente e seu coração foram tomados pelo evangelho. Ele compreendeu que muitos de seus pacientes precisavam algo mais do que medicina comum e se entregou ao ministério cristão.
Seu estilo consistia de uma habilidosa diagnose clínica, analisando a perspectiva mundana, mostrando sua futilidade ao tratar do poder e da persistência do mal, e contrastando-a com a perspectiva cristã, sua lógica, seu realismo e seu poder. Ele tinha a habilidade de vestir sua análise clínica com uma linguagem viva e convincente, de tal maneira que ela se fixava na mente dos ouvintes. Ele poderia falar duramente sobre as tolices do mundo e dar uma visão contrastante da sabedoria e do poder de Deus de tal maneira que provocava uma forte reação por parte da audiência. As pessoas se retiravam determinadas a nunca mais voltar; contudo, voltavam no domingo seguinte até que, incapazes de continuar resistindo à mensagem, rendiam-se ao Senhor.
Depois da Segunda Grande Guerra, sua congregação cresceu rapidamente. Em 1947, as galerias foram abertas, e de 1948 até 1968, quando ele se aposentou, a congregação tinha uma freqüência média de cerca de 1.500 pessoas aos domingos pela manhã e 2.000, à noite.
Seu último sermão foi pregado em 8 de junho de 1980, na inauguração da nova capela em Barcombe, East Sussex. Ele morreu na madrugada de domingo de 1° de março de 1981, tendo dito à família: “Não orem por cura, não tentem me impedir de ir para a glória”. Mais de mil pessoas foram ao culto fúnebre em Newcastle Emlyn, em 6 de março. Um culto de ação de graças igualmente comovente e triunfante foi ministrado na capela de Westminster, em 6 de abril.
Sua voz ainda fala poderosamente em seus muitos livros expositivos, produzidos a partir de seus sermões.
Se aquilo que eu disser não for para a glória de Deus, e, sim, para minha própria glória, seria melhor calar-me. Se eu der um estudo bíblico para minha própria glória, não tenho a bênção de Deus sobre ele. Devo preferir Sua glória acima de todas as outras coisas.
(John MacArthur Jr.)
Deus prefere adoradores a trabalhadores. De fato, os únicos trabalhadores aceitáveis são aqueles que aprenderam a esquecida arte da adoração.
(A. W. Tozer)
Consagrar-se a Deus não é trabalhar para Deus, mas ser trabalhado por Deus. Aqueles que não permitem que Deus trabalhe neles nunca podem trabalhar para Deus.
(Watchman Nee)
Humildade não é algo que apresentamos para Deus ou que Ele concede; é simplesmente o senso do completo nada-ser que vem quando vemos como Deus verdadeiramente é tudo, e no qual damos caminho a Deus para ser tudo.
(Andrew Murray)
Se você acredita que Deus tem de abençoá-lo e ajudá-lo porque você deu duro para obedecer a Ele e para ser uma boa pessoa, então, talvez Jesus possa lhe ajudar, talvez Ele possa ser um exemplo, até mesmo uma inspiração, mas Ele não é seu Salvador. Você está sendo seu próprio Salvador. […] Se você busca controlar Deus por meio de sua obediência, então, toda sua moralidade não passa de uma maneira de usar Deus para fazer com que Ele lhe dê aquilo que você realmente deseja.
(Thimoty Keller)
Quem não se alegra quando seu adversário dá um passo em falso, passo que ele considera vantajoso para a própria causa? Só um homem de amor consegue evitar isso. Só ele lamenta o pecado e a estupidez do inimigo. Ele não tem prazer em ouvir ou repetir essas coisas. Pelo contrário, deseja que isso seja esquecido para sempre. O amor não se alegra com a injustiça.
(John Wesley)
Uma igreja deve ser agradável aos interessados, mas a igreja tem de reconhecer que existe um único interessado. Seu nome é Deus! E, se vocês querem ser agradáveis a alguém, se querem acomodar-se a alguém, acomodem-se a Ele e a Sua glória, ainda que sejam rejeitados pelos demais. Não somos chamados a construir impérios. Somos chamados a glorificar a Deus. E, se vocês querem que a igreja seja algo diferente de um povo peculiar (Tt 2.14; 1Pd 2.9), estão querendo algo que Deus não quer.
Podemos orar com ira no coração, mas esse tipo de oração torna-se pecado. Todos estão sujeitos diariamente a serem feridos naquelas áreas em que são mais sensíveis. Porém, ter uma atitude de vingança ou desafeto para com a pessoa que causou tal ferida congela a capacidade de orar. O espírito de perdão é como o espírito do evangelho, e esse espírito precisa reinar no coração antes que a verdadeira oração possa proceder dos lábios.
(E. M. Bounds)
O valor de uma oração não é determinado por sua extensão.
(Robert Murray M’Cheyne)
Da soberba vem apenas contenda. É o orgulho que move os homens a contenderem com Deus. Uma alma humilde repousará tranqüila aos pés de Deus e se contentará com as necessidades básicas. O homem humilde aprecia bem um jantar de legumes, enquanto um boi cevado é apenas um prato grosseiro ao estômago do homem orgulhoso. Um coração humilde não considera alguém inferior ou pior do que a si mesmo. Um coração humilde olha para as pequenas misericórdias como grandes misericórdias, e para as grandes aflições como pequenas aflições, e para as pequenas aflições como se não fossem aflições, e, portanto, fica mudo e silencioso sob todas elas. Mantenha-se humilde e você ficará em silêncio diante do Senhor.
(Thomas Brooks)
Às vezes, as verdades mais claras são os argumentos mais fortes em favor dos deveres mais difíceis.
(Matthew Henry)
Se buscarmos o conhecimento teológico por si mesmo, isso inevitavelmente nos fará mal. Ele nos tornará orgulhosos e vaidosos.
(J. I. Packer)
Não conheço outro prazer tão rico, tão puro, tão santificador em suas influências ou ainda tão constante em seus benefícios como aquele que resulta da verdadeira e espiritual adoração a Deus.
(Richard Watson)
Certamente a essência da sabedoria está em, antes de começarmos a agir ou de tentar agradar a Deus, descobrir o que Deus tem a dizer sobre o assunto.
Se Jesus Cristo não é forte o suficiente para motivá-lo a viver biblicamente, você, absolutamente, não O conhece.
(Paul Washer)
Um cristianismo barato, sem cruz, vai provar ser, no final, um cristianismo inútil, sem coroa.
(J. C. Ryle)
Como redimidos pelo Senhor Jesus Cristo, somos purificados. Como somos purificados, confessamos nossos pecados. E, como confessamos, conquistamos a vitória. Não importa quão profunda seja sua culpa, nem quão freqüentes as suas falhas; venha a Deus em confissão contrita e permita que Ele faça a obra Dele em sua vida.
(John MacArthur Jr.)
Ponha fogo no seu sermão ou ponha seu sermão no fogo.
(John Wesley)
Enquanto os homens não tiverem fé em Cristo, suas melhores obras nada mais são do que gloriosos pecados.
(Thomas Brooks)
Quando pouco se exercita a graça e a corrupção prevalece juntamente com o medo, não tente tirar isto de seu coração de qualquer outra maneira além de reviver o amor a Deus. Assim, o medo será efetivamente expulso, como a escuridão desaparece de um quarto quando os deliciosos raios de sol entram nele.
(Jonathan Edwards)
Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio.
Assim como o pastor usa o cajado para apartar as ovelhas dos bodes, a oração secreta é o cajado que separa os filhos de Deus dos filhos do Diabo, pois aqueles que entram em seu aposento e fecham a porta fazem-no como filhos e para orar a seu Pai. Certamente os que assim não fazem, e isso não lhes aflige, são bastardos e não filhos (Hb 12.8). A oração particular é o teste de nossa sinceridade, o indicador de nossa espiritualidade, o principal meio de crescimento na graça. A oração particular é a única coisa, acima de todas as demais, que Satanás busca impedir, pois ele bem sabe que, se puder ser bem-sucedido nesse ponto, o cristão falhará em todos os outros.
(John Bunyan)
Conhecimento teológico e viver piedoso andam de mãos dadas. Uma verdade desconhecida não pode santificar a alma.
(B. B. Warfield)
O trono de Deus não é apenas um trono de majestade, mas um trono de graça.
(João Calvino)
Em nada, a não ser no céu, vale a pena colocar nosso coração.
(Richard Baxter)
Ainda que não creiamos, isto é, ainda que o mundo inteiro não creia, o Evangelho de Deus não deve ser alterado para que se adapte aos caprichos e às fantasias do homem.
(Charles H. Spurgeon)
Obedecer a Deus não é a morte da felicidade. É a morte de tudo que o impede de ter felicidade plena e duradoura.
(John Piper)
Satanás dedica 168 horas por semana tentando enganá-lo. Você acha que pode manter uma mente renovada com um olhar de dez minutos no Livro de Deus uma vez por dia?
Há poucas advertências na Escritura mais solenes que esta. O Senhor Jesus Cristo nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32).
A esposa de Ló professava a verdadeira religião: seu marido era um “homem íntegro” (2Pd 2.8). Ela deixou Sodoma com ele no dia da destruição da cidade; ela olhou para trás, em direção à cidade, em desobediência a ordem expressa de Deus; ela morreu imediatamente, transformando-se em uma estátua de sal. E o Senhor Jesus Cristo a utiliza como exemplo para Sua igreja; Ele diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando consideramos a pessoa que Jesus menciona. Ele não nos convida a lembrar de Abraão, ou de Isaque, ou de Jacó, ou de Sara, ou de Ana, ou de Rute. Não! Ele escolhe alguém cuja alma estava perdida para sempre. Ele clama a nós: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando nós consideramos sobre o tema de Jesus. Ele está falando de Sua segunda vinda, quando virá julgar o mundo; Ele está descrevendo o estado terrível de despreparo no qual muitos serão achados. Os últimos dias estão em Sua mente, quando Ele nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando nós pensamos na Pessoa que a faz. O Senhor Jesus é amoroso, misericordioso e compassivo; Ele é Aquele que “não esmagará a cana quebrada nem apagará a torcida que fumega” (Is 42.3). Ele lamentou a incredulidade de Jerusalém e orou pelos homens que O crucificaram; contudo, Ele julga proveitoso nos dar esta advertência solene e nos fazer lembrar das almas perdidas. Ele nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando pensamos nas pessoas para as quais Ele, primeiramente, dirigiu essas palavras. O Senhor Jesus estava falando a Seus discípulos; Ele não estava falando para os escribas e fariseus que O odiavam, mas a Pedro, Tiago e João, e muitos outros que O amaram; mesmo para esses, Ele julga proveitoso uma palavra de precaução. Ele lhes diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
É uma advertência solene, quando nós consideramos a maneira como Ele falou. Ele não diz somente: “Cuidado! Não sejam como a mulher de Ló!” Ele usa uma palavra diferente; Ele diz: “Lembrai-vos”. Ele fala como se nós corrêssemos o perigo de esquecer o assunto; Ele incita nossa memória preguiçosa; Ele nos ordena a manter o caso em nossa mente. Ele clama: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.
Agora, consideremos os privilégios religiosos que a esposa de Ló desfrutou.
Nos dias de Abraão e Ló, a verdadeira religião salvadora era escassa na terra; não havia ainda a Bíblia, pastores, igrejas, credos ou mesmo missionários. O conhecimento de Deus estava limitado a algumas famílias agraciadas; a maior parte dos habitantes do mundo estava vivendo em escuridão, ignorância, superstição e pecado. Talvez não houvesse um em cem que contasse com tal bom exemplo, ou com tal convivência espiritual, tal clareza de conhecimento e advertências tão claras como a esposa de Ló. Comparada com os milhões de criaturas de seu tempo, a esposa de Ló era uma mulher agraciada.
Ela teve um homem religioso como marido; ela teve Abraão, o pai da fé, como tio por meio do matrimônio. A fé, o conhecimento e as orações desses dois homens íntegros não eram desconhecidos por ela. É impossível que ela tenha morado em tendas com eles durante tanto tempo, sem saber de Quem eles eram e a Quem eles serviam. Religião para eles não era nenhum negócio formal; era o princípio governante de sua vida e a razão de suas ações. Tudo isso a esposa de Ló deve ter visto e conhecido. Esse não era um privilégio pequeno.
Quando Abraão recebeu as promessas, a esposa de Ló provavelmente estava lá. Quando ele construiu sua tenda entre Ai e Betel, é provável que ela estivesse presente; quando os anjos vieram a Sodoma e advertiram seu marido para fugir, ela os viu; quando eles os levaram pela mão e os conduziram para fora da cidade, ela era um daqueles que eles ajudaram a escapar. Mais uma vez, eu digo, esses não foram privilégios pequenos.
Contudo, quais foram os resultados positivos de todos esses privilégios no coração da esposa de Ló? Nenhum. Nada. Apesar de todas as oportunidades e dos meios de graça, de todas as advertências especiais e mensagens do céu, ela viveu e morreu sem a graça de Deus, sem Deus, impenitente e descrente. Os olhos de seu entendimento nunca foram abertos; sua consciência nunca foi realmente despertada ou estimulada; sua vontade nunca foi verdadeiramente trazida a um estado de obediência a Deus; suas afeições nunca foram fixadas nas coisas lá do alto. A forma de religião que ela teve foi mantida por conveniência e não por um verdadeiro sentir; era uma capa usada para agradar a seu marido, e não por qualquer senso de seu valor. Ela fez como outros a seu redor na casa de Ló: ela se conformou aos costumes do marido; ela não fez nenhuma oposição à religião dele; ela se permitiu ser conduzida passivamente por ele; mas em todo tempo o seu coração estava em pecado diante de Deus. O mundo estava em seu coração, e seu coração estava no mundo. Neste estado ela viveu, e nesse estado ela morreu.
Em tudo isso há muito a ser aprendido. Eu vejo uma lição aqui que é da maior importância em nossos dias. Você vive em tempos em que há muitas pessoas vivendo como a esposa de Ló. Ouça, pois, a lição que o caso dela nos ensina.
Aprenda que a mera possessão de privilégios religiosos não salvará a alma de ninguém. Você pode ter vantagens espirituais de todo tipo; você pode viver e gozar das mais ricas oportunidades e meios de graça; você pode desfrutar da melhor pregação e das instruções mais verdadeiras; você pode morar no meio da luz, conhecimento, santidade e boa companhia. Tudo isso é possível; contudo, você pode ainda permanecer não convertido, e estar perdido para sempre.
Eu ouso dizer que essa doutrina parece dura a alguns leitores. Eu conheço a idéia de que eles não querem nada mais do que privilégios religiosos para decidirem ser cristãos. Eles não são o que devem ser no momento, eles concordam; mas a posição deles é tão difícil, eles argumentam, e suas dificuldades são tantas. Dê-lhes um cônjuge crente, ou amizades cristãs, ou um patrão crente; dê a eles a pregação do Evangelho, os privilégios, e então eles caminharão com Deus.
Tudo engano! Uma completa ilusão! Para ter a alma salva, é requerido muito mais do que privilégios. Joabe era o capitão de Davi; Geazi era o criado de Eliseu; Demas era companheiro de Paulo; Judas Iscariotes era discípulo de Cristo, e Ló teve uma esposa mundana e incrédula. Todos eles morreram em seus pecados. Eles baixaram à cova apesar do conhecimento, das advertências e das oportunidades; e todos eles nos ensinam que os homens necessitam não só de privilégios. Eles precisam da graça do Espírito Santo.
Vamos valorizar nossos privilégios religiosos, mas não vamos descansar completamente neles. Vamos desejar ter o benefício deles em nossas atividades, mas não vamos colocá-los no lugar de Cristo. Vamos usá-los com gratidão, se Deus no-los der, mas nos preocupemos em que eles produzam algum fruto em nosso coração e em nossa vida. Se não produzem o bem, eles seguramente causarão dano; eles cauterizarão a consciência, eles aumentarão a responsabilidade, eles agravarão a condenação. O mesmo fogo que derrete a cera endurece o barro; o mesmo sol que faz a árvore vivente crescer seca a árvore morta e a prepara para queimar. Nada endurece mais o coração do homem do que uma familiaridade estéril com as coisas sagradas. Mais uma vez eu digo: não são somente os privilégios que fazem cristãs as pessoas, mas a graça do Espírito Santo. Sem isso, nenhum homem jamais será salvo.
Eu peço aos que lêem esta mensagem hoje, que considerem bem o que eu estou dizendo. Você vai para a Igreja do sr. A ou B; você o considera um pregador excelente; você se deleita com seus sermões; você não pode ouvir nenhum outro com o mesmo conforto; você aprendeu muitas coisas desde que começou a participar de seu ministério; você considera um privilégio ser um de seus ouvintes. Tudo isso é muito bom. É um privilégio. Eu seria grato se ministros como o seu fossem multiplicados. Mas, afinal de contas, o que você recebeu no coração? Você já recebeu o Espírito Santo? Se não, você não é melhor que a esposa de Ló.
Eu peço para os filhos de pais crentes que gravem bem o que eu estou dizendo. Ser filho de pais crentes é o mais elevado dos privilégios, pois torna-se o alvo de muitas orações. Realmente é uma bênção aprender o Evangelho na infância, e ouvir falar de pecado, de Jesus, e do Espírito Santo, e santidade, e céu desde o primeiro momento de que podemos lembrar. Mas, cuidado para que vocês não permaneçam estéreis e infrutíferos no meio de todos esses privilégios; tomem a precaução de que seu coração não permaneça duro, impenitente e mundano, sem se quebrantar às muitas vantagens que vocês desfrutam. Vocês não poderão entrar no reino de Deus pelo crédito de seus pais. Vocês próprios têm de comer o Pão da Vida e ter o testemunho do Espírito no coração. Vocês têm de ter arrependimento próprio, fé própria e sua própria santificação. Se não, vocês não serão melhor que a esposa de Ló.
Eu peço a Deus que todos os cristãos professos desses dias apliquem essas coisas ao próprio coração. Que nós nunca esqueçamos que os privilégios sozinhos não podem nos salvar. Luz e conhecimento, pregações fiéis, meios abundantes de graça e a companhia de pessoas santas são todos grandes bênçãos e vantagens. Feliz aquele que os tem! Mas, no final de tudo, há uma coisa sem a qual privilégios são inúteis: a graça do Espírito Santo. A esposa de Ló teve muitos privilégios, mas não teve a graça de Deus no coração.