O que é o evangelho em si mesmo além de uma temperança misericordiosa, na qual a obediência de Cristo é estimada como nossa, e nossos pecados são lançados sobre Ele, em que Deus, sendo juiz, se torna nosso Pai, perdoando nossos pecados e aceitando nossa obediência, ainda que fraca e defeituosa? Somos agora trazidos ao céu sob a aliança da graça por um caminho de amor e misericórdia.
(Richard Sibbes)
Contemple pela fé o Cordeiro de Deus, sem pecado e sem mancha, como tendo suportado o peso, sofrido pelos pecados, morrido pelas transgressões, e aceite a verdade preciosa de que foi o eterno amor de Deus que os colocou todos em Jesus, e que nada lhe foi deixado para fazer além de crer em Jesus, pois Ele salva totalmente todos os que vêm a Deus por Seu intermédio.
(Octavius Winslow)
Não existe maior sinal de um orgulho confirmado do que julgar-nos suficientemente humildes.
(William Law)
Nunca suavize o Evangelho. Se a verdade ofende, então, deixe que ofenda. As pessoas passam sua vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento.
(John MacArthur)
Embora nossos desejos privados sejam sempre tão confusos, nossos pedidos particulares sempre tão imperfeitos e nossos próprios suspiros sempre tão escondidos dos homens, mesmo assim Deus os vê, lembra-se deles e os põe no arquivo do céu, e um dia os coroará com respostas e retornos gloriosos.
(Thomas Brooks)
Quando agimos, colhemos os frutos de nosso trabalho, mas, quando oramos, colhemos os frutos do trabalho de Deus.
(Hans Von Staden)
Quando procuramos colocar a lei de Deus contra Seu amor, mostramo-nos ignorantes sobre ambos.
Em nosso mundo distorcido, as coisas mais importantes muitas vezes são as mais difíceis de aprender e, inversamente, as coisas que vêm facilmente são, na maioria das vezes, de pouco valor real no longo prazo.
Isso se vê claramente na vida cristã. Muitas vezes acontece que aquilo que aprendemos a fazer sem dificuldade são as atividades mais superficiais e menos importantes, e os exercícios verdadeiramente vitais tendem a ser omitidos devido à dificuldade de pô-los em prática. Isso é mais facilmente visto em nossas variadas formas de serviço cristão, particularmente no ministério. Ali, as atividades mais difíceis são as que produzem maior fruto, e os serviços menos frutíferos são desempenhados com menor esforço. Essa é uma armadilha em que um ministro sábio não cairá, ou, se perceber que está preso nela, importunará céu e terra em sua luta para dela escapar. Orar com sucesso é a primeira lição que o pregador tem de aprender, se quiser pregar frutiferamente, embora a oração seja a tarefa mais difícil para a qual ele é chamado. Essa vai ser a atividade, mais do que qualquer outra, que, como homem, ele será tentado a menos pôr em prática. Ele tem de determinar o coração para vencer pela oração, e isso significa que primeiro tem de vencer a própria carne, porque é a carne que sempre atrapalha a oração.
Quase tudo que diz respeito ao ministério pode ser aprendido com uma porção média de esforço inteligente. Não é difícil pregar, ou gerenciar atividades da igreja ou atender a compromissos sociais; casamentos e funerais podem ser dirigidos sem problemas com um pouco de ajuda de um Manual do ministro. Pode-se aprender a fazer sermões tão facilmente como fazer sapatos – introdução, conclusão, e só. E assim é com todo a atividade do ministério como se tem levado na igreja normal de hoje.
Mas orar – isso é outro assunto. Aqui de nada serve a ajuda de um Manual do ministro. Aqui, o solitário homem de Deus tem de combater sozinho, às vezes com jejuns e lágrimas e fadigas indizíveis. Ali cada homem tem de ser original, porque a verdadeira oração não pode ser imitada nem pode ser aprendida de outrem. Cada um tem de orar como se só ele pudesse orar, e sua aproximação de Deus tem de ser individual e independente; independente de todos, menos do Espírito Santo.
Thomas à Kempis[1] diz que o homem de Deus deve sentir-se mais à vontade em seu quarto de oração do que diante do público. Não é exagero dizer que é raro que o pregador que gosta de estar diante do público se encontra espiritualmente preparado para estar diante dele. É mais provável que a oração correta torne o homem hesitante em aparecer diante de uma audiência. O homem que realmente se sente à vontade na presença de Deus se verá preso numa espécie de contradição interior: ele provavelmente sentirá de forma tão aguda sua responsabilidade que preferiria fazer qualquer outra coisa a encarar um auditório; contudo, a pressão sobre seu espírito pode ser tão grande que nem cavalos selvagens o poderiam arrancar do púlpito.
Nenhum homem deveria se colocar diante de uma audiência sem antes ter estado diante de Deus. Muitas horas de comunhão deveriam preceder uma hora no púlpito. O quarto de oração deveria ser mais familiar do que a plataforma pública. A oração deveria ser contínua; a pregação, intermitente.
É de notar que as escolas ensinam tudo sobre a pregação, exceto a parte importante: a oração. Não se deve censurar as escolas por causa dessa fraqueza, pois a oração não pode ser ensinada; ela somente pode ser praticada. O melhor que qualquer escola ou qualquer livro (ou qualquer artigo) pode fazer é recomendar a oração e exortar a que seja praticada. A oração mesma tem de ser trabalho do indivíduo.
E é justamente o trabalho religioso que, feito com pouco entusiasmo, se torna uma das grandes tragédias de nossos dias.
Nos últimos anos, tive a oportunidade de falar em várias conferências e igrejas cristãs sobre a importância dos pais ensinarem a seus filhos (como justificar e defender a verdade da fé cristã). Quando falo, geralmente começo fazendo as seguintes duas perguntas.
Primeira pergunta aos pais: “Quantos de vocês chegaram aqui já sabendo que nosso mundo está se tornando muito secular e que a fé de seus filhos provavelmente seja desafiada de certa forma por causa disso?”
Cem por cento das mãos levantam… sempre.
Segunda pergunta aos pais: “Quantos de vocês podem dizer que estão confiantes de que sabem especificamente quais são esses grandes desafios da fé, como tratá-los efetivamente com seus filhos, e como isso se traduz nas responsabilidades paternas do dia-a-dia?”
Zero por cento das mãos levantam… sempre.
Por estar escrevendo no blogue sobre paternidade cristã, nos últimos quatro anos tive a oportunidade de escutar centenas de pais. Essa lacuna entre 1) saber que nosso mundo secular influenciará a fé de nossos filhos e 2) entender o que exatamente isso significa para os pais é praticamente universal. E isso geralmente leva ao medo e à frustração: os pais sabem que há um problema, mas não sabem como resolvê-lo.
É esta lacuna que me levou a escrever Keeping Your Kids on God’s Side: 40 Conversations to Help Them Build a Lasting Faith (Mantendo seus filhos ao lado de Deus: 40 conversas para ajudá-los a construir uma fé duradoura), em inglês, lançado em março). Desejei ajudar os pais a identificar e compreender 40 dos mais importantes desafios de fé que precisam discutir com os filhos para que esses desafios não pareçam mais ambíguos e intratáveis. Contudo, mesmo que os pais tenham adquirido esse conhecimento crítico, a questão que permanece é: “Como isso se traduz em responsabilidades paternas?”
Eis aqui cinco questões-chave a serem consideradas.
1. Os pais precisam se comprometer a aprofundar continuamente seu entendimento sobre a fé cristã
Em um mundo secular, crianças encontrarão freqüentemente desafios à fé, especialmente vindos de ateus declarados. Ateus geralmente são bem preparados para apresentar seus argumentos contra Deus e, em particular, contra o cristianismo. Infelizmente, muitos pais cristãos não estão igualmente preparados para ensinar seus filhos a justificar a verdade do cristianismo e a defender suas crenças. É criticamente importante que os filhos compreendam perguntas como as que seguem, porém muito poucos pais estão equipados a tratar delas de forma pró-ativa: “Que evidência existe da existência de Deus? Por que um Deus bom permitiria maldade e sofrimento? Como um Deus amoroso pode mandar pessoas para o inferno? A fé em Deus é oposta à razão? Quais são os fatos históricos sobre a ressurreição com os quais quase todos os estudiosos concordam? Como os cristãos podem acreditar que milagres são possíveis? Como sabemos que a Bíblia que temos hoje diz o que os autores quiseram dizer originalmente? A Bíblia apoia a escravidão, o estupro e o sacrifício humano (como os céticos alegam)?”
No passado, quando a sociedade era pelo menos nominalmente mais cristã, os pais evitavam tratar das perguntas mais difíceis sobre a fé com os filhos (não que eles não as tivessem!). Contudo, os desafios de hoje requerem muito mais dos pais cristãos fiéis. Devemos saber quais são esses grandes desafios e nos equipar para nos envolver com eles, comprometendo-nos a continuamente aprofundar o entendimento sobre nossa fé a fim de podermos guiar nossos filhos de acordo com ela.
2. Os pais devem intencionalmente ter um “espaço espiritual” no lar
É claro que não é suficiente aprofundarmos o entendimento sobre o cristianismo. Tem, de alguma maneira, de transferir esse entendimento a nossos filhos, e essa transferência requer um cuidadoso planejamento de tempo. O tipo de conversa sobre fé que precisamos ter com nossos filhos hoje (como as questões listadas no ponto 1) simplesmente não irão acontecer de forma significativa a menos que tenhamos espaço espiritual para elas. Por espaço espiritual quero dizer dedicar um tempo para a família envolver-se em crescente entendimento sobre o relacionamento com Deus e intensificá-lo. Não há razão para que um tempo como esse não seja agendado como todas as outras atividades (menos importantes) em nossa vida. Se você já não está fazendo isso, comece com apenas 30 minutos por semana. Isso é razoável para qualquer família, e sempre é possível trabalhar a partir daí.
3. Os pais devem estudar a Bíblia com os filhos. De verdade
Mesmo sabendo que o estudo da Bíblia é importante, as estatísticas mostram que provavelmente não o estamos fazendo: menos de uma em cada dez famílias cristãs estudam a Bíblia, todos os membros juntos, toda semana. Se seus filhos perceberem que você de fato despreza a Bíblia, tratando-a como algo minimamente relevante, eles terão pouca razão para vê-la como o livro com autoridade que alguns alegam que ela é. É absolutamente inútil falar sobre a Bíblia como Palavra de Deus se não a tratamos como tal.
Entretanto, a Bíblia é o ponto de ataque favorito dos céticos, e nossos filhos terão muitas oportunidades de ouvir que ela é um livro antigo e irrelevante cheio de inexatidões e contradições. Se não estivermos estudando a Bíblia com nossos filhos regularmente, há uma boa chance deles, depois de algum tempo, pararem de se importar com o que ela tem a dizer. (Veja meu artigo Don’t Expect Your Kids to Care What the Bible Says Unless You’ve Given Them Reason to Believe It’s True [Não espere que seus filhos se importem com o que a Bíblia diz a menos que você dê a eles motivo para crer que ela é a verdade], em inglês).
4. Os pais devem pró-ativa e regularmente perguntar aos filhos que perguntas eles têm sobre a fé
Em um mundo secular, em que as crianças estão constantemente ouvindo cosmovisões competindo entre si, é garantido que perguntas aparecerão continuamente. Porém há muitas razões pelas quais os filhos talvez nunca as façam: ou há muitas outras coisas acontecendo, ou têm medo de nossa reação ou simplesmente não estão interessados o suficiente para trazê-las à tona.
Em nossa casa, estabelecemos uma “Noite das perguntas” agendada a fim de ajudar com isso. Você pode ler sobre como começar a sua em meu artigo How to Get Your Kids to Ask More Questions about Their Faith (Como fazer seus filhos perguntarem mais sobre a fé deles).
5. Os pais devem fazer aos filhos as perguntas difíceis que eles não pensam em fazer
Se você regularmente encoraja seus filhos a perguntarem sobre fé (veja o ponto 4), vocês terão vários grandes papos. Mas muitas questões que são importantes que eles entendam a fim de se preparar para o mundo secular que encontrarão são as que menos lhes ocorrem de perguntar. Por exemplo: a maioria das crianças não pensa em perguntar como sabemos que a Bíblia que temos hoje diz o que os autores escreveram originariamente. Contudo, isso não significa que elas não encontrarão céticos que lhes dirão que, por essa razão, a Bíblia não é completamente confiável. Assim como não esperamos até que nossos filhos façam perguntas sobre a Segunda Guerra Mundial[1] para decidirmos quando, o que e como ensiná-los sobre isso, não deveríamos esperar até que eles encontrem desafios quanto à fé para tratar deles. Sem dúvida, eles ouvirão os céticos falando em certo nível sobre esses tópicos; então, não há razão para não ouvirem sobre eles de nós primeiro.
[1] Isso se explica no contexto americano, por causa do grande envolvimento dos EUA no conflito, por causa dos milhares de veteranos de guerra, dos milhares de mortos, das milhares de famílias afetadas…
Você não foi chamado para crer em seu amor por Deus, mas no amor de Deus por você! Não argumente, dizendo: “Eu não consigo amar a Deus! Tenho me esforçado ao máximo para fazê-lo, mas falhei em todos os meus esforços, até que no desespero abandonei esse pensamento e deixei de me esforçar.” Nenhum esforço próprio pode acender uma fagulha de amor por Deus em seu coração. Deus tampouco requer essa tarefa de suas mãos. Tudo o que Ele pede de você é sua fé no amor Dele, encarnado e expressado em Jesus Cristo aos pobres pecadores.
(Octavius Winslow)
Aquele que entrega o que não pode guardar para ganhar o que nunca pode perder não é nenhum tolo.
(Jim Elliot)
Nunca suavize o Evangelho. Se a verdade ofende, então, deixe que ofenda. As pessoas passam a vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento.
(John MacArthur)
Cuidado com o primeiro passo para o mal. Cada avanço adicional no pecado será mais fácil que o passo anterior.
(William Hendriksen)
Quanto mais nos aprofundarmos na Palavra, mais elevada será nossa adoração e mais intensamente buscaremos a santidade.
(Steven Lawson)
Quando nos desenvolvemos sem termos cuidado com a alma, Deus recobra nosso gosto por coisas boas novamente por intermédio de severas cruzes.
(Richard Sibbes)
Satanás pinta o pecado com as cores da virtude.
(Thomas Brooks)
Minha opinião acerca de tudo o que me acontece dever ser regida por estas três coisas: a compreensão que tenho acerca de quem sou, a consciência que tenho de para onde vou indo e o conhecimento que tenho do que me espera quando eu chegar lá.
É nos estágios sucessivos da experiência que o crente vê mais distintamente, e adora mais profundamente e se apega com mais firmeza à justiça conquistada por Cristo. Qual é a escola onde ele aprende sua insignificância, sua pobreza e sua absoluta escassez? É a escola da santa e profunda aflição. Em nenhuma outra escola isso se aprende, e com nenhum outro professor além de Deus. Ali, seus altos pensamentos são trazidos para baixo, e somente o Senhor é exaltado.
(Octavius Winslow)
O amor de uma esposa pelo marido talvez comece pela provisão de suas necessidades, mas depois ela o amará também pela doçura de sua pessoa. Assim a alma primeiramente ama a Cristo por causa da salvação, mas, quando é trazida a Ele e descobre quanta doçura há Nele, ela passa a amá-Lo por causa Dele mesmo.
(Richard Sibbes)
Aqueles pecados que parecem ser os mais doces na vida mostrarão serem os mais amargos na morte.
(Thomas Brooks)
O céu pagará qualquer prejuízo que possamos sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o prejuízo de perdê-lo.
(Richard Baxter)
A mera possessão de privilégios religiosos não salvará a alma de ninguém. Você pode ter vantagens espirituais de todo tipo; você pode viver e gozar das mais ricas oportunidades e meios de graça; você pode desfrutar da melhor pregação e das instruções mais verdadeiras; você pode morar no meio da luz, do conhecimento, da santidade e da boa companhia. Tudo isso é possível; contudo, você ainda pode permanecer não-convertido e estar perdido para sempre. Para salvar almas, é requerido muito mais do que privilégios. Joabe era o capitão de Davi, Geazi era o criado de Eliseu, Demas era companheiro de Paulo, Judas Iscariotes era discípulo de Cristo e Ló teve uma esposa mundana e incrédula. Todos eles morreram em seus pecados. Eles baixaram à cova apesar do conhecimento, das advertências e das oportunidades; e todos eles nos ensinam que os homens não necessitam só de privilégios. Eles precisam da graça do Espírito Santo.
(J. C. Ryle)
Se Cristo esperou para ser ungido com o Espírito Santo antes de sair para pregar, nenhum jovem deveria se atrever a subir a um púlpito antes de ser ungido pelo Espírito Santo.
(F. B. Meyer)
Ainda que Deus não tenha nenhuma satisfação em nos afligir, não nos poupará nem da mais dolorosa correção, se Ele puder, dessa forma, conduzir Seu amado filhinho para casa, a fim de habitar no Filho de Seu amor. Cristão, ore por graça, a fim de ver em cada tribulação, seja pequena ou grande, o Pai apontando para Jesus e dizendo: “Permaneça Nele!”
Porque Deus permite que a pressão venha sobre nós? Por nenhuma outra razão senão a de nos revelar que qualquer coisa que nós julgamos capazes de realizar e suportar ou de a ela resistir, podem nos reduzir a nada. Somos pressionados a tal ponto que só podemos dizer: “Ó Deus, não posso mais suportar. Minha força se esgotou. Por favor, manifesta Teu poder!” Deus vai permitir que sejamos pressionados até que obtenhamos Seu poder. Naquele ponto, a pressão torna-se não apenas nosso poder de oração, mas ela revela também o poder operador de Deus.
(Watchman Nee)
Assim como o sol é símbolo lindo e próprio de Cristo, do mesmo modo, a lua nos lembra admiravelmente a igreja. A origem de sua luz [o sol] está oculta para a vista. O mundo não o vê, mas ela o vê; e é responsável por refletir seus raios de luz sobre o mundo de trevas.
(C. H. Mackintosh)
Permaneça em Cristo! De fato, esse é o objetivo do Pai ao enviar a provação. Durante a tormenta, a árvore aprofunda suas raízes no solo. Durante os furacões, os habitantes da casa permanecem nela e se alegram com o refúgio. Semelhantemente, pelo sofrimento, o Pai deseja conduzir-nos a uma posição mais profunda no amor de Cristo.
(Andrew Murray)
Tem cuidado com as más companhias. Evita qualquer familiaridade desnecessária com os pecadores. Ninguém pode apanhar a saúde de outrem, mas pode-se apanhar doenças. E a doença do pecado é altamente transmissível.
(Thomas Watson)
Tenho grande necessidade de Cristo; tenho um grande Cristo para as minhas necessidades.
(Charlos H. Spurgeon)
Jesus Cristo não é apenas o Filho de Deus poderoso para salvar, mas o Filho do homem capaz de sentir.
(J. C. Ryle)
O Filho divino tornou-se um judeu; O Todo-Poderoso apareceu na terra como um bebê indefeso, incapaz de fazer nada mais do que ficar deitado, olhar, mexer o corpo e produzir sons, necessitando ser alimentado, trocado e ensinado a falar como qualquer outra criança… Quanto mais você pensa nisso, mais admirável isso se torna.
(J. I. Packer)
Quanto mais piedoso for o homem, mais misericordioso será.
Na primeira criação, o homem tinha a capacidade do pensamento voluntário, o qual o colocava em uma posição de responsabilidade. Ele podia, portanto, obedecer ou desobedecer. Nós sabemos que ele desobedeceu, e a motivação não foi o fruto, mas o “eu”. A queda foi total: o homem desistiu de Deus.
Cristo, o segundo Adão, desistiu de qualquer pensamento de Sua própria vontade – Ele não fez uso de Sua liberdade ou do poder por Sua vontade. Ele veio para obedecer: “Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade” (Hb 10.7; Sl 40.7,8). Ele renunciou a Si mesmo. No meio da ruína, Ele amarrou o valente; Adão, por sua vez, sucumbiu no lugar de bênção. Cristo suportou o abandono, para o qual o homem correu voluntariamente, para sua eterna ruína.
Na nova criação é diferente: o homem regenerado agora tem o conhecimento do que Deus é, tendo sido criado “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Nós temos um relacionamento poderoso e íntimo em comunhão com Deus, pelo Espírito Santo. Nós fomos redimidos. Por causa da obra perfeita da graça do Senhor, nós fomos trazidos de volta, restaurados e reconciliados com Deus. Que coisa maravilhosa é a redenção!
“De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, preparado para toda a boa obra” (2Tm 2.21).
Essas palavras são tomadas da última carta que o apóstolo Paulo, prisioneiro pela segunda vez em Roma, escreveu a Timóteo. Ele via a deterioração da Igreja e pressentia os tempos difíceis que se aproximavam; por isso, dava instruções a seu filho na fé sobre a maneira de conduzir-se em tempos de ruína. As exortações do grande apóstolo das nações têm, pois, particular importância para nós, os crentes que vivemos em tempos maus.
Em primeiro lugar, o que é um vaso? É um recipiente que serve para conter algo ou simplesmente para adornar. Muitas vezes, a Palavra de Deus compara o homem a um vaso. Como o barro nas mãos do oleiro, assim é o homem nas mãos de Deus, o qual tem o poder para fazer da mesma massa um vaso para honra e outro para usos vis (Jr 18.4-6; Rm 9.21). Em Sua graça, Deus chama o homem – por natureza, pecador e perdido – para lhe dar a salvação e a vida eterna. Deus busca vasos vazios para enchê-los de Si mesmo, de Seu Espírito, como Eliseu, o profeta da graça, se regozijava de que a viúva pobre enchesse de azeite as vasilhas que havia reunido conforme seu pedido (2Rs 4.4).
O crente não somente é comparado a um vaso de barro, o que é muito apropriado para nos dar a entender quão débeis somos, mas também, no que se refere a sua posição diante de Deus, a um vaso de ouro, de prata ou mesmo de bronze polido (2Tm 2.20; Ed 8.27). Redimido pelo sangue de Cristo e revestido da justiça de Deus, o crente é, de fato, um vaso de valor que deve brilhar para a glória de Deus, já aqui na terra, esperando fazê-lo de modo perfeito quando o Senhor for glorificado em Seus santos e admirado em todos os que creram Nele (1Ts 1.10). Deus preparou de antemão esses vasos de misericórdia para o céu, “para que também desse a conhecer as riquezas de Sua glória” (Rm 9.23). Todas as Suas perfeições em graça, bondade, fidelidade, paciência, longanimidade e poder, todo o alcance de Seu amor, serão manifestados nos santos glorificados.
O propósito de Deus ao eleger e preparar vasos para Sua glória é empregá-los para Seu serviço. Assim, separou o apóstolo Paulo como um “vaso escolhido, para levar Meu nome diante dos gentios” (At 9.15). Deus tem resplandecido no coração dos Seus e se tem revelado a eles na pessoa de Cristo para que eles, por sua vez, mostrem algo Dele no modo como vivem.
O crente é refinado pelo fogo da prova, qual metal precioso, para que o fundidor obtenha dele uma jóia
Porém, muitas vezes, os crentes guardam para si mesmos o tesouro que lhes Deus tem posto no coração. Então, Deus permite que o corpo deles, esse vaso de barro, seja quebrado, como foram as vasilhas dos homens valentes de Gideão (Jz 7.19,20), para que a luz brilhe mais exteriormente. Quanto mais débil for o instrumento, mais claro estará que a excelência do poder é de Deus, não do homem (2Co 4.6,7). O crente é refinado pelo fogo da prova, qual metal precioso, para que o fundidor obtenha dele uma jóia (Pv 25.4).
De acordo com 2Timóteo 2.21, duas condições são requeridas para que o utensílio ou vaso possa ser útil ao Senhor: é necessário que ele seja para uso honroso e que tenha sido santificado. O que deseja ser um vaso útil deve apartar-se da iniqüidade, isto é, de tudo o que não é conforme a verdade. Um crente se torna um utensílio para usos honrosos separando-se, purificando-se dos vasos para usos vis. Deus permite que essa mistura de utensílios para usos tão distintos subsista na cristandade a fim de provar o coração dos fiéis. Para que um vaso possa ser usado é exigido que, além de ser novo – imagem da nova natureza –, tenha sal (2Rs 2.20), isto é, que haja uma verdadeira separação, que tenha sido posto à parte para Deus.
Também é preciso que o vaso tenha sido santificado e consagrado a Deus. No que diz respeito a sua posição, todos os crentes são santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre (Hb 10.10,14). Mas, no tocante ao andar diário, somos exortados a nos limpar “de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (2Co 7.1). O crente deve ocupar-se dessa santificação. Mediante o poder do Espírito que mora nele, deve combater e vigiar constantemente.
Por uma lado, a Palavra de Deus exercerá sua ação santificadora sobre ele, pois o Senhor mesmo disse: “Santifica-os em Tua verdade”, e acrescentou: “Tua Palavra é a verdade” (Jo 17.17). Por outra lado, a oração o guardará no necessário estado de dependência. Recordemos que um vaso consagrado a Deus não pode se destinar a um uso profano, como o prova o juízo que caiu sobre o ímpio Belsazar no dia em que fez trazer os vasos procedentes do templo de Salomão a fim de beber com seus grandes e adorar seus deuses (Dn 5).
Na medida em que o crente for constante em santificar-se, em consagrar-se a Deus, será um instrumento útil ao Senhor, e não somente útil, mas preparado para toda boa obra. Essas boas obras são o fruto da fé; são a manifestação da vida divina nas circunstâncias de cada dia. Alguém disse que as boas obras são o fruto da separação e do amor. Deus, que preparou os vasos, também preparou de antemão as boas obras “para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
Sejam elas feitas para o Senhor, para os cristãos ou para os homens em geral, devem ser feitas em nome de Cristo e para Deus; isso é o que lhes confere o caráter de boas obras. Cristo “se deu a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade e purificar para Si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). Quando o coração está consagrado e ama o Senhor acima de tudo, então, está preparado para toda boa obra. Mesmo que o serviço seja pequeno, insignificante aos olhos dos homens, nem por isso o crente duvidará de fazê-lo com alegria. O próprio Senhor prepara o caminho; devemos apenas percorrê-lo com a força que Deus dá.
Devoção significa uma vida dada ou dedicada a Deus. Quem o faz é, então, o homem devoto [piedoso], que não mais vive por sua própria vontade, ou pelo modo ou espírito do mundo, mas para a vontade exclusiva de Deus, que considera Deus em tudo, que serve a Deus em tudo, que rende todas as partes de sua vida comum, fazendo tudo em nome de Deus e sob regras tais que são conformes à glória de Deus.
(William Law)
Nossa medida de apreciação pelo amor de Deus é condicionada ao quanto O tememos. Quanto mais contemplamos Deus em Sua majestade infinita, santidade e glória transcendente, mais contemplaremos com maravilha e fascinação Seu amor derramado no Calvário.
(Jerry Bridges)
Por que somos tão vagarosos em confiar em um Deus infinito?
(William S. Plumer)
Fé é o poder de colocar o eu de lado para que Deus possa atuar sem impedimentos.
(F. B. Meyer)
Fé é a recusa de entrar em pânico.
(Martin Lloyd Jones)
Ele dá mais graça quando os fardos se tornam maiores,
Ele manda mais força quando a labuta aumenta;
À aflição extra Ele acrescenta Sua misericórdia,
Às provações multiplicadas, Sua paz multiplicada.
(Annie Johnson Flint)
Não consigo crer que um homem está a caminho do céu se pratica habitualmente o tipo de obras que indicam, pela lógica, que ele deve estar a caminho do inferno.
(A. W. Tozer)
A maneira correta de crescer é crescer menos a seus próprios olhos.
Se você se colocar aos pés de Cristo, Ele o tomará em Seus braços.
(William Bridge)
Um dos milagres da graça de Deus é o que Ele é capaz de fazer com as redes arrebentadas das vidas que se rendem a Ele.
(G. B. Duncam)
Se há em sua vida qualquer coisa mais desejável do que seu anseio por Deus, você nunca será um cristão cheio do Espírito.
(A. W. Tozer)
A face de Jesus precisa estar muito próxima da nossa, quando os espinhos de Sua coroa de sofrimento pressionam nossa testa e nos ferem.
(Anônimo)
Nunca seremos aptos para o serviço a Deus se não olharmos para além desta vida passageira.
(João Calvino)
Nada é mais tolo do que a segurança edificada sobre o mundo e suas promessas, pois elas são vaidade e mentira.
(Matthew Henry)
Não existe santidade sem luta.
(J. C. Ryle)
Deus nos salvou para nos tornar santos, não felizes. Algumas experiências podem não contribuir para nossa felicidade, mas tudo pode contribuir para nossa santidade.
Não conheço o caminho por onde Deus me conduz, mas conheço muito bem o meu Guia.
(Martinho Lutero)
Deus muitas vezes conduz Suas ovelhas por caminhos desconhecidos.
(A. B. Simpson)
A ignorância da Providência é a maior de todas as infelicidades e seu conhecimento é a maior de todas as venturas.
(João Calvino)
O amor ao dinheiro é para a igreja um mal maior do que a soma de todos os outros males juntos.
(Samuel Chadwick)
De bom grado vou confirmar com meu sangue a verdade sobre a qual tenho escrito e pregado.
(John Huss, quando atado na fogueira para ser morto)
Tudo em Cristo, pelo Espírito Santo, para a glória de Deus. Tudo o mais não é nada.
(J. A. Stewart)
Eu acho que faz diferença considerável que as mentes jovens sejam imediatamente imbuídas com essa ideia de que todas as coisas acontecem, não de acordo com os planos e os esforços dos homens, mas de acordo com a vontade de Deus.
Não há nada mais poderoso que a oração perseverante, como a de Abraão pleiteando por Sodoma; como Jacó lutando no silêncio da noite; como Moisés permanecendo na brecha; como Ana, embriagada de tristeza; como Davi, com o coração quebrantado pelo arrependimento e pela dor; como Jesus suando sangue. Acrescente a essa relação, a partir dos registros da história da Igreja, sua própria observação e experiência pessoal, e sempre haverá o custo da paixão até o sangue. Essa é a oração eficaz que traz o poder, que traz o fogo, que traz a chuva. Ela traz a vida, ela traz a presença de Deus.
(Samuel Chandwick)
Tem cuidado com as más companhias. Evita qualquer familiaridade desnecessária com os pecadores. Ninguém pode apanhar a saúde de outrem, mas pode-se apanhar doenças. E a doença do pecado é altamente transmissível.
(Thomas Watson)
A fé não é uma noção, mas uma fome essencial poderosa, um desejo magnético atrativo de Cristo, que, uma vez que procede de uma semente da natureza divina em nós, atrai-nos para Ele e se une com Ele.
(William Law)
Os feitos mais gloriosos de um homem serão também seus maiores pecados. Basta terem sidos realizados para sua própria glória, e não para a glória de Deus.
(Thomas Brooks)
Não há maior obstáculo ao conhecimento do que o orgulho, e nenhuma condição mais essencial do que a humildade.
(John Stott)
Alguma forma de sofrimento é praticamente indispensável para a santificação.
(John Stott)
Um homem só prega bem um sermão a outros quando ele prega para sua própria alma. Se a Palavra não residir poderosamente em nós, não será poderosamente comunicada por nós.